O que é gestão e as melhores ferramentas para aplicar nas empresas

Muitas vezes no mundo corporativo, assumimos que todos sabem exatamente o que significa gestão. Mas será que é assim mesmo? É comum definir gestão como uma atividade administrativa que visa atingir os objetivos da companhia.

Para além desse famoso aspecto, no entanto, existem outros fatores que definem o que é gestão. Se você quer saber mais sobre os pontos em que a gestão contribuir para enriquecer as entregas da empresa, confira o nosso guia com todos os tipos e faça o teste para descobrir qual líder você é!

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Gestão e administração são a mesma coisa?

Muitas vezes os dois termos são tratados como sinônimos, mas, na prática, há algumas sutis diferenças que precisam ser analisadas. Por isso, vamos à etimologia.

Administrar significa planejar algo, controlar e dirigir os recursos humanos, materiais e financeiros. Em sua concepção, o termo é mais voltado para o aspecto técnico, com foco no processo administrativo.

Segundo o fundador da Teoria Clássica da Administração, Jules Henri Fayol, o administrador é responsável por conduzir a empresa, levando em consideração a finalidade de alcançar os objetivos da organização. Sendo assim, a administração é racional e visa atingir as metas e os propósitos da empresa.

E o que é gestão?

A gestão é a atividade que tem como princípio fundamental incentivar a participação, estimular a autonomia e a responsabilidade dos funcionários. O foco é a questão gerencial, cujo processo é voltado para o político-administrativo. Ou seja: carrega componentes mais humanos, por isso é mais intuitiva do que a administração.

Perceba que o gestor une as metas da empresa com a prática da equipe, pois consegue avaliar o trabalho das pessoas, fornecendo direcionamentos assertivos, e engajar o time nas entregas que dão valor ao negócio.    

Gestão na história: uma breve linha do tempo

A humanidade é “gestora” faz muito tempo. Ainda que o termo sequer existisse, poderíamos associá-lo à concepção tradicional de liderança. Foram técnicas rudimentares de gestão que permitiram que líderes construíssem cidades e impérios, que erguessem obras monumentais, como catedrais e castelos. 

Até que, em meados do século XVIII, o economista Adam Smith (1723-1790) e outros teóricos da área começaram a estudar o aumento da produtividade por meio da divisão do trabalho. A partir daí, ela assume caráter mais científico, focada no crescimento de organizações.

Então, antes mesmo do início do século XX, conceitos como planejamento estratégico, controle da qualidade, custos de produção e padronização das atividades (estandardização) já eram conhecidos pelos gestores. Ou seja, os primeiros passos para a gestão profissional datam de muito tempo.

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A gestão no início do século XX

Na primeira metade do século XX, houve uma divisão entre os especialistas: o engenheiro norte-americano Frederick Taylor (1856-1915) defendia a gestão científica, enquanto o economista alemão Max Weber (1864-1920) dava ênfase aos aspectos administrativos.

Na tese de Taylor, eram prioridades a medição e a especificação de atividades e resultados. Naquele momento, foram criados procedimentos para que as tarefas fossem realizadas em menos tempo e ao menor custo possível.

Já a gestão administrativa voltava-se para a organização em vez do desempenho no trabalho. Defendia-se uma organização hierárquica, com níveis superiores, médios e inferiores, e uma cadeia clara de controle e comando.

Mas lá pelo meio do século XX, começou-se a perceber que nem todo o conhecimento da gestão vinha das cabeças que estavam no topo. A partir daí, uma nova ideia começou a ganhar terreno: todas as pessoas da organização poderiam contribuir muito mais para o seu sucesso se usassem a sua inteligência.

Os princípios da ciência comportamental passaram a ser aplicados na gestão. Formas de conectar as pessoas aos objetivos de uma empresa começaram a ser exploradas. A gestão de pessoas ganhou um peso fundamental no sucesso de qualquer negócio. Elementos como cultura organizacional, gerenciamento de conflitos e muitos outros se tornaram centrais para a administração.

Gestão em tempos atuais: transformação digital e propósito

O conceito e a prática de gestão passaram por várias mudanças ao longo do tempo, como vimos. Isso culminou em uma liderança que equilibra a preocupação com a rentabilidade e produtividade das entregas ao bem-estar da equipe. Junto a isso, associam-se aspectos atuais que precisam estar alinhados à gestão.

