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Controle de equipe: Como sua empresa pode se tornar feminista

“Feminista: a pessoa que acredita na igualdade social, econômica e política dos sexos”. Esta definição, difundida pela renomada escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, não poderia ser mais clara. Se você é mulher e reivindica que pessoas de todos os gêneros sejam tratadas com o mesmo respeito, recebam os mesmos salários e tenham a mesma autonomia e direitos, você é feminista. Se você é homem e crê nas mesmas coisas, você é um apoiador do feminismo. E se você acredita que essas noções devem ser compartilhadas no seu local de trabalho, você pode contribuir para tornar sua empresa feminista. Bastam pequenos gestos sobre as políticas e a cultura da empresa. Em poucas palavras, é preciso rever como é feito o controle de equipe. A seguir você confere quatro passos, dados de estudos globais e um vídeo para te inspirar nessa empreitada.

1. Destrua o machismo dentro da empresa

Mulheres do mundo todo se sentem desencorajadas a buscar cargos mais elevados de liderança, em razão do mito de que as mulheres não são adequadas para o alto escalão. Esse preconceito não só leva à estagnação profissional de mulheres, como ainda as responsabiliza por sua falta de progresso. Por isso, comece a mudar a realidade interna da empresa, instituindo políticas que afastem comportamentos de assédio e machismo. Simplesmente, acabe com a realidade de “mesmo trabalho, salários diferentes”.

2. Promova a igualdade de gênero

Problemas de assédio sexual são relatados em 90% das grandes corporações, nos EUA. Lá, mulheres que trabalham em jornada integral recebem apenas 68,4% do que homens recebem. Além disso, só 32% das mulheres recebem plano de saúde de seus empregadores, enquanto 45% dos homens têm o mesmo benefício. Quanto mais mulheres em posições de liderança, melhores serão as condições para todas as profissionais em seus locais de trabalho.

>> Leitura recomendada: Guia para a igualdade de gênero no trabalho

Mulheres no controle de equipe também são mais propensas a criar políticas que facilitem licenças maternidade e paternidade e que permitam horários flexíveis para pais que trabalham. Outras iniciativas são auxílios financeiros para mães e pais que precisam deixar seus filhos em creches e adoção de políticas de prevenção ao assédio sexual e punição dos infratores.

3. Compartilhe conteúdo que empodere mulheres

Sua empresa deve estar atenta ao conteúdo que produz, e deve analisar profundamente a mensagem antes de divulgá-la nas redes sociais. Um post mal feito compartilhado nas redes sociais pode levar a milhões de pessoas uma mensagem que só reforça os estereótipos de gênero. Michele Morelli, vice-presidente de Marketing da AOL, em artigo para o Adweek, complementa: “Os negócios são responsáveis também por impactar positivamente a sociedade. Os consumidores percebem isso, inclusive pagando mais por marcas que apoiam uma causa com a qual eles se identificam”.

4. Invista na comunidade feminista

Patrocinar e divulgar projetos feministas é um ótimo caminho para lutar pela igualdade de gênero e abordar o feminismo no mundo dos negócios. Durante reuniões de conselho, encontros mensais da equipe, conferências e congressos, levante a bandeira e fale sobre questão da falta de representação das mulheres. Ou convide outro membro feminista da empresa para discursar.

>> Leitura recomendada: O olhar feminino no controle de atividades – o caso do eBay

“Com recursos, atenção pública e comunicação de massa, as empresas têm a oportunidade de criar um impacto significativo rumo à igualdade de gênero. Não se trata de ir correndo para o coro feminista só porque é ‘o assunto do momento’. Trata-se de falar sobre isso porque é simplesmente a coisa certa a se fazer”, resume Michele Morelli, da AOL.

5. Está comprovado

O primeiro estudo global da McKinsey sobre o impacto da diversidade de gênero no trabalho, feito em 2007, pesquisou mais de 900 organizações de todo o mundo buscando testar se de fato existia alguma relação entre a diversidade de gênero dos líderes de equipes e a eficiência da empresa. Foi então que surgiu o relatório anual “Women Matter” (“Mulheres importam”, em tradução livre). O que foi descoberto impressiona: as empresas com três ou mais mulheres em altos cargos de gestão pontuaram mais em todas as nove dimensões da eficiência de uma organização:
• direção;
• liderança;
• cultura e clima;
• prestação de contas;
• coordenação e controle;
• capacitação;
• motivação;
• orientação;
• inovação e aprendizagem.

O mais novo relatório, de 2014, recomenda ainda 5 atitudes feministas para líderes tomarem:

1. Faça da diversidade de gênero uma prioridade estratégica da sua empresa.
2. Apoie as mulheres de potencial a encontrar seu caminho pessoal, em direção à liderança.
3. Ofereça treinamento para reconhecer e superar preconceitos.
4. Garanta que as políticas de RH da empresa não tolerem preconceito nem assédios, e que a infraestrutura não constranja mulheres nem LGBTs (também uma causa feminista).
5. Meça os resultados e acompanhe pessoalmente a implantação da iniciativa feminista, assim como você faz com qualquer grande projeto do seu negócio.

>> Leitura recomendada: As expectativas das mulheres da Geração Y

(Bônus) Por que todos deveríamos ser feministas

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