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Como valorizar os mais experientes e evitar o ageísmo na sua empresa

Ageísmo vem da palavra age (idade, em inglês) e, de forma geral, diz respeito ao preconceito sofrido por pessoas mais velhas. O fenômeno é comum no ambiente de trabalho e costuma atingir funcionários com mais de 45 anos que se sentem discriminados e pressionados a deixar seu cargo para dar lugar aos mais jovens. Esses, por sua vez, podem ver os mais velhos como desnecessários e desatualizados.

A boa notícia é que o ageísmo no trabalho vem sendo lentamente combatido, à medida que os líderes de empresas começam a agir para mudar os clichês que giram em torno dos mais experientes e enfatizar suas habilidades. 

Veja o que você vai encontrar nesse artigo sobre ageísmo:

 

Ageísmo e o fenômeno da ‘desaposentadoria’

Tradicionalmente, a aposentadoria era vista como algo desejável e parte de um ciclo natural, uma chance de descansar após uma vida toda dedicada ao trabalho. Estar aposentado era considerado uma boa oportunidade de se dedicar a outras coisas (como família, hobbies, viagens etc) que antes eram colocadas em segundo plano.

Mas, nos últimos anos, o que se tem observado é que muitos daqueles que já têm direito a se aposentar preferem continuar atuando no mercado de trabalho. Segundo um artigo da BBC, o número de desaposentados nos Estados Unidos duplicou de 1985 até hoje, representando um total de 20% da força de trabalho. Além disso, cerca de 40% dos trabalhadores aposentados em algum momento decidem retornar ao trabalho e procurar novos postos. Um resultado semelhante também é observado no Reino Unido. 

Abaixo, listamos algumas das razões para a ocorrência desse fenômeno:

  • Longevidade: algumas pessoas estão apenas vivendo mais, são saudáveis ​​e produtivas o suficiente para continuar trabalhando. Ainda segundo a BBC, mais de 50% dos nascidos este ano em países de primeiro mundo devem viver até os 100 anos de idade, e em condições de seguir trabalhando até os 80 anos, caso queiram ou precisem. 
  • Dificuldade financeira: às vezes, o valor da aposentadoria ou da pensão é insuficiente para que as pessoas consigam se sustentar sem precisar trabalhar. O aumento dos custos com saúde, por exemplo, tem trazido muitos de volta ao trabalho. Há casos também em que é necessário continuar trabalhando para auxiliar a família, ajudando a pagar as contas dos filhos ou o estudo dos netos, por exemplo. 
  • Tédio: embora não necessariamente precisem do dinheiro, muitos se sentem entediados e sozinhos com a aposentadoria, dado que o trabalho confere uma rotina e um senso de propósito, assim como proporciona uma convivência social. É comum que aposentados se sintam “inúteis” e expressem certa frustração com as atividades banais do dia a dia.
 

Independentemente das razões, os dados mostram que muitos não pretendem sair do mercado de trabalho tão cedo. aposentadoria Assim, é necessário que as empresas estejam mais preparadas para receber e manter colaboradores de nível sênior em seus quadros, criando soluções e iniciativas que diminuam os conflitos geracionais, combatendo o preconceito e a discriminação. 

Envelhecimento no local de trabalho em números

Segundo um relatório da Fairygodboss, 28% das pessoas enfrentam algum tipo de discriminação devido à idade no ambiente de trabalho. A pesquisa foi realizada nos Estados Unidos com 1.000 trabalhadores acima de 40 anos. Os dados mostram mais alguns detalhes a respeito de como isso ocorre, comparando homens e mulheres. 

