Metodologia ágil: definição, benefícios e como implementar na sua empresa

A metodologia ágil é um modelo e uma filosofia que propõe alternativas à gestão de projetos tradicional e tem a função de aprimorar o processo de desenvolvimento de um produto ou serviço. Com isso, o objetivo é fazer entregas com agilidade (mais rápidas e frequentes), conforme surgem as necessidades do cliente.

Por ser uma abordagem realmente inovadora da gestão de projetos por incrementar as interações nos processos e no fluxo de trabalho, a metodologia ágil contribuiu de diferentes formas para equipes de diferentes áreas.

Quer saber como sua empresa pode se beneficiar da metodologia ágil? Acompanhe o nosso artigo e acesse nossos materiais ricos sobre o diferente metodologia ágil!

 

O que é uma metodologia ágil? 

Nem sempre a indústria de desenvolvimento de software se guiou por processos ágeis, até o início dos anos 2000, o setor era guiado pela metodologia tradicional. 

Neste modelo, temos as seguintes fases: levantamento e análise de requisitos, desenho da arquitetura, implementação, testes, produção e manutenção.

Embora tecnicamente correta, essa metodologia é vista como desnecessariamente rígida para acompanhar as necessidades dinâmicas dos clientes, pois o processo precisa ser bastante formal, o que impede que os clientes tenham o desenvolvimento na velocidade que necessitam.

Além disso, as empresas utilizavam – e algumas ainda usam – a metodologia Waterfall (ou “cascata”), umas das mais tradicionais formas de se gerenciar projetos. Na abordagem surgida nos anos 1970, todas as etapas são seguidas de forma sequencial. Mas o modelo pode gerar problemas de gestão para equipes que precisam fazer entregas em curtos períodos de tempo, pois uma etapa só é iniciada quando a anterior for inteiramente concluída.

>> Você utiliza ou está familiarizado com a Waterfall? Então, confira como unir ela à metodologia ágil para agilizar suas entregas 

Com a maturação da indústria de software, problemas com um possível delay entre as necessidades do cliente e o prazo das entregas começaram a surgir, e a necessidade de encontrar novas soluções se tornou clara. 

Assim nasceu a metodologia ágil, que tinha a função de agilizar o processo de desenvolvimento, principalmente no que diz respeito à utilização de softwares.

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Ágil é entregar mais valor para o cliente

Lançado em 2001, o Manifesto Ágil, parte de uma metodologia que tem como objetivo satisfazer os clientes com entregas mais rápidas e menos espaçadas. Ou seja, pequenas versões do projeto vão sendo entregues, tornando possível a visualização da entrega final e a possibilidade de ajustes com maior assertividade.

Sendo assim, a metodologia ágil pode contribuir para que um produto não chegue já obsoleto na sua etapa final, por oferecer janela de tempo viável para atualizações no projeto. Na imagem abaixo você tem essa ideia mais nítida sobre a proposta da metodologia ágil:

Representação da metodologia ágil no desenvolvimento de meios de transporte

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>> Leitura recomendada: Guia para descomplicar a gestão de projetos

O Manifesto Ágil

Para sintetizar essa nova perspectiva de produção, os desenvolvedores criaram quatro valores principais no manifesto da metodologia ágil:

  • “Indivíduos e interações mais que processos e ferramentas”
  • “Software funcional mais que documentação abrangente”
  • “Colaboração do cliente mais que negociação de contratos”
  • “Responder a mudanças mais que seguir um plano”
 

No mesmo manifesto, seus idealizadores listam ainda princípios pelos quais se guiam. São pontos como a priorização de satisfazer o cliente por meio “da entrega adiantada e contínua de software de valor”; a aceitação de “mudanças de requisitos”; o compromisso com a entrega de um “software funcional com frequência de semanas ou meses”, entre vários outros.

Como é fácil perceber, a metodologia ágil propõe uma flexibilização maior, com menos burocracia e que aceita mudanças no meio do caminho. Repare que o manifesto não nega as partes tradicionais, apenas prega que se devem priorizar as partes mais fluidas do processo. 

