Responda rápido: qual é o maior ativo da sua empresa? Dinheiro, tempo ou pessoas? É bem provável que você responda “os três”. Porque sem qualquer um desses elementos, sua empresa simplesmente não existirá. O problema é que muitos gestores costumam priorizar um desses ativos em detrimento dos outros, o que resulta em um perigoso desequilíbrio para suas organizações. Assim sendo, o ideal é que todos sejam tratados com o mesmo cuidado. Assumindo que falamos com frequência de como você pode otimizar seu tempo e seus recursos financeiros, agora compartilharemos alguns aprendizados sobre a sua administração de recursos humanos.
Capital humano X capital financeiro
Para entender a importância do assunto, basta você se fazer a seguinte pergunta: o que é mais fácil, encontrar (e reter) o profissional ideal ou conseguir um financiamento? A resposta para essa é fácil: um financiamento. Claro, assumindo que a situação fiscal da sua empresa esteja em ordem. Ainda que a situação do país não seja das melhores, o capital financeiro é relativamente fácil de se obter.
Por outro lado, o capital humano, não; é muito mais escasso. Já falamos sobre o assunto neste artigo. E, de acordo com essa pesquisa da HBR, nas empresas estadunidenses, apenas 15% dos funcionários são considerados como aqueles que fazem a diferença. Falta inspiração, também: a pesquisa da HBR revela que, para a maioria das organizações, apenas um entre oito colaboradores é inspirado.
>> Leitura recomendada: As tendências globais de como gerenciar seu capital humano – e seus projetos
Pois é. Encontrar, desenvolver e reter talentos constitui mesmo um desafio e tanto. E aí, o que fazer para cuidar melhor da sua administração de recursos humanos?
Mensure seu capital humano
Como reza o ditado, você não pode gerenciar o que você não consegue medir. Para a mensuração do capital financeiro, como você deve saber, existe uma verdadeira sopa de letrinhas: ROI, EBITDA, e por aí vai.
Agora, para mensurar seus recursos humanos, você pode utilizar métricas como o Productive Power Index, um rápido teste (em inglês) criado pela consultoria Bain Company. O teste mira os custos de seus esforços organizacionais e os benefícios da gestão efetiva de talento e energia da sua força produtiva.
Por meio do teste, você consegue medir a quantidade e o valor do tempo investido em iniciativas e projetos, bem como avaliar o retorno desse investimento. Ferramentas de gestão como o Runrun.it também te auxiliam demais nesse processo, porque permitem que você monitore, com precisão, o tempo dedicado a cada tarefa. Com tudo isso, você vai constatar a quantidade de talentos “que fazem a diferença” na sua organização.
Meça também o custo das reuniões
Quando se trata de capital financeiro, costumamos (ou deveríamos) ser absolutamente cuidadosos: medimos a fundo o valor dos investimentos e estabelecemos uma série de taxas de obstáculos antes de investir um único real.
Já em relação ao capital humano, de acordo com esta outra matéria da HBR, precisamos começar a pensar sobre o “custo de oportunidade” de uma hora-homem perdida.
Uma forma de fazer isso é medir o custo das reuniões. Pesquisadores da Bain Company constataram que reuniões semanais de comitês executivos de uma empresa podem consumir até 300 mil horas por ano. Sim, 300 mil. O assunto é realmente sério. Algumas empresas descobriram que reuniões consomem de 25% a 50% do tempo de todos os seus colaboradores.
Assim sendo, é preciso que você elabore projetos considerando tanto o investimento de capital financeiro quanto o humano. O Runrun.it também pode contribuir para isso, uma vez que o uso da ferramenta reduz a necessidade de reuniões – com a comunicação formalizada que a plataforma oferece, tudo pode ser resolvido dentro dela.
Monitore seus colaboradores periodicamente
Mantendo o paralelo com o capital financeiro: times de planejamento financeiro e analistas sempre medem resultados atuais e esperados. Da mesma forma, para o capital humano, você deve realizar revisões periódicas da sua força produtiva, e de quais ações estão sendo empreendidas para catalisá-la.
É fundamental também verificar como anda o clima dentro da sua empresa — e tomar medidas para melhorá-lo, caso seja necessário. Para isso, não deixe de ler este nosso artigo sobre ambiente de trabalho.
Reconheça os talentos
A propósito, a avaliação 360 graus auxilia num ponto fundamental da sua administração de recursos humanos: o reconhecimento e a recompensa dos talentos que fazem a diferença.
Financeiramente falando, a remuneração variável pode ser um bom caminho para gerar esse reconhecimento – e engajamento. Pois ela consiste na recompensa, propriamente dita. Ela varia conforme a performance de cada colaborador da equipe, ou da empresa como um todo. E, por definição, a remuneração variável deve estar atrelada a metas, ou seja, à medição do desempenho profissional em um período de tempo. Saiba mais sobre remuneração variável neste artigo do nosso blog.
E para conhecer outras formas de conectar seus colaboradores aos objetivos da empresa, leia este artigo sobre como motivar uma equipe.
Por fim, meça e reconheça seus líderes
Para que a administração de recursos humanos seja realmente efetiva, lideranças devem também ser medidas – e recompensadas – em seus quocientes de inspiração. A capacidade dos líderes de construir um time engajado também deve ser reconhecida: por exemplo, você pode verificar quantos colaboradores de alto potencial eles recrutaram, desenvolveram e retiveram.
Enfim, essas são algumas formas de equilibrar o cuidado que sua empresa dedica aos ativos que ela têm – principalmente em relação às pessoas. Lembre-se de que capital humano, ao contrário do financeiro, é escasso, e de que vale a pena lutar pelo talento. Quanto antes você incorporar esse pensamento na sua organização, antes receberá o retorno que está buscando de seus recursos humanos.