Precisamos trabalhar mais do que já trabalhamos? Na realidade, para que o país cresça e todos saiam ganhando, o caminho é descobrir maneiras de aumentar a produtividade – e não a produção. Essa ideia vem sendo defendida por vários especialistas, e pelo próprio Governo. Recentemente, Gustavo Franco, economista e ex-presidente do Banco Central, concedeu uma entrevista ao Estadão, em que ele comenta a relevância da produtividade para o crescimento econômico do país. Paralelo a isso, o Ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro Neto, comenta o lançamento de um programa que pretende ajudar a alavancar a produtividade das empresas brasileiras. Confira:
O problema não é a inflação
O economista esclarece que “o problema não é a inflação em si. A questão é a baixa produtividade da economia. Todo mundo está trabalhando, todas as máquinas estão a pleno vapor, mas a economia cresce pouco, porque se produz pouco”. E ele alerta que impulsionar a economia através do aumento de demanda pode ser ineficaz, e acaba apenas por gerar um maior desequilíbrio.
Para começar a mudar esse cenário do Brasil, Gustavo Franco defende a importância dos assuntos referentes a produtividade e competitividade. Ele afirma que o Brasil deveria adotar uma economia mais aberta, para que não corra o risco de ver sua indústria voltar a ser como foi, durante a década de 60, na Ditadura.
“Brasil Mais Produtivo”
O Governo Federal lançou no dia 6 de abril de 2016 o programa “Brasil Mais Produtivo”. Trata-se de um plano para aumentar em pelo menos 20% a produtividade de PMEs do país, por meio de consultorias estratégicas. Segundo o Ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro Neto, os consultores identificarão desperdícios de tempo e dinheiro e problemas ligados à organização e métodos das empresas, e recomendar soluções.
“O programa é uma iniciativa que pode ser ampliada, e que oferece contribuição a um desafio importante, que é melhorar o padrão médio de desempenho da indústria brasileira”, ponderou Monteiro Neto, em entrevista para o G1.
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