Isso significa que os gestores devem estar atentos às mudanças tecnológicas que podem ser incorporadas à rotina de trabalho ou que estão atreladas ao produto ou serviço da empresa. Mas o papel da gestão não se restringe à transformação digital, o líder também tem a responsabilidade de fortalecer o propósito da empresa a equipe. 

Esse movimento interno serve tanto para dar coerência ao que a marca quer transmitir aos clientes, quanto para retenção de talentos. Isso porque os profissionais estão inclinados a trabalhar em uma empresa que compactua com a sua visão de mundo.

Tipos de gestão 

Agora que nós já abordamos o que é gestão e quais as principais atribuições quando se pensa em liderança nos dias de hoje, vamos ver alguns tipos de gestão que podem ser aplicadas em conjunto para melhorar os resultados da sua empresa, a produtividade da equipe e garantir uma análise mais transparente das informações. 

1. Gestão de pessoas 

Quando falamos em gestão de pessoas, temos que pensar em tudo que envolve os recursos humanos da empresa, ou seja, as habilidades, métodos, políticas, técnicas e práticas adotadas para entender o comportamento e potencializar o desenvolvimento dos colaboradores na empresa. 

Segundo o consultor administrativo Idalberto Chiavenato, a gestão de pessoas se inicia no processo de recrutamento, passando pela seleção e treinamento e, posteriormente, por recompensas e avaliação de desempenho

Atualmente, uma das formas mais eficazes de realizar a gestão de pessoas é utilizando o People Analytics, que nada mais é do que a coleta e análise de dados para entender os comportamentos no ambiente de trabalho e obter informações como o que torna as pessoas mais eficientes, felizes, criativas, especialistas, líderes, seguidores, etc. 

>> Leitura recomendada: Microgestão pode gerar macroproblemas. Veja como evitá-los

2. Gestão de processos 

Na gestão de processos você vai cuidar daquilo que é fundamental para o funcionamento do seu negócio: o caminho que uma determinada atividade percorre dentro da empresa, ultrapassando as barreiras entre departamentos, até que ela seja finalizada.

Tudo isso porque é muito raro que as atividades sejam feitas apenas por uma única pessoa ou até mesmo por só uma equipe. Dessa forma, quando todos os processos são bem mapeados, fica fácil aprimorar a produtividade, tornar o fluxo de trabalho menos burocrático e entender as necessidades de cada equipe. 

3. Gestão do trabalho

Para gerenciar bem pessoas e processos, é necessário fazer a gestão do trabalho. Esse modelo, compreende o ato de gerenciar não só a sua própria rotina, mas também a da equipe, garantindo o bom andamento das atividades da empresa.

Além disso, não podemos esquecer dos programas de crescimento, que envolvem o estímulo à inovação, transformação digital e a escolha dos softwares adequados para as suas necessidades. 

Para fazer o acompanhamento do workflow da sua equipe, você pode contar com um software de gestão como o Runrun.it. Com ele, você consegue acompanhar a pauta da sua equipe no modo kanban ou Gantt, colocando todos na mesma página sobre o que precisa ser feito, o que foi concluído e os recursos necessários. 

Em uma tela você acompanha apenas as suas pendências de trabalho, com isso consegue manter a concentração no seu fluxo de trabalho

Gestão de tarefa

A gestão de tarefas tem o objetivo de te fazer visualizar e organizar de maneira clara todas as atividades nas quais sua equipe está operando. Além de servir como um guia para as rotinas de trabalho, o gerenciamento de tarefas auxilia os líderes a tomar decisões assertivas sobre a melhor distribuição de funções, tempo e recursos a serem investidos em cada demanda.

Com a aplicação desse método e o acompanhamento das ações, a tendência é que haja uma redução da taxa de retrabalho da equipe, o que resulta em um aumento da produtividade. 

Gestão de pauta

Já a gestão de pauta serve para distribuir a demanda de trabalho de maneira estratégica e produtiva na rotina da equipe. Por isso, dentre as responsabilidades da gestão de pauta está o de acompanhar e monitorar as etapas do trabalho, desde o atendimento até a entrega.

