Era cognitiva

Sua empresa já adotou a transformação cognitiva? Conheça a nova era tecnológica das empresas

Os amantes da ficção científica comemoram a evolução da computação e da tecnologia. Não poderia ser diferente, já que cada vez mais a realidade se aproxima da fantasia. Dentre os escritores de ficção científica que construíram um ideal de robótica e inteligência artificial, uns dos mais citados é Isaac Asimov. Ele criou sua obra prevendo diversos conceitos e avanços que hoje chamamos de era cognitiva. Agora é hora de se atualizar sobre essa transformação e aproveitar ao máximo os seus benefícios para a gestão da sua empresa.

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Autor de obras como Eu, Robô, Asimov cunhou as três leis da robótica:

1. Um robô não pode causar dano a um ser humano;
2. Um robô deve obedecer aos seres humanos, exceto quando as ordens entrarem em conflito com a primeira lei;
3. Um robô deve proteger sua própria existência, desde que essa proteção não entre em conflito com a primeira nem a segunda lei da robótica.

Com os avanços tecnológicos, essas leis saíram do campo da ficção e ganharam pertinência na vida real, porque já chegamos ao ponto em que os computadores aprendem sozinhos.

A terceira revolução dos computadores

Para entender a era cognitiva, vamos relembrar as duas primeiras eras que a antecederam. Primeiro, os computadores tinham a função básica de calcular. Estamos falando de gigantescos mainframes com a mesma capacidade de uma calculadora de bolso. Até a década de 40, os computadores auxiliavam o trabalho desde uma caixa registradora, até os estudos demográficos de países.

Após a Segunda Guerra, vieram avanços expressivos. Os computadores tinham que criptografar mensagens e executar tarefas mais elaboradas do que somar ou subtrair. A necessidade criou uma nova geração de máquinas programáveis. Muitos aplicativos do seu celular, apesar de parecerem ultra modernos, fazem parte dessa segunda era da computação, a era da programação.

Com isso, a geração de dados cresceu exponencialmente. De acordo com a IBM, 90% dos dados do mundo foram gerados nos últimos dois anos. A maior parte deles está estruturada da forma como nós humanos processamos a informação. Ou seja, nada estruturada. Uma miscelânea de anotações, publicações não padronizadas, interações em redes sociais, registros de sistemas diferentes.

Para analisar um volume monstruoso de informação e resolver problemas complexos, a saída foi desenvolver sistemas que pudessem simular o raciocínio humano, mas com um acesso a dados e velocidade incrivelmente maiores. Logo: computadores que podem aprender. É aí que as leis da robótica de Asimov se tornam tão atuais para que todo esse poder cognitivo não fuja de nosso controle.

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Bem-vinda, era cognitiva

O sistema cognitivo mais famoso é o Watson. A IBM nomeou sua criação em homenagem ao fundador da companhia – Thomas John Watson. O sistema ganhou notoriedade quando venceu, em 2011, um programa de perguntas e respostas nos Estados Unidos. Note que se naquele ano ele já era considerado “inteligente”, imagine agora que teve um bom tempo para aprender. Falamos mais do programa neste artigo sobre publicidade cognitiva.

Outro ícone da era cognitiva é o Deep Blue, que há 20 anos desbancou Garry Kasparov, o até então campeão mundial de xadrez. Naquela época, o mundo ficou abismado como uma máquina poderia ser mais “inteligente” do que um humano. Hoje, essa surpresa simplesmente não existe mais.

Para aprender é preciso desaprender

Não é por acaso que chamamos de tecnologias disruptivas o que há de mais avançado e inovador. Elas rompem com um status quo e nos obrigam a abandonar um mindset para poder adotar um novo. Temos que literalmente desaprender a pensar da forma que pensamos para entender e poder participar da novidade. A teoria da transformação cognitiva aborda esse “unlearning” baseado em um sistema de feedback e análise.

