Crise econômica: O que temos a aprender sobre 1929 e 2008

Uma crise econômica é, basicamente, um desequilíbrio entre produção e consumo, quase sempre localizado em setores isolados da economia. Em consequência, há uma queda brusca na produção, falência de empresas, desemprego em massa, redução de salários e lucros. É indiscutível que crises trazem momentos de dificuldade, mas representam também momentos únicos para turnarounds (para “virar o jogo”).

Acreditamos que é importante ter conhecimento sobre crises de outros momentos da história, até para evitar o desespero em relação à nossa situação atual. Por isso trazemos informações sobre as crises de 1929 e 2008, as duas maiores crises americanas – com enorme repercussão no mudo todo – e que trazem bons estímulos de superação.

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1929 – A Grande Depressão

A crise econômica mundial da década de 1930 eclodiu em 29 de outubro de 1929, após três meses de quedas consecutivas da produção e dos preços. Neste dia, os americanos jogaram (venderam) 16 milhões de ações no mercado, o que afundou a Bolsa de Nova York – episódio conhecido como o “Crash de 29”. De forma resumida, os principais fatores que levaram à crise:

  • A intensa especulação na bolsa fez com que os valores dos títulos e ações atingissem um nível elevadíssimo, sem ter quem os comprasse.
  • Sem demanda, os preços despencaram. Isso produziu uma onda de desconfiança que atingiu todos os ramos da economia.
  • Com a paralisação da economia, como uma bola de neve, as falências aumentaram e milhões de pessoas perderam seus empregos.

 

O New Deal e a superação:

Em 1933, Franklin Delano Roosevelt iniciou a recuperação por meio do New Deal, um pacote de estímulos econômicos baseados na teoria de que o Estado deve interferir na economia quando necessário. As principais ações foram a criação:

  • De um projeto de obras públicas com o objetivo de criar empregos;
  • De um plano financeiro que desvalorizou o dólar favorecendo as exportações,
  • Da Previdência Social, com a intenção de proteger a renda dos trabalhadores.

 

Quando tudo parece estar contra, arrisque!

Momentos de crise podem trazer oportunidades para quem consegue aprender com eles e inovar. A grande depressão teve graves consequências também para o Brasil, derrubando as vendas do café brasileiro nos principais países compradores. Na década de 1930, o governo de Getúlio Vargas chegou a comprar sacas de café e queimá-las com a intenção de elevar o preço do produto nacional. Mesmo diante de dificuldades, GV teve a iniciativa arriscada de investir na criação da infraestrutura para o desenvolvimento da indústria brasileira. A decisão foi estratégica, deu certo e abriu caminho para a industrialização nas décadas seguintes.

2008 – A crise do subprime

A crise econômica começou em agosto de 2007 com o colapso das hipotecas subprime (empréstimos de risco – para clientes que não tinham bom histórico de pagamento) nos EUA, consolidada um ano depois, em setembro de 2008, com a falência do banco Lehman Brothers. Foi causada por diversos motivos que, combinados, resultaram no que se considera o pior cenário econômico desde 1929:

  • Ausência de regulação do Estado sobre as operações de crédito, os baixos índices de poupança e altos índices de consumo e endividamento do consumidor produziram uma bolha de crédito;
  • Clientes utilizavam como garantia de crédito suas casas (hipotecas). Quando os preços dos imóveis caíram, as garantias dos empréstimos foram prejudicadas,
  • O problema aumentou o desemprego e refreou o consumo, causando uma recessão geral na economia americana – gerando impacto em todo o mundo.

 

Processo de Recuperação

Hoje, oito anos após o colapso econômico, os EUA estabeleceram um processo de recuperação consistente que não deve deixar brechas para a repetição de erros. André Luis Contri, economista e professor da PUC-RS , considera que, “Atualmente, a economia norte-americana já conseguiu recuperar parte das perdas da crise, mas continua em uma situação vulnerável. Indiscutivelmente, grande parte dessa recuperação deve-se à forte intervenção governamental no pós 2008, tanto no sentido de sanar o setor financeiro e produtivo como através da sua política fiscal. ”

Vencendo em tempos de crise econômica

Estratégia e execução são termos definitivos para o sucesso em tempos assim. Um estudo realizado pela consultoria americana Bain & Company mostra que crises produzem mais vítimas e mais heróis do que os tempos de calmaria. Nos períodos de crescimento, a maioria das empresas é impulsionada pela economia a conseguir bons resultados, o que acaba nivelando os resultados obtidos. Na crise, é como se a maré estivesse contra, fazendo com que só os mais preparados consigam fazer progressos, abrindo ainda mais vantagens sobre seus competidores. Durante a história das crises econômicas, é possível perceber que as empresas que prosperaram fizeram um movimento contra intuitivo e cresceram quando todos retraíam.

Para Ricardo Rocha, consultor especialista em Branding da Innova e diretor da Energia das Marcas, “Nesses momentos, o consumidor procura a compra certa, aquela em que ele tem certeza que o produto/serviço vai atender a sua necessidade, por que ele não pode errar e desperdiçar dinheiro. Assim, as marcas mais consolidadas e conhecidas costumam ganhar mercado, ou perdem muito pouco espaço. É por isso que essas empresas continuam investindo em inovação, deixam os cortes para outros setores, investem forte em campanhas, promoções e presença na mídia. A ideia é estar na cabeça do consumidor no momento de decisão, mesmo porque, essa escolha é menos automática no período de crise e cada produto/serviço é reavaliado na hora da compra. Essa estratégia, a pesar de contra intuitiva (pois o normal é investir menos), se provou eficaz em crises distantes e atuais.”

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