Quais são as áreas que mais utilizam a Metodologia Ágil? 

Por ser o berço do Manifesto Ágil, é natural que as empresas de desenvolvimento de softwares correspondam a maioria que adotam a metodologia ágil em suas ações. No entanto, há uma nítida expansão do Agile em outros setores nos últimos anos, como aponta a pesquisa 15 th Annual State of Agile Report divulgada em 2021. 

Segundo os dados da pesquisa, o ranking das principais organizações e departamentos que utilizam a metodologia ágil atualmente é o seguinte: 

> Indústrias de Software: 86% 

> Tecnologia da Informação: 63% 

> Setores operacionais: 29% 

> Marketing: 17% 

> Segurança: 17% 

> Recursos Humanos: 16% 

> Vendas: 11% 

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A aceitação da metodologia ágil nas empresas

O movimento visto no mundo todo também é bem presente na América Latina, como apontou o estudo Agilidade na América Latina, desenvolvido pela NTT Data, em conjunto com o MIT Tech Review en Español, realizado também em 2021. 

Entre as empresas entrevistadas, pouco mais da metade avalia que 25% dos seus projetos estão sendo desenvolvidos diante dos preceitos da metodologia ágil, com um notável crescimento no investimento para tais iniciativas. 

Como resposta a essa mudança, a pesquisa identificou que em 74% dos casos houve um aumento da liberdade criativa e 80% dos líderes afirmam que graças a metodologia ágil, a formação de equipes multidisciplinares passou a ser uma ideia concretizada no dia a dia de trabalho. 

Nesta pesquisa, também surgem como benefícios a facilidade de adaptação às mudanças do mercado e a redução de riscos. Enquanto isso, no já citado relatório Annual State of Agile Report, as empresas apontaram como principais vantagens da metodologia ágil a definição de prioridades, a visibilidade das ações e a produtividade em equipe. 

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Quais são as metodologias ágeis? 

Pouco tempo após a publicação do manifesto (2001) e a consolidação da metodologia ágil, as fronteiras das empresas de desenvolvimento de softwares foram ultrapassadas. Hoje, empresas e organizações aplicam as técnicas e filosofias desta nova escola em inúmeras áreas.

Esta popularização acabou por criar subtipos para a gestão ágil, cada um com suas peculiaridades: os chamados “frameworks” ágeis.

Os frameworks são ferramentas que têm como base os princípios da metodologia ágil  e que podem ser implantados em times ou empresas que desejam incorporar o Agile em suas práticas. Entretanto, nem sempre é possível seguir as regras dos frameworks ao pé da letra. 

A seguir, vamos conhecer alguns dos frameworks mais comuns na metodologia ágil:

1. Feature Driven Development

Normalmente abreviado como FDD, este tipo de metodologia ágil foi concebido entre 1997 e 1999 por Jeff De Luca, em Singapura. A tradução literal é “desenvolvimento guiado por funcionalidade”, ou seja, as tarefas são decompostas em pequenas funcionalidades, pulverizando o trabalho. São 5 princípios básicos:

  • Desenvolver um Modelo Abrangente;
  • Construir uma Lista de Funcionalidades;
  • Planejar por Funcionalidade;
  • Detalhar por Funcionalidade;
  • Construir por Funcionalidade.
 

As vantagens desta forma de gestão ágil se originam principalmente do fato de cada feature ser muito uma unidade mínima do projeto total. Isso faz com que cada tarefa, descrição, teste e alteração seja sempre minimalista, dando agilidade ao processo e gastando menos tempo e recursos humanos.

2. eXtreme Programming

Também conhecida como XP, este framework característico da metodologia ágil foi criado, em 1997, para focar mais em práticas de engenharia.

Por isso, é mais comum na área de desenvolvimento de software. Ele visa otimizar a qualidade e resposta às solicitações dos clientes. Seus princípios incluem:

  • Simplicidade: Remover funções consideradas desnecessárias;
  • Feedback: Contato frequente com cliente, testando o produto e recebendo sugestões;
  • Mudanças: Adaptações constantes no produto até atingir a etapa final.
 

