Fernando Pessoa é o mais universal dos poetas portugueses e considerado pela maior parte dos críticos um dos maiores poetas de todos os tempos, e talvez o maior poeta do século XX. Curioso é que, por ter sido criado na África do Sul, três das quatro obras que publicou em vida foram na língua inglesa. Enquanto poeta, escreveu sob múltiplas personalidades – heterônimos, como Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro. Robert Hass, poeta americano, diz: “outros modernistas como Yeats, Pound, Elliot inventaram máscaras pelas quais falavam ocasionalmente… Pessoa inventava poetas inteiros.” São de seu heterônimo Ricardo Reis os versos belíssimos:
“Põe quanto és no mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda brilha, porque alta vive.”