empreendedorismo social

Quer mudar o mundo com uma grande ideia? Descubra os desafios do empreendedorismo social

Que os últimos anos não têm sido fáceis, todos sabemos. Há uns que defendem as mudanças que vêm acontecendo, há outros que não. O fato é que a crise afetou não apenas a economia e a política, mas também a realidade social. Sabemos que os gestores e empreendedores seguiram em frente, transformando crise em oportunidade. Mas, compreendendo o cenário atual, muitos deles se perguntam: “como posso promover mudanças transformadoras no meu país?” Para identificar essas oportunidades, surgiu, nas últimas décadas, o empreendedorismo social.

O que é isso?

Empreendedorismo social é um termo que designa, ao mesmo tempo, empreendedorismo e desenvolvimento para a sociedade. Um híbrido de intervenção Estatal e de puro empreendedorismo de negócios. O empreendedorismo social é capaz de tratar problemas cujo âmbito, às vezes, é estreito demais – tanto para instigar o ativismo legislativo quanto para atrair capital privado.

Você deve estar se perguntando: mas quem é o alvo do empreendedorismo social? Na maioria das vezes, é um segmento da sociedade que está marginalizado ou em situação de desvantagem econômica. Assim, as possíveis transformações que o empreendedorismo social promove são inúmeras: aumento da inclusão, distribuição mais igualitária de renda, melhoria nas condições de saúde em geral e do meio ambiente, dentre outros aspectos.

O exemplo da ACT

Para ilustrarmos esse processo, vejamos o exemplo da Equipe de Conservação da Amazônia. O cenário era catastrófico: madeireiros, fazendeiros e mineradores derrubando, ilegalmente, milhões de hectares de florestas. Os povos indígenas estavam cada vez mais acuados, e o desmatamento tomava todo o território. Quando o governo acordou para o problema, constatou que, toda vez que conseguia identificar o uso ilegal de terras indígenas, o estrago já estava feito.

A principal inovação da ACT foi munir as tribos indígenas com dispositivos portáteis de GPS e treiná-las para mapear as terras. Com seus territórios claramente identificados, os povos indígenas poderiam monitorar e proteger sua terra. Esse sistema distribuído de monitoramento superou qualquer abordagem centralizada e contribuiu para a conservação da Amazônia de forma mais eficiente e efetiva.

Interessante, não é? Mas a empreitada não é tão simples…

Viabilizar a inovação no empreendedorismo social é um processo complexo. Porque depende de definição de metas sociais, e há restrições financeiras rígidas. Sendo assim, é necessário um fluxo constante de subsídios – o que não é tão simples de garantir.

Sem dúvida, buscar uma meta social estando inibido pela exigência de sustentabilidade financeira é um baita desafio. Mesmo assim, segundo o estudo publicado no portal Harvard Business Review, muitos empreendedores estão conseguindo criar empreendimentos sociais escaláveis, transformando as circunstâncias desfavoráveis que atingem um grande número de pessoas em oportunidade de negócio.

As experiências de sucesso desses empreendedores podem servir como um guia valioso para outros, acelerando o caminho da sociedade rumo a um futuro melhor, mais justo.

Será que tenho o perfil para ser um empreendedor social?

Para descobrir, responda às seguintes perguntas:

  • Você acredita no empreendedorismo e na inovação?
  • Você é profundamente apaixonado por uma causa?
  • Continua apaixonado mesmo sabendo que para que para alcançar essa causa terá que enfrentar uma estrada tortuosa?
  • O core business da sua empresa está relacionado com mudança que você quer ver no mundo?
  • Você acredita que dinheiro sempre vem quando faz o que se ama?
  • Acredita no trabalho feito em colaboração?

A maioria das suas respostas acima foram “SIM”? Então, provavelmente, você tem o perfil para ser um empreendedor social. Isso porque o empreendedorismo social exige resiliência para encarar os desafios e criar inovações.

E como posso identificar necessidades e desafios que geram novos empreendimentos?

A partir das pesquisas do site Fast Company, listamos alguns tópicos importantes para te auxiliar a identificar oportunidades de empreendedorismo social:

Crie um pensamento sistêmico: é importante pensar que as partes individuais de qualquer coisa só pode ser plenamente compreendidas no contexto das relações;

Mensure o que realmente importa: Faça medições contra objetivos predeterminados. Considere o que importa para seus stakeholders, não apenas o que importa para você;

Encontre as pessoas certas: Problemas sociais e econômicos geralmente refletem um desequilíbrio de poderes entre os atores envolvidos. Alguns empreendedores sociais procuram transformar o equilíbrio ao acrescentar novos atores a um sistema existente: clientes e governo.

Saia do seu próprio caminho: liderança é uma arte. Faça perguntas, nem sempre forneça respostas. Invista em seu próprio crescimento;

Dê importância à governança corporativa: inclua padrões de sustentabilidade, compromissos com a diversidade, responsabilidade corporativa e defina que tipo de diálogo você terá com seus stakeholders;

Bom vs menos ruim: Certifique-se de que sua empresa introduz algo bom, não apenas menos ruim. Por exemplo, utilizar papel reciclável que foi produzido com uso excessivo de água não é bom, é menos ruim.

A tecnologia pode ser aliada do empreendedorismo social?

Sem dúvida. A tecnologia é um dos ativos mais importantes para empreendedores bem sucedidos. Segundo o mesmo artigo da HBR, há três formas de utilizá-la a favor do empreendedorismo social:

Substituir uma tecnologia principal por uma de menor custo

Uma série de empreendedores inovaram ao identificar uma tecnologia de baixo custo, substituindo um padrão dominante em uma determinada função ou componente de produto.

Criar uma tecnologia capacitadora

A pesquisa identificou que o sucesso dos empreendedores sociais também vem do fornecimento ou criação de uma nova tecnologia, permitindo com que os atores do empreendedorismo social façam coisas que antes não conseguiam fazer.

Readaptar uma tecnologia capacitadora existente

O terceiro mecanismo é semelhante ao segundo. No entanto, em vez de criar uma nova tecnologia, o empreendedor social readapta uma já existente a partir de um contexto diferente.

Tecnologia para viabilizar ideias e economizar tempo

Enfim, com o auxílio da tecnologia, os impactos do empreendedorismo social podem ter alcance muito maior. E esse auxílio pode ser direto – com a tecnologia viabilizando ideias como a da ACT – ou indireto, por meio de ferramentas que tornem a gestão mais ágil e organizada, para que empreendedores possam se dedicar a transformar a sociedade.

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