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Presenteísmo: saiba como esse mal pode estar afetando a produtividade na sua empresa

Presenteísmo é o nome dado a situação na qual um colaborador, mesmo se sentindo indisposto ou doente, comparece ao trabalho. Ou, ainda, quando obtém uma licença médica, mas opta por trabalhar de casa em vez de descansar e se recuperar. 

Isso representa um problema tanto para os funcionários individualmente, que tem a sua qualidade de vida afetada, quanto para as empresas. Afinal, segundo artigo da Harvard Business Review, a prática do presenteísmo pode reduzir a produtividade individual em 1/3 ou mais, acarretando em prejuízos até maiores aqueles causados pelo absenteísmo. 

Veja o que você vai encontrar nesse artigo sobre presenteísmo:

 

O que é presenteísmo

Presenteísmo é fenômeno que ocorre quando as pessoas vão ao trabalho mesmo estando indispostas, doentes ou até mesmo de licença médica. Uma pesquisa realizada no Reino Unido mostrou que 83% dos líderes e gestores observaram a ocorrência do presenteísmo em sua organização e 25% afirmaram que o problema tem aumentado desde 2018.

A prática do presenteísmo causa uma piora na qualidade de vida do funcionário e pode até mesmo causar o agravamento de doenças. Além disso, por estar com a sua capacidade física ou mental comprometida, o seu desempenho no exercício das atividades tende a cair, o que muitas vezes resulta em prejuízos financeiros para a companhia. Segundo esse mesmo estudo, o presenteísmo custa às empresas em média R$ 20.000,00 em perda de produtividade por funcionário ao ano.

Assim, podemos dizer que o presenteísmo tem um impacto significativo tanto na quantidade de tarefas realizadas (as pessoas podem trabalhar mais lentamente que o normal ou ter que refazer tarefas), como na qualidade (tarefas mal executadas ou até mesmo com erros graves). 

O presenteísmo é um problema grave e não pode ser confundido com fingimento (simular  estar doente para evitar determinadas tarefas no trabalho), muito menos procrastinação (ficar nas redes sociais quando deveria estar realizando alguma tarefa). O termo refere-se à perda de produtividade como resultado  de problemas reais de saúde física ou mental. Doenças como alergias não tratadas e síndrome do intestino irritável, por exemplo, podem dificultar a concentração. Já a depressão causa, entre outras coisas, fadiga e irritabilidade, o que prejudica a capacidade das pessoas de trabalharem em equipe. 

Segundo Debra Lerner, professora da Tufts University School of Medicine, o presenteísmo diz respeito a “pessoas que permanecem trabalhando mesmo quando ficam doentes, tentando descobrir maneiras de continuar, apesar de seus sintomas”. 

Você deve estar se perguntando por que alguém iria trabalhar se sentindo indisposto ou incapacitado. Lerner afirma, por exemplo, que o presenteísmo pode ser mais comum em períodos de oscilação econômica, quando as pessoas têm mais medo de perder o emprego. Entretanto, há outros motivos que podem levar as pessoas a assumir esse comportamento, como: 

  • Sobrecarga de trabalho;
  • Sensação de desvalorização por parte dos líderes e pares;
  • Receio de conversar com o gestor sobre um problema de saúde;
  • Não considerar sua condição de saúde grave o bastante para faltar ao trabalho.
 

Presenteísmo versus absenteísmo

A primeira vista, você pode pensar que o absenteísmo é o exato oposto do presenteísmo, mas não é bem isso. O absenteísmo ocorre quando o funcionário deixa de comparecer ao serviço por motivos diversos, sendo a doença apenas um deles. Aparentemente, esse é um problema ainda mais grave, dado que a ausência de um funcionário pode impactar consideravelmente o andamento dos processos dentro da empresa. 

Mas o que as pesquisas têm mostrado é que o presenteísmo pode custar o mesmo tanto ou até mais. Segundo estudos divulgados no Journal of American Medical Association, a queda na produtividade geral da equipe é cerca de três vezes maior quando um funcionário com problemas de saúde, como dores crônicas e depressão, continua comparecendo ao serviço, se comparado a quando ele se ausenta. 

Isso porque, na falta de um colaborador, o gestor pode realizar diversas ações para tentar cobrir a ausência do funcionário – que vão desde rever prioridades e redistribuir tarefas, até buscar alguém que possa substituí-lo temporariamente. Mas, se a pessoa está presente, leva um tempo para que o gestor possa identificar uma real queda na produtividade e o fator que está causando isso. 

Por isso, podemos dizer que, diferentemente do absenteísmo, o presenteísmo é um problema mais difícil de ser identificado: você sabe quando alguém não aparece para trabalhar, mas muitas vezes não sabe quando (ou quanto) uma condição de saúde está prejudicando o desempenho de um colaborador. 

