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Microgestão pode gerar macroproblemas. Veja como evitá-los

Quando dizemos que um gestor está fazendo microgestão queremos dizer que eles está centralizando muitas tarefas e não delegando o que for possível para a equipe, supervisionando insistentemente sem dar espaço para a equipe, cobrando resultados de forma arbitrária, antes mesmo de a equipe ter tido o tempo hábil para completar as tarefas e bisbilhotando a vida dos colaboradores (o horário de almoço, do café e em alguns casos até mesmo do banheiro!). Um pesadelo, não é mesmo? 

Por mais que você como gestor acredite que em alguns cenários esse é o melhor jeito de lidar com as coisas, essas atitudes elevam o estresse da sua equipe, criando uma tensão no ar, causando queda na produtividade ou até mesmo deixando a sua equipe apática e sem vontade de colaborar. 

Mas não se preocupe, nós preparamos esse artigo para entender de onde vem essa necessidade por microgestão e como você pode melhorar. Veja o que você vai encontrar:

 

De onde vem a microgestão? 

A raiz da microgestão é a insegurança. No geral, quando falamos em gestão do trabalho, esse sentimento costuma ser o responsável por muitos problemas nas organizações. No caso da microgestão em si, o líder se sente inseguro em relação a sua própria capacidade de execução e de lidar com as adversidades e isso acaba refletindo na equipe, já que essa dúvida se estende também para a capacidade dos colaboradores. 

Assim como as relações pessoais mais saudáveis são construídas tendo como base a confiança, as relações profissionais também devem ser da mesma forma, já que para o desenvolvimento de um bom trabalho é importante que todos os envolvidos se sintam à vontade – principalmente para dividir as incertezas sobre o trabalho que precisa ser realizado.

Um gestor precisa ser a figura na equipe que está apta para fortalecer ideias, motivar e escutar. É claro que é impossível ter todo o conhecimento do mundo, o próprio Steve Jobs já dizia: “contrate pessoas inteligentes, e deixe que elas façam coisas que você não sabe fazer”. Portanto, em momentos como esse é importante que você esteja disposto a compartilhar suas experiências, correr atrás da resposta ou da melhor estratégia junto com o seu time. Essa é a melhor postura que um líder pode ter em momentos como esse. 

Comece identificando seus próprios pontos fracos. Trabalhe pessoalmente sua insegurança, seja humilde e esteja disposto a aprender com todos que estão ao seu redor. Entenda que nem tudo vai acontecer exatamente como você quer ou como você pessoalmente faria. Fortaleça-se com pessoas em quem você confie, e intervenha de maneira positiva, mesmo que seja para corrigir algum erro.

Como a microgestão pode prejudicar a relação do gestor com os colaboradores?

É claro que um gestor tem a responsabilidade de fazer a gestão de processos e fazer o controle de tarefas. É seu dever controlar a qualidade, avaliar o desempenho, tomar decisões, dar instruções e fornecer conselhos e orientação. Esse é o modus operandi de uma liderança, o que já é esperado dos colaboradores. 

Os problemas começam quando você começa a ignorar as qualificações de sua própria equipe e passa a se intrometer desnecessariamente nos detalhes do trabalho de cada colaborador, muitas vezes de forma contínua e obsessiva.

Na microgestão, o gestor aponta não só o que seus subordinados devem fazer, mas como fazer; delega responsabilidade, mas não dá autonomia, mesmo nas tarefas e decisões mais simples e rotineiras.

Normalmente, essa falsa delegação vem acompanhada da exigência de relatórios detalhados e desnecessários. Isso rouba o tempo do seu colaborador, e diminui a produtividade da operação. Ou seja, além de minar a produtividade da sua equipe você acaba também gerando ressentimentos e desconfianças que atrapalham toda a equipe.

Um microgestor tende a dificultar a retenção de talentos e acaba, muitas vezes, se sobrecarregando com muitas tarefas  – já que ele não consegue realmente delegá-las – aumentando também o próprio estresse no trabalho. Assim, dia após dia, atitudes como essas podem acabar com a criatividade do time, sufocando o surgimento de novas iniciativas de inovação dos processos, produtos e serviços oferecidos pela empresa. 

>> Leitura recomendada: Gerenciamento de tarefas à prova de fracasso

Como saber se estou fazendo microgestão?