O aprendizado deixa de ser a soma de conhecimentos, e se torna a criação e seleção das melhores formas para obter soluções para problemas complexos. Numa analogia ao nosso próprio desenvolvimento cognitivo, é a diferença entre decorar e aprender a aprender.

Sistemas e humanos pensando juntos

A transformação cognitiva, assim como todo avanço tecnológico, elimina alguns cargos de trabalho. Mas a história prova que também são geradas outras vagas ligadas a essa tecnologia. E, em vez de substituir o pensamento humano, a inteligência artificial serve como aliada para expandir a nossa própria capacidade cognitiva.

Os “robôs” não tomam decisões, mas oferecem indicadores e uma imensa quantidade de dados analisados para mostrar o caminho para nós. Watson, trabalhando com probabilidades, banco de dados de patologias e indicadores de saúde de um paciente, pode se concentrar no diagnóstico com uma margem de erro insignificante comparada com a de um humano. Com todo esse subsídio, o médico pode decidir de forma mais assertiva, somando sua capacidade cognitiva e poder de decisão ao Watson.

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Transformação cognitiva em pleno curso

Já falamos aqui no blog sobre automação de marketing e o impacto que a inteligência artificial tem na gestão. O advento do Big Data e a capacidade crescente para analisar todos esses dados viabiliza uma operação verdadeiramente centrada no usuário. Esse movimento foi acelerado, há aproximadamente dois anos, quando foram disponibilizadas versões do Watson e de outros sistemas para os negócios. E as empresas já estão colhendo os frutos dessa era cognitiva.

A IBM destaca três pontos cruciais para a transformação cognitiva ser bem-sucedida nas corporações:

  • Experiência do usuário;
  • Dados gerados a partir da observação da experiência;
  • Ação das pessoas após análise em profundidade (e velocidade) desses dados.

 

A propósito da experiência do usuário, este texto da Entrepreneur traz dados sobre um estudo realizado pela Altimeter, em 2017. A pesquisa coletou informações de profissionais de transformação digital sobre a utilização dos seus recursos para implementar a transformação. A resposta: 46,6% disseram investir na criação de uma experiência perfeita para o cliente em todos os dispositivos e canais.

Enfim, em cada um desses pontos – experiência, dados e pessoas –, há desafios a serem superados. Ou, como mencionamos acima, há formas de pensar que devem ser “desaprendidas” para dar lugar ao novo.

É preciso manter o foco no usuário, tratar os dados como recurso fundamental e trabalhar de forma integrada com essa imensa capacidade analítica dos números. Desta forma, é possível pensar em conjunto e colocar a sua empresa na era cognitiva.

Digital First

Ainda no artigo da Entrepreneur, vale destacar um tópico anterior a todos esses: o digital first. O digital e o mobile permitem o monitoramento da experiência do usuário, a coleta de dados, o seu processamento e a tomada de decisão com embasamento.

Acrescente tecnologia no seu fluxo de trabalho, no dia a dia da sua equipe e nas diversas relações da sua empresa. Só assim a transformação pode começar de fato.

Nós, robôs

Não pense que a era cognitiva é uma realidade distante, exclusiva de grandes corporações de ponta. Isaac Asimov escreveu mais de 200 livros que transitaram tanto entre cientistas quanto entre o público leigo, difundindo conceitos avançados para todos. Assim também é a transformação cognitiva, que está ao alcance de quem está disposto a se atualizar, pensar a partir do digital e unir forças com a inteligência artificial.

Comece hoje mesmo a incluir uma ferramenta de automação, como o Runrun.it, no fluxo de trabalho da sua equipe. Trata-se de uma plataforma de gestão que desburocratiza, agiliza os processos e otimiza a comunicação. Além disso, a ferramenta conta com inteligência aumentada que faz estimativas reais das entregas e prevê se um projeto tende a atrasar. Faça um teste grátis: http://runrun.it.

 

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