O que as empresas podem fazer para combater o ageísmo

Como falamos, à medida que as pessoas vivem mais e optam por continuar atuando no mercado mesmo após atingirem a idade para se aposentar, é necessário que as empresas adotem algumas ações que visem criar um ambiente benéfico tanto para as gerações mais jovens quanto para os mais velhos. Aqui vão algumas dicas para começar:

  • Incentive os mais velhos a compartilhar suas experiências. Soluções criativas e inovadoras são importantes, mas muitos problemas podem ser evitados ou resolvidos a partir da experiência. E, nesse sentido, as pessoas mais vividas têm muito a acrescentar. 
  • Promova a horizontalidade e a transparência. Uma forma de combater o clichê do funcionário mais velho e teimoso, que não dá ouvido aos mais jovens, é estimular o diálogo transparente, a troca de informações e o compartilhamento do conhecimento entre todos os membros da equipe.
  • Ofereça cursos e treinamentos. Caso os funcionários mais velhos se sintam defasados em algum tema, você pode oferecer workshops, investir em cursos presenciais ou online, ou inscrevê-los em eventos, de forma que eles possam atualizar seus conhecimentos sempre que necessário. 
 

O consultor Marcelo Furtado, em uma matéria para o G1, afirma que a integração entre gerações está sendo algo cada vez mais comum nas empresas:

“Primeiro é expectativa de vida alta. Pessoa produtiva quer trabalhar. Segundo, aposentadoria difícil. Então querem trabalhar e se manter ativas por mais tempo e outro fator é que gerações mais jovens ficam prontas cada vez mais jovens.”

Há também outras práticas e programas mais complexos que vêm sendo adotados por empresas que desejam promover uma maior integração entre as gerações. Conheça duas delas a seguir. 

Mentoria reversa

Uma maneira de unir gerações é implementar um programa de mentoria reversa, no qual um colaborador mais novo assume o papel de mentor, trabalhando em conjunto com um colega mais velho, ajudando-o e treinando-o em uma variedade de tópicos com os quais as jovens gerações são mais familiarizadas como novas tecnologia, ferramentas digitais, redes sociais e similares. 

A prática tem se mostrado benéfica tanto para os profissionais de nível júnior e pleno quanto para aqueles de nível sênior. Para os colaboradores mais jovens, a experiência representa uma oportunidade de desenvolvimento, enquanto que para os mais velhos é uma chance de obter novas perspectivas sobre as coisas. O fundamental é que ambos estejam motivados a fazer parte de uma cultura de aprendizado que, em escala maior, é algo essencial para o crescimento de qualquer empresa.

Veja algumas dicas para implementar esse tipo de prática na sua empresa: 

  • Na hora de formar os pares, não junte pessoas aleatoriamente. Tenha em mente que ambos devem ir com a mente aberta, dispostos a ensinar e a aprender. 
  • Crie um grupo de suporte para mentores, ou seja, um espaço no qual eles possam trocar experiências entre si. 
  • Crie metas para o relacionamento mentor-mentorado e defina expectativas claras.
  • Dê liberdade aos mentores e mentorados para trabalharem juntos em qualquer estilo ou ritmo que preferirem.
 

Job sharing

Outra forma interessante de integrar gerações é o job sharing (em português, compartilhamento de trabalho), prática na qual dois indivíduos com habilidades e formações semelhantes ou complementares são encarregados de desempenhar as atividades que antes seriam encargo de uma única pessoa. 

Nesse caso, um colaborador mais velho trabalharia em conjunto com outro que tem o perfil mais júnior. A princípio, a divisão de responsabilidades se dá de forma mais vertical, pois o sênior irá delegar algumas de suas tarefas para o júnior e organizar o fluxo do trabalho. Entretanto, não se trata de uma via de mão única. A ideia é que o sênior possa partilhar seus conhecimentos, enquanto o júnior seja capaz de dar novas ideias e apresentar soluções criativas. Ele não será um estagiário ou secretário, mas sim um colega com o qual o sênior irá contar na hora de tomar decisões e resolver problemas. Afinal, duas cabeças pensam melhor do que uma. 

Se você pensa em implementar um programa como esse na sua empresa, veja essas dicas:

  • Avalie o uso dos softwares na sua empresa e, se necessário, substitua os que podem estar tornando os processos mais burocráticos e lentos.
  • Atribua e delegue tarefas para a dupla de forma precisa e defina claramente as metas de cada projeto.
  • Empregue ferramentas em nuvem que armazenem dados e facilitem o compartilhamento de informações. 
  • Elimine processos manuais que possam estar atravancando o fluxo de trabalho da duplas.
 

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