modelo de negócio

Da inovação à transformação: como encontrar e mudar o seu modelo de negócio

Hoje em dia, é comum associarmos a inovação e a transformação de um segmento à adoção de uma certa tecnologia. No entanto, embora novas tecnologias sejam determinantes para o avanço de qualquer indústria ou mercado, elas jamais os transformariam por conta própria. O que proporciona essa evolução é um modelo de negócio que permita que a inovação tecnológica responda a uma demanda de mercado emergente, ou ao aproveitamento de uma oportunidade identificada.

O exemplo do MP3

Este artigo da Harvard Business Review conta sobre a importância de se ter um modelo de negócio para revolucionar um mercado.

O exemplo utilizado é o do MP3: os primeiros aparatos representavam um tremendo salto de armazenamento em relação às mídias tradicionais de então, como fitas e CDs. A partir dali, usuários passaram a poder carregar milhares de músicas em um aparelho pequenino.

Mas a revolução só aconteceu de fato quando a Apple vinculou o iPod ao iTunes em um novo modelo de negócio, transferindo a venda de música do mundo físico ao virtual. O resto é história, e das mais bem-sucedidas.

Calma, ainda nem sei direito o que é um modelo de negócio!

Certo, então vamos retomar os conceitos. As definições sobre modelo de negócio variam bastante. Mas, entre os gestores, há um consenso de que o termo se refere como uma empresa cria e retém valor.

O modelo deve ser o mais abrangente possível. Deve definir desde a proposta de valor oferecida ao cliente (como o produto ou o serviço vai responder a essa demanda de valor), deve estabelecer a precificação de um produto, deve indicar como a companhia vai se organizar e a quem vai se associar para produzir valor, e especificar como funcionará sua cadeia de suprimentos.

Em suma, um modelo de negócio é um sistema no qual vários elementos interagem, geralmente de forma complexa, para determinar como uma empresa terá sucesso.

Modelos de negócio disruptivos

Em tempos de economia colaborativa, muito se tem falado em modelos de negócio disruptivos. O termo “disrupção” é uma atualização de “revolução”, e se refere a tudo o que derruba players dominante em algum mercado, renovando-o.

>> Leitura recomentada: Gestão Empresarial para Empresas que Desejam ser Disruptivas

Há vários exemplos de empresas que se utilizaram das inovações da economia colaborativa – baseadas no compartilhamento – para montar seus modelos de negócios. Consideremos, por exemplo, o Airbnb, que vem “disruptando” o segmento da hotelaria, e o Uber, que vem causando estardalhaço na indústria de transporte urbano. O primeiro tem mais quartos disponíveis do que qualquer rede hoteleira, e o segundo tem mais veículos do que qualquer frota de táxi do mundo.

Qual foi a grande disrupção? Precisamente o modelo de negócio dessas empresas. Tanto Airbnb quanto Uber oferecem um produto/serviço mais barato. E o mais incrível: sem possuir nenhum edifício, no primeiro caso, e nenhum veículo, no segundo. Com isso, tiveram acesso a oceanos azuis.

E os gestores perceberam que a plataforma tecnológica disponível tornava viável a criação de um modelo que desafiasse os mercados tradicionais. E fizeram isso identificando necessidades latentes, nas duas pontas: usuários que podem tanto oferecer hospedagem ou carona (pagas, claro) quanto se utilizar desses serviços.

Acho que não estou muito satisfeito com meu modelo de negócio, então…

Bem, a ideia deste artigo também é te provocar. Porque às vezes você nem precisa alterar totalmente seu modelo de negócio, mas pode aprimorá-lo, ajustá-lo aos novos tempos. É sempre importante fazer esse tipo de reflexão.

Para te inspirar nessa ponderação, selecionamos alguns elementos que, com base no artigo da HBR e neste da consultoria McKinsey, que podem ser determinantes para que um modelo de negócio seja realmente efetivo na transformação de um segmento. Eles foram colhidos após uma extensa pesquisa com empresas bem sucedidas.

Vamos a eles:

1. Quanto mais personalizado for o produto ou o serviço, melhor

Muitos modelos de negócio disruptivos que deram e dão certo oferecem produtos ou serviços mais sob medida do que aqueles de modelos dominantes. Ou seja, respondem melhor às demandas individuais e imediatas dos consumidores. E muitas empresas utilizam a tecnologia para conseguir oferecer esse valor a preços competitivos.

2. Compartilhamento de ativos

Como vimos, algumas inovações são mais bem sucedidas porque permitem o compartilhamento de ativos. O Airbnb e o Uber são exemplos disso. Nos casos de sucesso, esse compartilhamento tem sido de mão dupla: há geração de valor para os dois lados. O proprietário recebe dinheiro pela locação, e o locatário paga menos pela hospedagem.

3. Precificação com base no uso

Alguns modelos cobram clientes somente quando eles utilizam certos produtos ou serviços, em vez de requisitar que o paguem antes do uso. Os clientes são beneficiados porque investem somente nas ofertas cujo valor realmente aproveitaram; e as empresas ganham no sentido de que a base de clientes certamente crescerá.

4. Um ecossistema mais colaborativo

Algumas inovações são bem sucedidas porque uma nova tecnologia aprimora a colaboração com parceiros da cadeia de suprimentos, além de alocar os riscos do negócio de forma mais apropriada, reduzindo custos.

5. Uma organização mais ágil e adaptável

Um modelo de negócio inovador por vezes utiliza tecnologia para quebrar paradigmas dentro da própria empresa. Por exemplo, alterar o sistema hierárquico da organização para que a tomada de decisão seja adequada às demandas de mercado. Isso também permite adaptação em tempo real às mudanças desse mercado. E o resultado tem sido uma geração de valor ainda maior aos clientes, a custos menores para empresas.

Já vimos o que dá certo. Algum exemplo do que não dá?

Claro, às vezes os equívocos de outros ensinam até mais do que o acerto. Um desses exemplos é o da Xerox: até a década de 1980, a companhia se valia do fato de que pequenas empresas e usuários domésticos se contentavam com o papel carbono e o mimeógrafo. Então, veio a disrupção: a introdução de fotocopiadoras domésticas. A Xerox, no entanto, manteve seu foco exclusivo em grandes corporações e acabou perdendo espaço. Muito espaço.

Outro exemplo é o da Kodak, que sucumbiu com a chegada da fotografia digital. A empresa demorou para deixar o negócio de fotografia impressa. Simplesmente insistiu em estratégias que preservassem essa prática. Os produtos da empresa simplesmente se tornaram obsoletos. A maior ironia disso tudo: a Kodak estava na gênese da fotografia digital – mas, nos anos 90, os gestores decidiram não investir nisso com medo de que a novidade “canibalizasse” o filme. Deu no que deu.

Sem tecnologia de gestão, não há modelo de negócio inovador

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