O XP é uma metodologia ágil ideal para situações onde o cliente não sabe com clareza o que deseja. Através do suporte constante de especialistas, consegue-se maior agilidade nas alterações do produto.

3. Nexus

O Nexus é um framework que possibilita implementar o Scrum (que abordaremos abaixo) em larga escala em uma empresa, unindo de três a nove times de Scrum para trabalhar na entrega de um único produto ou resultado no final de cada Sprint. O Nexus também prevê três responsáveis por entrelaçar as equipes, o chamado Time de Integração, que é composto por:

  • 1 Product Owner;
  • 1 Scrum Master;
  • Pelo menos 1 membro de cada time Scrum;
 

 A composição desse time, entretanto, não é fixa: ela pode mudar ao longo do tempo de forma a refletir as necessidades do Nexus. As atividades comuns dessa equipe incluem: mentoria, consultoria, e destacar as dependências e problemas entre os times.

4. Kanban

O kanban é um tipo de metodologia ágil que visa aumentar a produtividade e otimizar a realização das tarefas e das entregas. 

O Kanban foi criado pela japonesa Toyota na década de 1960 e faz parte da metodologia JIT (Just in Time), um sistema de administração da produção que determina que deve ser feito somente o imprescindível para realização da etapa seguinte do processo, em um fluxo contínuo de trabalho. 

Em outras palavras: fazer apenas o que é necessário, quando necessário e na quantidade necessária.

Essa metodologia ágil propõe a utilização de cartões ou post-its em um quadro para indicar e acompanhar, de maneira visual, prática e utilizando poucos recursos, o andamento dos fluxos de trabalho nas empresas. 

Em um lado do quadro ficam as tarefas que precisam ser executadas, o que pode ser chamado de “Backlog”. E, em outro, as etapas de execução: em andamento e entregue. 

Você pode alterar o nome dessas etapas de acordo com seus processos internos. Conforme as tarefas são desempenhadas, o cartão ou post-it é colocado no campo correspondente ao status da tarefa.

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Neste webinar sobre agile marketing descomplicado com o CEO do Runrun.it, Antonio Carlos Soares, você descobre como as agências e setores de marketing utilizam o kanban na sua gestão de tarefas e projetos. Confira!

Scrum: o método ágil mais usado no mundo  

Dentre o universo da metodologia ágil, existe um framework que se destaca dos demais, e por isso separamos um espaço apenas para falar sobre ele, o Scrum

De acordo com o Annual State of Agile Report 2021, mais importante relatório sobre metodologia ágil no mundo, o Scrum é utilizado por 66% das empresas que atuam sob a ótica dessa filosofia de gestão. 

Muito da sua popularidade se deve ao processo de desenvolvimento iterativo e incremental, desenvolvido por Jeff Sutherland e Ken Schwaber no final dos anos 80. 

Os autores se inspiraram em práticas adotadas em empresas orientais, que utilizavam equipes multidisciplinares enxutas para o desenvolvimento de projetos, o que se mostrou bastante benéfico em termos de agilidade e produtividade. 

A essência desta metodologia ágil é a repetição dos ciclos operacionais, também conhecidos como sprints, que possuem duração previamente estabelecida de no máximo 4 semanas, até o começo de um novo ciclo. 

Imagem com setas coloridas representando o Scrum, uma das metodologias ágeis
O ciclo do Scrum conta com repetições para reforçar os processos mais importantes

Pela recorrência das atividades, os envolvidos conseguem visualizar com mais clareza os pontos de aperfeiçoamento que devem ser considerados para a próxima etapa, o que leva a uma evolução dos processos com um todo. 

Outra característica do Scrum é a realização de reuniões fixas diariamente, as chamadas daily. Nesse encontro, os participantes respondem às seguintes perguntas: 

  • O que eu fiz ontem?
  • O que pretendo fazer hoje?
  • Existe algum bloqueio/impedimento para realização das minhas tarefas?
 