Assim, o gestor consegue avaliar o desempenho do trabalho e registrar as melhores práticas, fazer ajustes necessários no planejamento para não congestionar a pauta e nem atrasar as entregas.

4. Gestão do tempo

Você pode acompanhar e planejar a gestão de tempo da sua equipe ou da empresa através de uma planilha de horas trabalhadas, ou de um timesheet automatizado, como o do Runrun.it.

Com ele, você poderá acompanhar a produtividade da sua equipe, entender qual tipo de demanda leva mais tempo para ser concluída, ou mesmo saber, por exemplo, quanto tempo foi gasto em reuniões. Com isso, consegue melhorar a sua precificação de serviços, a análise de custos e a rentabilidade de clientes, já que vai ficar claro quanto aquele projeto custou para você e o quanto ele gerou de lucro. 

Além disso, a funcionalidade de indicador de capacidade possibilita uma melhor alocação do tempo da sua equipe. Veja como é fácil, no exemplo abaixo. Ao diluir o tempo investido de uma entrega ao longo dos dias, a colaboradora passa de sobrecarregada à disponível para a execução da tarefa.

O indicador de capacidade cruza as informações de tempo necessário para a conclusão das tarefas pela disponibilidade do colaborador

5. Gestão de produtividade

A gestão de tempo se inscreve dentro das práticas da gestão de produtividade, já que esta cumpre a função de identificar e alinhar comportamentos em favor do fluxo de trabalho, além de fomentar a colaboração e o engajamento entre os integrantes da equipe.

Na prática isso significa, um conjunto de métodos que visam administrar e acompanhar os elementos que influenciam a produtividade dentro da organização, a começar pelas metas criadas no planejamento estratégico, passando pela gestão de tarefas, fluxo de trabalho e gestão de equipes.  

6. Gestão de equipes

Falando em gestão de equipes, essa prática envolve o desenvolvimento de habilidades de inteligência emocional, que servem para aumentar a motivação e colaboração da equipe, bem como a empatia entre os membros do time e fortalecer os vínculos do gestor com os colaboradores. Essas competências socioemocionais fazem parte da liderança resiliente, uma das capacidades apontadas pela revista Forbes como tendência no meio corporativo.

Se você quer conhecer mais sobre gestão humanizada, confira o webinar que gravamos sobre vulnerabilidade na liderança com a diretora de Projetos na agência CP+B Brasil, Nathália Beividas:

7. Gestão por resultados

A gestão por resultados, em resumo, trata-se de uma forma de administrar o negócio que busca priorizar os resultados em todas as ações de todos colaboradores que nele atuam, de modo que todos possam trabalhar para atingi-los em sequência.

Para isso a sua empresa pode fortalecer a cultura de dados para tomar decisões mais assertivas e no momento certo. Se você quer levar esse modelo de gestão para gerenciar a sua equipe, você pode contar com o Runrun.it, a ferramenta coleta informações abrangentes sobre a produtividade e rentabilidade dos colaboradores e as disponibiliza de maneira fácil em um dashboard personalizável.  

Com o dashboard do Runrun.it você filtra as métricas mais importantes para o seu negócio

8. Gestão de projetos 

Quando falamos em gestão de projetos, estamos pensando em tudo que gira em torno do desenvolvimento das atividades da empresa, desde os recursos alocados, o tempo, custos, estratégias, riscos, acompanhar o cronograma, medir a qualidade das entregas e cumprir prazos.

Com uma gestão de projetos eficiente você vai conseguir controlar melhor os seus processos e o cronograma de projetos, minimizar os riscos, tomar decisões de forma mais ágil. 

9. Gestão de múltiplos projetos

Assim como praticamente nenhum projeto é feito por apenas uma pessoa, o líder costuma fazer a gestão de múltiplos projetos de maneira simultânea. Nesse modelo, as informações ficam centralizadas no gestor para que ele coordene os planejamentos evitando choques nas datas de entrega, acompanhe as interdependência para antecipar gargalos e consequentemente conseguir impedi-los, assim como evitar desencontros de informação.

Além de centralizar, o termo que descreve bem a função de gestão de múltiplos projetos é a flexibilidade que o líder e as pessoas envolvidas precisam ter para superar os desafios e transformar mudanças em insights. 

