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Permalancer: mais estabilidade e garantias para o trabalho autônomo

Permalancer é o nome dado ao profissional que atua por contratos de trabalho temporários de médio a longo prazo – ou seja, uma espécie de intermediário entre o funcionário contratado e o freelancer – trabalhando por projeto ou por número de horas contratadas. A vantagem é a garantia de uma renda regular, assim como poder trabalhar remotamente ou de forma mais flexível. Entretanto, o permalancer normalmente não tem férias, benefícios ou outras garantias que um funcionário contratado em carteira possui. 

Veja o que você vai encontrar nesse artigo sobre o permalancer: 

 

O que é permalancer

Permalancer é uma adaptação do termo freelancer (permanente + freelancer) para designar o trabalhador que atua de forma permanente prestando serviços para uma empresa sem, entretanto, estabelecer vínculo empregatício. Seu surgimento está associado ao fenômeno da gig economy – modelo de trabalho no qual as pessoas se alocam em postos temporários ou realizam trabalhos freelancer em vez de optarem por empregos fixos tradicionais.

As vantagens e desvantagens da gig economy já são conhecidas no mundo dos negócios. O trabalho temporário ou freelancer traz benefícios como a flexibilidade do horário e a liberdade de realizar outras atividades para além do emprego. Entretanto, também sabemos que aqueles que escolhem esse tipo de atuação têm experimentado desvantagens como ausência de regulamentação que lhes garantam direitos básicos e exaustão por trabalharem muito além das 8 horas previstas na jornada tradicional.

Por isso, cada vez mais os freelancers têm buscado relacionamentos mais saudáveis com seus clientes, de forma a garantir maior segurança e fontes de renda estáveis. 

Características do permalancer

Sabemos que freelancers costumam atuar em inúmeras empresas, em projetos ou demandas fragmentadas. Já permalancers optam por trabalhar para um número menor de clientes seletos e confiáveis ao mesmo tempo, firmando contratos de médio ou longo prazo que lhes garantam uma renda mais regular e, com isso, maior segurança financeira. 

Segundo um artigo da Forbes, as características mais comuns do permalancer são:

  • Trabalha por conta própria e é responsável por seu próprio horário de trabalho;
  • A maior parte da sua receita vem de contratos de médio e longo prazo, e não de projetos/demandas fragmentadas;
  • Tem uma empresa registrada em seu nome; 
  • É considerado pelos clientes para os quais trabalha como um consultor externo;
  • Apesar de seus compromissos regulares, também pode realizar pequenos trabalhos como freelancer de vez em quando, ou seja, não está de forma alguma vinculado exclusivamente a seus clientes permanentes.
 

Permalancing : flexibilização de jornada e trabalho remoto

Como nós já mencionamos acima, uma das vantagens do permalancing é justamente a flexibilidade de jornada, o que abre também caminho para possibilidade de trabalho remoto, que já vinha sendo praticado com mais frequência nos últimos anos e que, com o surto de Covid-19 que está ocorrendo atualmente, se tornou a única opção viável para muitas organizações. 

Entretanto, muitos de nós fomos pegos de surpresa nesse momento e estamos descobrindo diariamente o que funciona e o que precisa ser ajustado. E são pontos em comum com o permalancing que, muito provavelmente, já teve que lidar com essas questões e encontrou as próprias soluções na base da tentativa e do erro. 

São alguns desafios do trabalho remoto: 

  1. 1. Comunicação: como não ficar ansioso com a grande quantidade de emails, chats e áudios, tudo ao mesmo tempo. 
  2. 2. Acompanhar o trabalho da equipe: como saber o que cada um está fazendo, sem microgerenciar. 
  3. 3. Reuniões: como torná-las um momento produtivo, que não seja longo demais, atrapalhando o dia da equipe. 
  4. 4. Visão do todo: como planejar as próximas semanas, entendendo os gargalos e checando as entregas. 
 

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Permalancing e o declínio da gig economy

Um fator associado ao surgimento do permalancing é que, contrariando inúmeros estudos que previam um crescimento da gig economy, dados recentes do US Bureau of Labor Statistics (BLS) mostram que o número de pessoas que adotam modelos alternativos de trabalho sofreram uma pequena queda ao longo dos anos. 

