produtividade brasileira

Produtividade brasileira continua 4 vezes menor que americana, mas pode melhorar

Por Antonio Carlos Soares, CEO e co-fundador do Runrun.it

 

Em julho de 2016, a mídia nacional repercutiu um estudo baseado no boletim do The Conference Board sobre produtividade mundial, que indica que a produtividade brasileira é a pior desde a década de 1950. Enquanto um profissional norte-americano é capaz de produzir cerca de US$ 118,8 mil em um ano, o brasileiro produz US$ 29,6 mil. O que quer dizer que são necessários 4 brasileiros para produzir o mesmo que um americano.

A produtividade brasileira tem conserto?

Os números de 2015 já eram ruins e a projeção para 2016 se mantém negativa. O cálculo leva em conta o Produto Interno Bruto (PIB) e o número de carteiras assinadas no país. Não é difícil fazer a conta: temos uma taxa de crescimento quase nula de pessoas empregadas e um decaimento do PIB, o que nos leva à estimativa de queda de 3,8 pontos da produtividade brasileira em 2016.

Números que ajudam a escurecer o clima já pesado da economia nacional. Se essa for a sua constatação para o ano, seu negócio pode estar em perigo. Você pode se achar um(a) nanico(a) tentando lutar contra um gigante ao manter seu negócio em pé, mas os nanicos contam com ferramentas muito poderosas que os grandes nem sempre conseguem enxergar do alto de seu gigantismo.

Aqui dou alguns conselhos, que damos também aos nossos clientes do Runrun.it, para você não ser engolido(a) pela onda da crise.

1. Só se gere o que se mede

A premissa para essa frase, que poderia virar seu mantra nos próximos meses, é a seguinte:

Sem controlar o tempo, você não controla os prazos. Sem prazos, você não controla sua credibilidade. Sem controlar o tempo, você não controla os custos. Sem custos, você não controla sua lucratividade. E se você não está controlando nem sua credibilidade nem sua lucratividade, afinal, o que está sob controle?

É comum que o mais importante se esconda em plena luz do dia. Vale muito ler este material.

2. Use ferramentas de mensuração

Elas existem aos montes, estão na nuvem (você não precisa instalar em seu computador), costumam ser mais baratas que sistemas tradicionais e têm uma interface bem amigável. Acredite: para cada tipo de métrica desejada existe uma ferramenta.

Gestão de tarefas, gestão de tempo, gestão de projetos, gestão de vendas, gestão de marketing, gestão de redes sociais, gestão financeira, gestão de processos, gestão de desenvolvimento, gestão de estoque, gestão de mídia paga, gestão de folha de pagamento… E se você precisa de um último argumento, um estudo da McKinsey constatou que o uso de ferramentas de gestão e colaboração aumenta em 25% a produtividade de profissionais qualificados.

3. Analise os números

Olhe para os números mais de uma vez. Olhe desconfiado. Estão corretos? Alguma leitura que pode estar enviesada? Aliás, estou olhando para os números certos? Pergunte-se. Aproveite e chame outras pessoas de áreas variadas para olharem os dados – a opinião de alguém desacostumado pode trazer ares frescos para uma análise mais crítica e certeira. E, por fim, que ações podem fazê-los melhorar?

4. Entenda qual é o padrão

E faça de tudo para aumentá-lo. Gerenciar bem é gerenciar mirando a eficiência, a produtividade. O que você não faria se a sua equipe produzisse mais em menos tempo? Seria suficiente para baixar o preço de seu produto/serviço para não afastar os clientes nestes tempos sombrios. Ou, ainda, ter tempo para criar soluções inovadoras para se destacar em seu mercado, algo que todo mundo quer porque ninguém mais oferece. A crise também é boa em produzir inovação. Nadar contra a maré é difícil. Mas fazendo a lição de casa, você chegará lá em ótima forma.

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