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Design thinking: conheça tudo sobre essa nova forma de pensar e criar

Até mesmo a Medicina, que estuda o mesmo corpo humano desde Hipócrates na Grécia antiga, tem que se reinventar a cada ano. Novas tecnologias e descobertas fazem com que o mesmo objeto seja visto de forma nova, com novas soluções e outras abordagens. Se o trato com o corpo humano, quase idêntico por centenas de milhares de anos, merece uma releitura, o que dizer das metodologias para solução de problemas? A cada ano – ou até mesmo a cada dia – surge uma nova forma de pensar oportunidades e gerar ideias. A bola da vez, agora, é o design thinking.

“Quer que eu desenhe?”

Embora tenha ganhado notoriedade apenas na última década, o design thinking já é lecionado em universidades renomadas como Stanford, onde foi fundada a primeira escola dedicada à disciplina. Como o nome sugere, esta nova tendência remete à forma de pensar inspirada no comportamento dos designers.

Don Norman, professor de Ciência Cognitiva da Universidade da Califórnia, em San Diego, define que designers são pessoas capazes de extrapolar as reflexões, e apenas discutem as soluções quando consideram que compreenderam o problema em toda a sua extensão e suas ramificações. Ou seja, o design thinking critica a pressa com que se vai à fase de produto final e exalta a importância das fases de compreensão, discussão e experimentação. Em suas palavras:

“Designers desenvolveram inúmeras técnicas para evitar serem capturados pela solução mais fácil. Eles tomam o problema original como uma sugestão, não como uma afirmação final, e então refletem amplamente sobre quais podem ser as verdadeiras questões envolvidas.”

Então, o design thinking pode ser descrito como uma maneira não linear de abordar uma questão, uma ferramenta que deve ser utilizada toda vez que houver um problema humano a ser resolvido por um grupo. Ele ajuda as pessoas a organizarem o pensamento e estruturar os esforços para resolver esse problema de forma empática. Alguns pensadores reforçam ainda que o design thinking tem especial eficácia quando a necessidade inclui “repensar e reescrever jornadas”.

Leia mais sobre Don Norman e design thinking neste artigo.

Colocando o design thinking para funcionar

Ao trabalhar de forma empática, uma equipe que se disponha a trabalhar com design thinking acaba por se colocar no lugar do cliente, evitando pressupostos pessoais e mantendo-se como observadores.

Depois que o problema está devidamente definido e os pontos mais críticos estão identificados, começa a discussão de soluções. Idealmente, este grupo de brainstorming deve ser multidisciplinar, trazendo insights de diversas áreas. Assim, é possível escapar do velho problema das respostas repetitivas de profissionais muito semelhantes.

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Mais uma vez nas palavras de Don Norman, “nunca subestime o poder das perguntas idiotas”. Trazer pessoas de fora da área para a discussão pode ocasionar perguntas consideradas óbvias pelos membros mais experientes com o assunto. No entanto, são exatamente essas perguntas que podem revelar um aspecto novo do problema, nos levando a soluções mais criativas. Convide, por exemplo, pessoas envolvidas em diferentes etapas da jornada do cliente. Consumidores, funcionários, cozinheiros, médicos, especialistas de áreas diversas. Até mesmo designers. Tudo depende de qual é o seu assunto. Apenas garanta a diversidade de mentes e de abordagens.

Depois dessa diversidade – ou divergência – de mentes, é hora de convergir. Os membros do grupo devem então sugerir uma solução, se possível de curto prazo e levando-se em consideração o custo, para que possa ser logo prototipada, aplicada e testada. O processo de design thinking tem um final indefinido, deve ser sempre iterativo e expansivo. A equipe deve ter a determinação de experimentar, repensar, questionar e recomeçar, mesmo quando uma solução satisfatória parecer ter sido encontrada.

Quando, onde e como aplicar o design thinking

Como você pode imaginar, o processo se encaixa em praticamente qualquer ramo. As empresas mais conectadas com as novas técnicas de criação e inovação já aplicam a ferramenta em seu dia a dia. No entanto, por sua natureza mais subjetiva e humana, muitas vezes o “departamento” de design thinking de uma empresa é separado do fluxo oficial de soluções, funcionando como uma espécie de workshop de novas ideias.

Talvez esta seja uma das formas mais seguras e eficientes de se implantar a metodologia em uma empresa. Ao manter a produtividade e a escala tradicional separadas do design thinking, uma empresa pode desfrutar das vantagens dos dois modelos.

Afinal de contas, se chegamos à conclusão de que o erro, o questionamento e o recomeço estão no cerne do design thinking, fica óbvio que não é um processo que se encaixe tão facilmente quando o que está em jogo é algo de custo muito elevado ou crucial para a sobrevivência de um negócio.

Vantagens, desvantagens e expectativas para o design thinking

Percebem-se facilmente vantagens criativas quando utilizamos o design thinking, pensando “fora da caixa” e trazendo para o processo novas ideias e culturas. Além disso, a prática cria um ambiente mais aberto e motivador, que valoriza os integrantes do time.

No entanto, é sempre importante ressaltar que seu uso ainda é relativamente recente, e, como todas as tendências em inovação, apresenta algumas desvantagens. Entre elas, a principal é o desgaste emocional que colaboradores criados em uma cultura perfeccionista sentem ao ter que lidar com uma metodologia que se baseia na experimentação e no erro. O gestor deve verificar se a equipe está pronta para lidar com constantes recomeços e para encarar fracassos como passos na jornada.

O que o futuro reserva para o design thinking? O que provavelmente acontecerá é semelhante ao que ocorreu com praticamente todas as escolas de pensamento criativo e metodologias revolucionárias. Como tempo, o design thinking sofrerá alterações e contribuirá para a criação de novas metodologias e culturas organizacionais. Até lá, ele será um bom aliado para a criatividade de sua empresa.

>>Leitura recomendada: Criatividade para potencializar sua carreira profissional: conheça o pensamento lateral

Pensamento criativo com ferramentas digitais

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