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Liderança: Táticas de retórica para se expressar com impacto

Infelizmente, ser uma pessoa inteligente não necessariamente significa que você se expressa com inteligência (teste se você sabe falar em público). Você mesmo(a) deve ter tido aquele(a) professor(a) com anos e anos de carreira e a menor didática. E por mais comum que essa contradição seja, você não precisa sofrer dela. Afinal, para exercer sua liderança e inspirar pessoas – não só a fazer seu próprio trabalho, mas inspirar também seu autodesenvolvimento – você deve estudar e praticar a arte de falar bem. A seguir está o que você precisa saber para começar:

1. Nem espantalho nem soldado

Para uma pessoa eloquente, a boca é uma dentre as várias partes do corpo capazes de conduzir um discurso, uma fala, uma reunião. E a sua espinha dorsal é também a espinha dorsal da sua linguagem corporal e, portanto, da eloquência.

Ficar corcunda (feito espantalho) transmite ao seu público tudo menos humildade e acolhimento. Transmite sim falta de confiança em você mesmo(a) e no que você está dizendo. Seu público vai duvidar de você. Por outro lado, manter os braços rentes ao corpo, rígido (feito soldado), faz você parecer que está na defensiva. Seu público vai pensar que você decorou o que está falando.

Ombros relaxados. Espinha ereta. Cabeça erguida. Parece um conselho de autoajuda, mas é literal. Faça assim e você verá que o seu próprio corpo te impulsiona a se comunicar de uma forma audível, confortável e natural. Você fará o público ouvir o que você diz, e não julgar sua postura.

2. Não há nada no teto

Por isso, olhe para o seu público. Não para cima, nem fixamente para um ponto ou pessoa específica. Se você estivesse ouvindo alguém discursar e a pessoa não olha para você, o que você entende é que aquilo não é para você, então, para que prestar atenção?

Reveze o olhar entre a direita, a esquerda e o centro do seu público. Com calma, sem saltar o olhar, como quem não sabe o que dizer e procura por todos os lados. E não importa quão distante a pessoa está de você. Olhe para quem está nos fundos e depois volte para quem está ali, perto de você.

E por último, precisa conferir suas anotações? Mova apenas seus olhos para baixo. A cabeça fica como está: erguida.

3. Se fosse um segredo, você diria pessoalmente

Fale em alto e bom tom. Todo mundo ali quer ouvir. Mas para que os da frente não se incomodem com seu volume, pergunte ao pessoal do fundo se eles conseguem te ouvir. Se positivo, diminua um pouco o tom e pergunte novamente. “Sim” outra vez? Ótimo. Use este. É até uma forma de quebrar o gelo; começar por um assunto que não é exatamente o tema da sua fala pode te relaxar.

Agora, se o seu problema é justamente falar baixinho demais, peça para as pessoas se aproximarem, se possível, ou melhor ainda, deixe todos onde estão e use o bom e velho microfone.

4. Muita gente já aprendeu a lição

Quer uma dica para aprender como propriamente usar suas mãos enquanto fala? A partir de agora, observe quem já levou anos aprendendo a ser eloquente: apresentadores de jornal, da previsão do tempo e políticos em geral.

Você verá como repousam suas mãos uma sobre a outra para transmitir tranquilidade, encostam as pontas dos dedos para pedir foco e articulam os braços para manter as mãos sempre abaixo do queixo, simulando com elas uma figura que represente o que estão dizendo. Por exemplo, se você vai falar de etapas ou níveis, sinalize-as movendo a mão entre eles, no ar.

5. A simplicidade é o último degrau da sabedoria

Dois tipos de palavras você deve evitar: as desconhecidas do seu público e os clichês. As desconhecidas fazem você parecer esnobe, mesmo que sua intenção seja impressionar ou garantir que as pessoas creiam que você domina o tema. Encontre uma forma simples de explicar, recorra a comparações, conte uma história. Essas sim são táticas retóricas louváveis.

E os clichês, bem, fuja deles. Fuja daquelas expressões que qualquer pessoa poderia usar, como ditados populares, frases prontas ou citações muito famosas – a não ser que você traga uma interpretação para aquilo aparentemente inédita. Na dúvida, use sempre a simplicidade. Afinal, você jamais será acusado(a) de ter sido claro(a) demais.

6. Seu corpo é um projetor

Isso significa que ele é capaz de ampliar o que você diz, por meio dos seus movimentos. Se você está falando de cima de um palco, pode se mover de um spot a outro para introduzir uma nova ideia. Ou então, se você compõe a mesa de uma conferência ou debate, incline-se ligeiramente para a frente quando você quiser enfatizar um ponto. Quando terminar, volte ao normal.

7. Sua voz é um motor

Cada velocidade produz um sentimento diferente. Inclusive as pausas. Como um motor, você pode usar sua voz para colar sua plateia na poltrona, estarrecida, ou trazê-la para perto de você, para olhar com toda calma a paisagem pela qual você está passando.

Acelerar o ritmo da sua voz é indicado para momentos em que você resume o que disse ou está passando por cima de um assunto coadjuvante. Desacelerar, em contrapartida, é para quando você apresenta uma nova informação, um novo conceito, uma nova parte da sua apresentação. Ambas as táticas retiram o público da monotonia e isso é ótimo, visto que a capacidade de atenção humana decaiu e hoje em dia perde para a de um peixinho laranja de aquário.

Faça. Uma. Pausa. Antes de dizer algo e você estará seguindo a regra de ouro da eloquência. Pause antes de dizer algo importante, e você criará suspense. Pause depois e você dará um momento aos ouvintes para refletirem. Quer um exemplo perfeito? “I have a dream”, o épico discurso de Martin Luther King. Assista aqui.

(Bônus) Outras táticas de retórica para você brilhar

Para causar empatia
• Assuma como está se sentindo por estar ali e como se preparou;
• Conte relatos da sua história, tanto de sacrifício quanto de humor;
• Comente sobre como as pessoas ali se sentem em relação ao que você dirá.

Para ilustrar exemplos
• Use metáforas e comparações;
• Mostre o contraste entre passado e presente; presente e futuro;
• Retome eventos históricos relacionados ao seu tema.

Para ajudar a memorizar
• Monte listas de 3 tópicos;
• Crie regras de associação, como siglas;
• Faça uma retrospectiva da apresentação toda.

Por uma liderança mais inteligente

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