Sílvio Celestino

Não há liderança sem empatia

Por Sílvio Celestino*

Quando um(a) líder de equipe sabe que não será capaz de alcançar a meta, mas diz o contrário, está criando problemas em cascata. Afinal, cedo ou tarde, o prejuízo recairá sobre seus colaboradores, parceiros e fornecedores. A raiz desse comportamento está no fato de o líder colocar seus interesses acima de todos os demais. Por isso, o indivíduo deve ser testado antes de assumir um cargo de liderança. Dois pré-requisitos devem ser observados. Vejamos quais são eles.

Primeiro, o(a) profissional deve ter controle emocional e resiliência para tolerar as pressões inerentes à crise que atravessamos. Caso contrário, sua equipe cairá em desânimo e, por consequência, colocará em xeque se o líder é de fato a pessoa certa para conduzir a empresa. O segundo pré-requisito para que alguém assuma uma liderança é ter clareza em seus propósitos elevados. É terrível ver como alguns diretores se preocupam com o bônus e criam condições artificiais para manipular os indicadores de desempenho da sua empresa.

Não é só no governo de uma cidade, estado ou país que a transparência e a empatia devem alicerçar as relações. Em nossas empresas também precisamos que os principais dirigentes saibam como suas palavras e ações impulsionam os investimentos de parceiros e fornecedores e interferem na vida pessoal, nas contas de seus colaboradores. Por isso, vencer uma crise não é tarefa para individualistas, mas sim para corajosos. Corajosos que assumam os riscos, mas os comuniquem com antecedência e inspirem seu time a pensar a turbulência como a grande chance de evoluir. Só assim a vitória valerá a pena para todos.

 

silvio_celestino_blog

*Sílvio Celestino é colunista do Blog do Runrun.it, autor do livro Conversa de Elevador – Uma Fórmula de Sucesso para sua Carreira e sócio-fundador da Alliance Coaching. @silviocelestino.

 

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