De acordo com a pesquisa, o número de americanos que trabalham como freelancers e trabalhadores temporários diminuiu de 10,9%, em 2005, para 10,1%, em 2017 – o que contraria a teoria dos economistas Lawrence Katz, de Harvard, e Alan Krueger, de Princeton, segundo a qual, em dezembro de 2016, a gig economy representaria 15,8% da força de trabalho. Entretanto, há de se observar que a queda se deu devido à diminuição do número de freelancers: de 7,4% em 2005, esse número caiu para 6,9% em 2017. Já o número de trabalhadores temporários e terceirizados se manteve relativamente estável ao longo dos anos. 

Um dos motivos que pode ter ocasionado essa queda é que, nos EUA, alguns estados estão mudando as leis para proteger os trabalhadores autônomos e lhes garantir direitos básicos. Em setembro de 2019, por exemplo, o Senado da Califórnia votou a aprovação do Assembly Bill 5 (Projeto de Lei 5), que altera o status de milhares de prestadores de serviço. Se for definitivamente aprovada, serão considerados autônomos apenas os trabalhadores que executam funções que estão fora dos processos habituais da empresa. 

Leis como essa tendem a diminuir, portanto, o número de trabalhadores que se enquadram como freelancers e, nesse sentido, o permalancing surge como uma alternativa válida para aqueles que não vêem vantagem no contrato de trabalho tradicional.

Agora se você, como empregador, tem interesse em trabalhar com permalancers em vez de funcionários fixos, separamos algumas dicas que podem te ajudar a oferecer oportunidades de trabalho vantajosas e justas, para beneficiar a todos.  

Como trabalhar com um profissional permalancer

Optar por permalancers pode ser a solução de muito dos problemas que as empresas normalmente enfrentam. Você não precisa se preocupar com a retenção de talentos, dado que não existe exclusividade por parte do profissional contratado. Além disso, é possível economizar em benefícios trabalhistas, para que você possa até contratar mais profissionais, acelerando o volume de entregas e abrindo espaço para receber mais clientes. 

Entretanto, como se trata de um modelo de trabalho relativamente recente, há alguns pontos importantes para os quais os empregadores precisam se atentar para nutrir uma relação de trabalho saudável e produtiva com os permalancers. 

Processo de seleção

Assim como no modelo de trabalho tradicional, você precisará ser criterioso na hora de selecionar o profissional. Tanto freelancers como permalancers costumam publicar suas experiências de trabalho, avaliações e depoimentos de clientes em sites pessoais ou no LinkedIn. Prefira profissionais com avaliações positivas e depoimentos de empresas confiáveis. Além disso, nada impede que, antes de propor um contrato de prazo maior, você faça uma experiência, contratando-o para realizar um serviço pontual. Assim você pode avaliar como ele se saiu em relação ao prazo de entrega, comunicação, colaboração, pontualidade etc. 

Remuneração adequada

Oferecer uma remuneração adequada, de acordo com o que vem sendo praticado no mercado, é o correto a se fazer em qualquer tipo de contratação. Entretanto, no caso do permalancing, é comum que os empregadores pensem que se trata apenas de uma substituição do funcionário fixo por outro “mais barato”. Avalie realmente se, para o serviço que você precisa, um profissional remoto e não exclusivo seja o mais adequado. Se esse for o caso, faça uma proposta boa para ambos, seja remunerando por horas trabalhadas ou por projeto. 

>> Leitura recomendada: Gestão do trabalho remoto

Oferta de estabilidade

O permalancer é um profissional que não quer abrir mão da flexibilidade, da liberdade de escolher seus clientes, mas que também valoriza a estabilidade. Estabelecer laços de confiança com seus contratados fará com que eles trabalhem melhor e façam entregas de maior qualidade. Valorize esses talentos, mostrando que o trabalho deles é essencial e que, mesmo trabalhando remotamente, eles também fazem parte da sua equipe. Assim eles sempre optarão por trabalhar com você em projetos futuros. Afinal, empresa nenhuma quer perder bons prestadores de serviço.

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