Três punhos femininos levantados representando a diversidade de gênero

Cultive a diversidade de gênero em sua empresa para alcançar melhores resultados

“Toda unanimidade é burra.” A célebre frase de Nelson Rodrigues, um dos mais importantes escritores brasileiros, pode servir como inspiração para pensarmos sobre diversidade de gênero dentro de qualquer organização. A começar por um motivo muito simples: uma empresa homogênea, com predominância masculina e com perfis que se assemelham em tudo, pode enveredar por um caminho perigoso, sem crítica, sem ideias inovadoras – portanto, sem sucesso ou crescimento.

Agora, pense em um ambiente de trabalho com profissionais de perfis sociais, culturais, étnico-raciais, gêneros, necessidades especiais e orientações sexuais diferentes. Pense nesse ambiente e esqueça seus próprios preconceitos. Não faz mais sentido que daí saia um “caldo” muito mais rico para qualquer gestão?

Falando especificamente sobre a diversidade de gênero: ainda que tenhamos muito a evoluir, o cenário acima já é realidade em organizações pelo mundo. Empresas que entenderam que colaboradores com pensamentos e vivências diversas podem constituir uma importante vantagem competitiva para os negócios. E, conforme números comprovam (veremos a seguir) – a diversidade de gênero também é lucrativa.

O desafio, então, está em estimular cada vez mais essa diversidade. Vejamos agora como fazer isso.

A verdade incontestável das pesquisas

Como dissemos, ainda temos um longo caminho pela frente. A começar pelos altos escalões corporativos: é rara presença feminina por entre CEOs, diretores e conselhos. E este fato se torna ainda mais inaceitável quando constatamos que a presença feminina tem sido o fator de crescimento em grandes empresas ao redor do mundo.

Por exemplo: uma análise de 2400 organizações de todo o globo, conduzida pelo banco Credit Suisse, mostrou que empresas com pelo menos uma mulher no conselho diretor apresentam maior retorno sobre o patrimônio líquido. E indicou que o lucro líquido cresce mais do que aquelas em que não há mulher alguma em cargos de diretoria.

Em outra pesquisa, o resultado demonstra entusiasmo com a questão da diversidade de gênero. A enquete, realizada pela revista Forbes com 321 grandes empresas globais (de pelo menos US$ 500 milhões em receita anual), revela que 85% dos executivos concordaram ou concordaram fortemente com que a diversidade seja crucial para promover a inovação em sua força de trabalho.

Diversidade de gênero = mais eficiência

Outro estudo, ainda aponta a contribuição feminina para a produtividade das empresas. Intitulada “Women Matter” (“Mulheres importam”) e realizada pela consultoria McKinsey, a análise contou com mais de 900 empresas do mundo. E revelou importantes relações entre a diversidade de gênero dos líderes de equipes e a eficiência da empresa.

Resultado: empresas com três ou mais mulheres em altos cargos de gestão pontuaram melhor em todos os atributos responsáveis pela eficiência de uma organização. Que são:

– liderança;
– cultura e clima;
– prestação de contas;
– coordenação e controle;
– capacitação;
– motivação;
– orientação;
– inovação;
– aprendizagem.

Já se sabe, então, que as empresas que mais prosperam tendem a ser aquelas que praticam a diversidade de gêneros em sua cultura organizacional. Aquelas que entendem que a diferença as torna mais criativas, inovadoras, eficientes – e sobretudo completas.

Em busca do equilíbrio

Na hora de formar um time, equilíbrio é fundamental. Em todos os sentidos. Reunir profissionais com habilidades que se complementem, por exemplo, é determinante para um bom desempenho.

No entanto, não é o que se observa. Muitas porta-vozes femininas de grandes empresas – como a Unilever, por exemplo, que hoje tem um percentual global de 51% de líderes mulheres – admitem que o trabalho de reconhecimento é árduo, principalmente dentro da própria equipe.

Cultura do desencorajamento

Essa cultura de desencorajamento da mulher vem de longe; todos sabemos disso. “Objetificar” o gênero feminino e reforçar preconceitos sobre estereótipos faz parte do passado (e, infelizmente, do presente) de muitas culturas empresariais.

Sendo assim, apostar na diversidade de gêneros e na contratação de talentos femininos deve ser prioridade em qualquer organização que se pretenda contemporânea e justa. Deve ser algo inegociável dentro da cultura de uma empresa.

Como ter equipes mais diversas e melhores?

Comece pensando em um processo seletivo que priorize atributos realmente necessários para a função a ser desempenhada. Independentemente de gênero; escolha pelo desempenho e pelo foco do(a) candidato(a). Estudos revelam que os homens são escolhidos com 60% das qualidades atribuídas ao cargo para o qual são selecionados, enquanto que mulheres, 100%.

Ou seja, geralmente empresas contratam homens 40% menos qualificados, em comparação com as mulheres, nas disputas para a mesma vaga.

Muitas vezes, as contratações de mulheres são emperradas por questões pessoais: maternidade, afastamento por licença, duplas jornadas para atender as necessidades dos filhos etc.

É hora de mudar isso. Então procure criar uma cultura diferente: amplie as experiências de home office, promova áreas de amamentação e recreação infantil dentro da própria empresa. Encoraje a participação masculina na paternidade, proporcionando planos de licenças paternidade maiores do que de apenas uma semana (o que a legislação prevê atualmente). Isso pode resultar em uma equipe motivada e orgulhosa, que vai trazer resultado e satisfação para seu negócio.

Dicas para uma empresa mais diversificada e inovadora

Para manter-se competitiva, uma empresa deve inovar. Isto não é novidade. Todo gestor já sabe que essa é uma lei dentro de qualquer negócio. E apostar na diversidade de gênero, sabendo identificar em cada profissional as suas qualidades, significa criar uma cultura inovadora.

Este texto da especialista Jennifer Kim traz algumas iniciativas que podem contribuir para fortalecer a diversidade de gênero na sua organização:

  • Padronizar os salários entre mulheres e homens;
  • Oferecer salário-maternidade (e paternidade);
  • Permitir horários flexíveis para mães com filhos em creche;
  • Garantir que haja candidatas e recrutadoras em seus processos seletivos;
  • Rever os critérios usados em promoções para aumentar a diversidade entre novos líderes;
  • Assegurar que mulheres em todos os níveis da empresa tenham planos de carreira e os discutam com suas gestoras e gestores;
  • Criar a política de que cada presidente e vice-presidente deva oferecer treinamento e mentoria a um grupo de mulheres para desenvolvê-las;
  • Convidar especialistas para falar com as equipes sobre igualdade de gênero e abrir espaço para discussão;
  • Medir regularmente o progresso da igualdade de gênero na empresa.

Aqui mesmo, no blog, já escrevemos muitos artigos sobre a importância da diversidade. Este texto conta sobre o que é liderança a partir do estímulo à diversidade; e este versa sobre o controle de atividades e o valor do profissional com síndrome de down.

Outros artigos que você também vai querer ler:

 

Uma ferramenta pela diversidade

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