Como identificar o presenteísmo

Diagnosticar se, de fato, um fenômeno como o presenteísmo está ocorrendo dentro da empresa pode ser difícil. Isso porque não basta que seja observada uma queda na produtividade de um colaborador específico, da equipe como um todo ou até mesmo de uma área. É preciso identificar os fatores que estão por trás disso – e o presenteísmo pode ser apenas um deles. 

Como gestor, a primeira coisa a fazer é procurar manter um relacionamento aberto e transparente com o seu time, de forma que as pessoas se sintam confortáveis o bastante  para dialogar, caso estejam enfrentando problemas de saúde ou até mesmo sentindo algum mal estar que dificulte o seu desempenho no trabalho. Afinal, pedir um dia de descanso por conta de uma enxaqueca não é nenhum crime.

Agora, se você quer saber se o presenteísmo está ocorrendo na sua empresa como um todo, você pode realizar uma pesquisa interna. Já existem alguns modelos de questionário  que você pode aplicar para saber se os funcionários sofrem de problemas de saúde e como isso pode estar impactando seu desempenho pessoal. Este, por exemplo, desenvolvido por Ronald Kessler, professor da Harvard Medical School, consegue medir o desempenho geral dos colaboradores, identificando tanto os índices de presenteísmo como de absenteísmo. 

Como combater o presenteísmo

Identificar a ocorrência do presenteísmo pode ser difícil – e as pesquisas a respeito desse fenômeno são relativamente recentes. Entretanto, algumas empresas já estão começando a reconhecer o problema e tentando fazer algo a respeito. Os esforços consistem em determinar a prevalência dos problemas médicos que prejudicam o desempenho dos colaboradores, calcular a perda de produtividade relacionada a isso e avaliar quais medidas podem ser tomadas para ajudar a prevenir e tratar doenças, sejam elas ocasionais (como alergias sazonais, gripes e viroses) ou crônicas (como enxaqueca e depressão). Abaixo, listamos algumas iniciativas que líderes e gestores podem tomar para evitar ou diminuir a incidência do presenteísmo no ambiente de trabalho. 

Crie canais de comunicação

O primeiro  passo é procurar conhecer os problemas de saúde específicos que seus funcionários enfrentam. Para isso, pode ser que você precise realizar uma pesquisa interna, mas, para começar, você pode simplesmente abrir um canal de comunicação no qual as pessoas possam falar sobre suas condições de saúde. 

Você também pode criar um material para circular internamente com objetivo  de conscientizar tanto líderes e gestores, quanto demais colaboradores sobre o problema. Nessa “cartilha”, explique o que é presenteísmo, liste algumas das situações nas quais o mais indicado é não comparecer ao trabalho e incentive as pessoas a conversar com seus gestores sobre as suas condições de saúde e necessidades específicas. 

Ofereça atividades voltadas para bem-estar e saúde

Programas voltados para o bem-estar dos colaboradores já não são mais novidade dentro das empresas. Você pode oferecer desde aulas de yoga e meditação até palestras sobre nutrição e alimentação saudável, assim como sessões de ginástica laboral que ajudam a prevenir dores nas costas e nas articulações. Além disso, você pode criar uma sala de descompressão na qual as pessoas possam relaxar, se desconectar um pouco do trabalho e recuperar as energias. 

Evite o estresse

A origem do estresse no trabalho pode estar relacionada à sobrecarga de tarefas, prazos apertados, metas irreais e desorganização nos processos. E um quadro de estresse pode facilmente evoluir para depressão e síndrome de burnout. Portanto, é importante adotar medidas para combater o estresse e o esgotamento mental no ambiente de trabalho. Para isso, você deve prezar pela organização dos fluxos de trabalho, transparência na comunicação entre os membros da equipe e distribuição equilibrada de tarefas. 

Avalie a produtividade da equipe com a ferramenta correta

Como vimos nesse artigo, identificar a ocorrência do presenteísmo pode ser um desafio. Portanto, você precisa acompanhar diariamente a produtividade da equipe, o que pode ser feito através de um software de gestão, como o Runrun.it. 

Na ferramenta, você consegue ver quanto tempo os membros da equipe estão investindo em cada tarefa, além de identificar possíveis gargalos nos processos que acarretam em  atraso nas entregas. Através da visão do todo, conquistada com o uso do quadros, vai ficar mais fácil para equipe trabalhar de forma colaborativa, entendendo sua importância no processo e possibilitando também que os próprios membros do time possam ajudar alguém que esteja passando por presenteísmo. Faça um teste grátis agora mesmo: https://runrun.it

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