10. Gestão à vista 

A gestão à vista tem por princípio divulgar, de maneira clara e sucinta a todos os funcionários informações importantes sobre o atual desempenho da empresa como um todo – e de cada área. Dessa forma, a sua gestão fica mais transparente e, em um momento de crise, todos podem colaborar na tomada de decisão, oferecendo insights. Isso pode aumentar a produtividade da equipe, motivar os colaboradores, além de aprimorar a atitude de dono. 

11. Gestão ágil

Com o objetivo de aprimorar o processo de desenvolvimento de um produto ou serviço, a gestão ágil é uma filosofia de trabalho que oferece mais do que simplesmente agilidade para as empresas. Entre os benefícios oferecidos por esse movimento está o incentivo a uma comunicação transparente entre os membros da equipe, uma flexibilidade para mudanças durante a gestão de projetos e uma entrega contínua, que favorece uma experiência mais alinhada com as expectativas do cliente. 

12. Gestão estratégica

A gestão estratégica é um conjunto de ações que possibilitam melhores decisões e orientam as práticas de todos os setores ao longo do tempo. A maioria das empresas estabelece planos ambiciosos e para tirar esse planejamento do papel a gestão estratégica entra em ação, para gerar sinergia entre as metas e a operação, fazer mudanças necessárias para alcançar os objetivos e gerenciar os recursos de maneira assertiva. 

13. Gestão 3.0 

Você deve ter notado que alguns dos modelos de gestão apresentados buscam fortalecer a conexão entre líder e equipe, justamente diante desse desejo das empresas é que surge a gestão 3.0, em meados de 2016, com a meta de melhorar a performance dos líderes e aumentar a produtividade, focando no desenvolvimento pessoal e motivação dos funcionários. 

14. Gestão 4.0

No entanto, diante das mudanças geradas pela transformação digital e automação se fez imprescindível o surgimento da gestão 4.0, um novo modelo de gerenciamento que acompanhou as modificações provocadas pela quarta fase da revolução industrial, que trouxeram vários avanços relativos aos processos produtivos, como a conectividade entre as máquinas, diversos recursos de automação e impactaram diretamente o papel do gestor no fluxo de trabalho. 

15. Gestão a distância

Falando em conectividade, gestão a distância é um modelo de gerenciamento que possibilita a expansão dos negócios da organização para outras filiais mantendo o controle e o padrão de qualidade das filiais. Com a pandemia, as estratégias desta gestão foram adaptadas para equipes remotas.

Se quiser saber mais sobre esse modelo de gerenciamento, confira o webinar que o CEO do Runrun.it, Antonio Carlos Soares, gravou sobre o assunto:

16. Gestão do trabalho remoto

Falando em home office, a gestão do trabalho remoto se intensificou pelo mundo. Essa prática permite que funcionários trabalhem fora do escritório em dias específicos ou até mesmo de forma permanente sem perder a conexão com a equipe, suas funções e nem diminuir a produtividade.

Grandes autoridades no assunto

Como qualquer campo de conhecimento, a gestão tem seus estudiosos fundamentais. Então, para que você se aprofunde no tema, preparamos uma lista com autores e obras que você precisa conhecer:

A Riqueza das Nações, de Adam Smith – A obra mais famosa do pensador britânico. Embora seja um estudo sobre economia, o livro apresenta as bases da divisão do trabalho e do valor atribuído a ele.

A Quinta Disciplina, de Peter Senge – Considerado fundamental por muitos especialistas, o livro apresenta o conceito “da organização que aprende” — inovador nos anos 90 e ainda hoje em voga. Para o norte-americano, o crescimento das empresas está mais relacionado à capacidade de aprender de seu pessoal do que com a estrutura material e tecnológica.

Empresas feitas para vencer, de Jim Collins – O autor mostra os princípios atemporais do processo de transição de uma boa empresa para a grande organização. Escrito a partir de uma pesquisa com companhias norte-americanas, o livro apresenta os fatores que criam organizações duradouras de qualquer setor da economia. 

Que tipo de líder você é?

Cada pessoa tem o seu estilo de liderança e este teste gratuito serve para você entender como costuma gerir pessoas e recursos. Descubra clicando aqui.

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