Marketing efetivo

Marketing mais efetivo: marcas que evitaram o clichê em sua comunicação

Sempre que eu passo perto de uma obra que está sendo construída próximo de casa, me pego impressionada. Enquanto vivi minha vida nesses últimos anos, não percebi quanto tempo exatamente demorou para aquelas enormes torres ficarem prontas. É claro que não foi rápido, uma obra como essa leva muito tempo.

Talvez eu não tenha sentido tanto o tempo por não ser uma das pessoas que comprou um dos apartamentos, e que por isso esperaram ávidas para que ele ficasse pronto logo. Mas, enquanto ele estava sendo construído, eu comecei a prestar atenção na estratégia de lançamento daquele condomínio, presente em todo o processo de construção.

Não existia nada erguido ainda quando um estande de vendas foi construído no local. Não era apenas um simples estande, mas um espaço suntuoso, muito bem decorado. As maquetes criadas com o máximo esmero possível mostravam cada pedacinho do que anos depois ficaria pronto. Os apartamentos modelos para a visitação, meticulosamente decorados, davam a sensação de um verdadeiro lar para quem passava por ali e rapidamente a vontade de morar no local inundava o coração.

Infelizmente, nem todo mundo conseguiria decorar o apartamento como o modelo, afinal, nesses casos costumam usar “do bom e do melhor”, certo? Mas entrar ali era gostoso demais.

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Banners e outdoors próximos da região deixavam claro que logo um grande empreendimento seria inaugurado por ali, com completa área de lazer. As mensagens eram realmente capazes de atrair a atenção, mas o ápice da estratégia de vendas ainda não havia sido alcançado.

Alguns meses antes do lançamento, eu fiquei ainda mais impressionada. Passando a pé em frente dava para notar que ainda existia muita coisa a ser feita por ali. Porém, todo o paisagismo estava pronto, a pintura das torres feita e, durante à noite, até mesmo alguns apartamentos ficavam acesos, transmitindo a ideia de que realmente faltava muito pouco para ficar pronto e até a sensação de que já havia gente morando ali.

O prazo de entrega da obra estava marcado para março e a data chegou. Além de ter sido cumprida, conseguiram prover outras experiências para quem vai morar ali. Na rua da frente, passa uma avenida movimentada, que agora ganhou uma praça em um espaço que ninguém imaginaria existir.

Além disso, embaixo das torres foram construídas salas comerciais, cujas fachadas são todas de vidro. Mas ao invés de instalarem o típico banner mencionando “salas comerciais para aluguel”, decidiram tocar o coração mais fundo. O lindo banner ali colocado (não apenas uma faixa de tecido, mas um senhor banner) dizia algo como: “abra seu negócio aqui”. Me diz se isso não é uma forma simples, mas muito mais eficiente de fazer um empreendedor/empresário sonhar ao passar ali em frente? É muito mais efetivo do que usar o clichê “sala comercial”.

O exemplo citado sobre a estratégia de lançamento desse condomínio foi apenas para falar sobre como podemos fazer coisas diferentes nos negócios no dia a dia. Só que enxergar essas coisas diferentes nem sempre é fácil.

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Como usar objeções a seu favor

Há poucas quadras de minha casa, existe um posto de combustível que adotou algumas frases diferentes em sua comunicação. Por se tratar de uma marca que não é tão conhecida como as redes mais famosas, investiram não apenas nas promoções para quem abastecer acima de tantos litros, como espalharam frases que trabalham diretamente na objeção dos clientes. Dentre elas, “consumidor não é bobo, aqui o preço é baixo de verdade”, “nova maneira de vender combustível, na velha atividade do abastecimento” e “aqui um litro é igual a 1.000 ml, não lhe enganamos”.

O que eles estão fazendo? Trabalhando as objeções de quem não conhece a marca. E não apenas o posto utilizou as frases diferentes em sua comunicação. A loja de conveniência dedicada a vender cerveja também apostou em um nome diferente: “UPA”, unidade de pronto atendimento, mas aqui o foco obviamente não é a saúde do cidadão.

As mensagens que tocam o coração dos consumidores não param por aí. Quase todos os dias, eu passo em frente a uma oficina mecânica, que também encontrou um jeito de trabalhar uma das objeções mais frequentes de seus clientes. Em um simples banner instalado na fachada: “economia é trocar só o que precisa”. Afinal, ao levar o carro em uma oficina, vamos logo temendo que não troquem apenas as peças necessárias, mas qualquer outro item que possa significar lucro para o estabelecimento.

Os exemplos como esses são um caminho para ganhar a atenção de quem passa por ali, e que tantas vezes está no automático do dia a dia. Não é apenas na internet que precisamos reinventar nossas estratégias de marketing, mas em tudo ao nosso redor.

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Reinventando as estratégias de marketing

A marca de catchup Heinz decidiu inovar em sua embalagem. Agora não é mais preciso virar o frasco para ler as letras miúdas que revelam os ingredientes do produto. Os itens vêm logo no rótulo e em tamanho grande. Além disso, nenhum outro composto químico foi adicionado. Novamente para trabalhar uma objeção, pois muita gente já sacou que existem catchups tão ruins e cheios de compostos químicos, que chegam a ser um gel rosa. Praticamente não existe tomate por ali.

Outro exemplo legal de conteúdo que foge do clichê foi o criado pela Beauty Collor para falar de uma nova tintura para cabelos loiros, a Hollywood Blondes. O influenciador Phellyx, cujo perfil é famoso no Instagram e já estrelou uma campanha do McDonald’s superengraçada (ele foi funcionário da rede há alguns anos), faz o papel de “Phellyx, a platinada”.

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Aqui, nada de uma modelo falando sobre os benefícios da tintura de um modo clichê. Mas alguém usando uma peruca loira claríssima ensinando como platinar os cabelos sem ressecá-los, porque alguém usou “uma tintura da pobrinha para economizar e o cabelo ressecou”. Então, a marca apresenta a solução para clarear sem virar uma palha. A campanha foi pensada para vários formatos. Uma das chamadas aparece em um post patrocinado no Instagram e remete a uma página com um vídeo mais longo, que alcançou quase 500 mil visualizações até agora.

Todos esses exemplos mostram marcas reinventando seu jeito de fazer marketing, fugindo do clichê. Cabe a todos nós pensar o que podemos fazer de diferente em nosso dia a dia para também fugir do óbvio em nossas estratégias de marketing.

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