Insegurança antes de tomar importantes decisões no trabalho é completamente compreensível e está ligada ao estado emocional, ao modo de encarar o problema e aos valores do protagonista da ação. Felizmente, você pode confiar em sua percepção, prevendo eventos e preparando reações, de modo a tornar suas futuras escolhas um pouco mais tranquilas para você e sua equipe.
A propósito, muitas intuições, ao contrário do que se pensa, não são impensadas ou mesmo negligentes: sua origem está num aprendizado anterior. Por isso, conheça a si mesmo para enriquecer suas experiências e construir uma tomada de decisão mais segura:
1. Meu ponto de vista
Estar envolvido demais com um assunto pode deturpar a visão dos fatos – então dê um passo para trás para enxergar e pensar melhor. As consequências imediatas (para todas as áreas) devem ser consideradas, mas se pensar no que sua decisão representa em longo prazo, será possível incluir informações mais relevantes para a tomada de decisão. Quando você se imagina aconselhando um amigo, por exemplo, tende a ser mais fácil visualizar os riscos e as recompensas da situação. Tudo porque requer mais atenção quando se trata de alguém que está confiando em você. Faça esse exercício.
2. Meus limites
Antes de tomar uma decisão profissional, é fundamental saber até onde você está disposto a ir para alcançar seu objetivo. Conheça com clareza todos os seus princípios para que não se arrependa da escolha.
3. Meus recursos
As condições são favoráveis para o cumprimento dessa decisão? Tenho os recursos necessários para colocá-la em prática? Se não, como posso consegui-los? Estas são perguntas que você deve se fazer várias vezes. Lutar contra tudo e todos costuma ser bastante cansativo. Você está disposto a isso?
4. Minhas referências
As pessoas que te rodeiam oferecem referências que ajudam a entender a sua posição na vida de diversas maneiras. Seja no trabalho ou em família, é valioso estar atento às opiniões e experiências de quem está ao seu lado. Dessa maneira, você fará um mergulho na sua própria vida para entender os reais motivos por trás de uma decisão – que será a mais qualificada possível.
5. Minhas (várias) decisões
Ao invés de reunir várias decisões em uma só, o melhor é separar várias questões que possam ser solucionadas individualmente. Isso reduz o número de dúvidas dos envolvidos e torna as inevitáveis discussões mais ágeis e certeiras.
Pergunte-se
Será que não dá para fazer isto E aquilo?
Talvez não seja preciso excluir possibilidades. Pensamos em alternativas, em substituir uma decisão por outra, quando na verdade poderíamos conciliar duas ou até mais escolhas.
Quais dados eu tenho para validar minha tomada de decisão?
Procure conselhos, investigue antes de se decidir e recolha as informações necessárias com antecedência. Decisões baseadas em fatos são mais fáceis de tomar e, afinal, precisam de informações apuradas, desde comparativos até orçamentos, planejamentos e cronogramas.
Quem participa da decisão?
Organizações bem sucedidas tomam decisões às claras. Discussões com porta fechada alimentam especulações e inibem o grupo de concordar. Isso, porém, não quer dizer que todos os colaboradores precisem estar na hora da tomada de decisão. Aqueles que têm algum interesse podem sim ser sondados, mas só participam desde que o seu papel seja determinante para a conclusão.
E qual o meu plano B?
O grande desafio para um líder é o que acontece no momento seguinte à percepção de que sua ideia foi ineficiente. Se, no entanto, você considera várias alternativas antes da tomada de decisão e cria um plano para reavaliar, você não seguirá o erro por muito tempo. É reconfortante saber que você ainda não fez tudo o que pode fazer. Ou seja, as chances não se esgotaram!
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