As situações descritas acima pareceram um pouco familiares demais para você? Para descobrir se você está fazendo microgestão, fique atento aos seguintes “sintomas”:

  • 1. Você olha cada nova ideia do seu time com suspeita;
  • 2. Você trata a identificação dos problemas como fracasso, algo que deve ser mantido escondido;
  • 3. Você desencoraja qualquer discussão sobre as coisas que não funcionam e precisam ser melhoradas;
  • 4. Você mantém tudo sobre o seu extremo controle e subentende que é a única pessoa que pode pensar;
  • 5. Você expressa suas críticas com rispidez e é impaciente com as sugestões de seus colaboradores;
  • 6. Você critica todas as ideias que lhe são apresentadas. Submete-as às críticas de outros departamentos ou comitês. Menospreza seus colaboradores;
  • 7. Você mantém sua equipe desinformada sobre os objetivos estratégicos e os grandes desafios da empresa;
  • 8. Você fica muito preocupado  – ou até mesmo irritado – quando um colaborador demora para voltar dos intervalos para o almoço ou café;
  • 9. Você ao trabalhar remotamente perde o sono porque tem certeza que a equipe não está trabalhando;
  • 10. Você fica muito desconfiado quando um colaborador demora um pouco para responder mensagens ou e-mails;
 

>> Leitura recomendada: O que não dizer quando se é um líder

Como evitar a microgestão?  

Para isso, entenda quando as suas contribuições serão relevantes, em quais momentos você pode auxiliar a sua equipe a seguir o caminho correto. Ser gestor é muito sobre a sua percepção do coletivo, percebendo como os resultados da sua equipe são capazes de impactar a empresa e de que forma você poderá colaborar para que todos sigam o mesmo objetivo.

 [Webinar] Gestão consciente 

Através da gestão consciente, você será capaz de entender as suas intenções e escolher os melhores métodos para trabalhar com a sua equipe de forma equilibrada e com propósito e não apenas “criticando e cobrando porque pode”. Muitos consideram essa uma atitude de “chefe” e não de líder.  

Se quiser aprender mais sobre gestão consciente, confira o vídeo abaixo. Nele, nosso CEO, Antonio Carlos Soares, conversou sobre o tema com Karen Hada, Diretora de Operações da F.biz. 

 

Abaixo, nós listamos algumas situações que podem contar com a colaboração do gestor e estão livre de microgestão: 

1. Como gestor, você está sempre alinhado e sabe dizer quais são as prioridades estratégicas da empresa. Por isso, pode direcionar a sua equipe para quais são as tarefas que precisam ser trabalhadas primeiro e quais podem ser feitas depois. Assim, você também distribui melhor os recursos da empresa e evita desperdícios. 

2. Também fará diferença a sua interferência caso você tenha uma relação antiga um cliente ou potencial parceiro, e sua presença mude os rumo do jogo. Afinal, nem sempre a boa vontade e a competência da sua equipe pode substituir sua influência. Porém, lembre-se que esse comportamento nem sempre é saudável e procure instruir a sua equipe para ter mais autonomia. 

3. E, por fim, sua supervisão será importante se você puder contribuir com uma habilidade que, no seu time, só você tem. Ou ainda, com algum conhecimento técnico específico sobre a tarefa. Neste caso, você estará compartilhando sua experiência para que a outra pessoa pegue um atalho e aprenda com os erros que você um dia cometeu em vez de cometer os seus próprios.

É possível fazer uma gestão saudável com as ferramentas certas! 

Um planejamento gerencial pode te ajudar a se livrar aos poucos dos vícios da microgestão, sem deixá-lo estressado e temeroso de fracassos. O primeiro passo é ter em mente que a sua equipe é competente e que ela faz o melhor com os recursos disponíveis que possui. 

Além disso, se você possuir processos estruturados para um fluxo de trabalho eficiente sempre haverá o seu momento de atuação, para revisar, avaliar a entrega, organizar uma reunião, enfim, existem inúmeras possibilidades para que você faça parte do processo sem tirar a vontade de trabalhar da sua equipe. 

Para organizar e manter todas as informações no mesmo lugar, para que você possa acompanhar o progresso das atividades sem precisar microgerenciar a sua equipe, você pode optar por um software de gestão de projetos. No Runrun.it, você estrutura o seu processo, inclui toda a sua equipe, divide demandas, define prioridades e assim todos ficam felizes: você acompanha o bom trabalho feito pela sua equipe e o time pode registrar todas as informações na plataforma e trabalhar de forma colaborativa com os pares e também com o líder. Crie sua conta grátis agora: https://runrun.it 

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