Esse alinhamento também serve para disseminar os aprendizados, identificar obstáculos e priorizar tarefas. Além disso, o Scrum mantém a equipe motivada e o resultado mais refinado por priorizar qualidade em vez de um prazo reduzido.

Para saber mais como executar o scrum no Runrun.it, clique na imagem abaixo para conferir nosso guia completo. 

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Como implementar a metodologia ágil com o Runrun.it?

Idealizado com o objetivo de otimizar a gestão de tarefas e projetos de empresas de diferentes setores, o Runrun.it é uma ferramenta que possibilita a aplicação da metodologia ágil no seu dia a dia. Confira os principais recursos disponibilizados na plataforma. 

Configuração para Scrum 

Logo nos passos iniciais de configuração da ferramenta, o usuário tem a opção de aplicar o método scrum na sua conta. 

Dessa maneira, o gestor pode criar equipes scrum com todos os integrantes da sprint e formular tarefas dentro do modelo agile. 

Ou seja, dentro do método scrum no Runrun.it, o líder pode criar sprints, tarefas com etiquetas personalizadas, que sinalizam o objetivo do projeto e a criação de relatórios mensuráveis em torno da execução das atividades. 

Usando Story Points para gerenciar projetos 

Também conhecidos como pontos de histórias, os story points são uma das técnicas da metodologia ágil para atribuir uma pontuação para a complexidade das tarefas, ao invés de apenas avaliá-las de acordo com o tempo investido. 

Dessa maneira, é possível ter uma representação mais realista do cotidiano de trabalho, levando em consideração os demais aspectos que influenciam na conclusão de um projeto. 

Para facilitar a utilização desse recurso, o Runrun.it possui uma estrutura que permite associar pontos às atividades realizadas, assim como ver o tempo médio que uma tarefa fica em uma etapa do fluxo de trabalho. 

Por exemplo, se uma tarefa fica uma semana em uma coluna, você pode atribuir uma pontuação considerada alta, de oito pontos.

Sendo assim, a velocidade de trabalho da equipe vai estar relacionada ao número de pontos que ela consegue entregar em um Sprint. Ou seja, a pontuação funciona como uma referência de produtividade, juntamente com o prazo. 

No vídeo abaixo, você vê um demonstração de como adicionar pontos as suas tarefas.

Uma vez que os story points são colocados nas atribuições dentro da plataforma, você consegue enxergar a totalidade de pontos atribuídos a determinada etapa do projeto, entendendo melhor a complexidade de cada tarefa. 

Outra forma de acompanhar esses resultados é por meio do gráfico de Burnup de pontos, que mostra visualmente a análise do tempo necessário para concluir as entregas e mostra os possíveis pontos de atraso, permitindo que a equipe adapte sua estratégia para apresentar resultados nos prazos programados. 

Organize suas tarefas com os Quadros

Combinando dois elementos da metodologia ágil, o Scrum e o Kanban, o Quadros do Runrun.it centraliza as tarefas em uma tela e permite a organização delas por colunas (etapas) condizentes com o fluxo aplicado. 

Essas fases podem ser nomeadas da seguinte forma: 

> Backlog: é a primeira etapa, que abrange as decisões de planejamento; 

> A Fazer: são as tarefas necessárias para o desenvolvimento do projeto com um todo;

> Desenvolvimento: aqui nesta coluna, as atividades já são executadas a pleno vapor; 

> Revisão: ponto de verificação se os objetivos definidos foram alcançados;

> Entregue: quando chega ao último espaço, a tarefa foi realizada com sucesso e pode ser finalizada. 

Com isso, a principal vantagem dos Quadros é a visibilidade do todo que ele proporciona para as equipes Scrum, pois a qualquer momento os envolvidos podem consultar qual fase está sendo executada no momento e identificar quais são os gargalos de tempo existentes no workflow. 

Para finalizar, não deixe de conferir como a gestão ágil pode ser aplicada facilmente ao Runrun.it no nosso webinar abaixo. É só dar o play!

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