*Por Sílvio Celestino
Quantas vezes você não acordou cheio(a) de planos e de energia, mas viu tudo ruir ao longo do dia. O trânsito que não ajuda, o chefe que lhe interrompe e os clientes que desaprovam o que foi acordado. Chegando em casa, hora de desafogar, mas a família não colabora. O dia termina, e a conclusão é de que, como planejador, você é ótimo(a), mas para executar…
Parece que somos uma pessoa quando planejamos e outra quando vamos executar. Mas só é possível lidar bem com esse impasse sendo realista. Precisamos parar e analisar o que normalmente atropela nosso dia. Ignorar que o chefe vai interromper a qualquer instante, que o trânsito estará ruim e que os clientes podem consumir um tempo precioso é criar um plano com poucas chances de sucesso.
Já na hora de executar nossas tarefas, se tivermos dificuldade para dizer não às pessoas, acabaremos assumindo um trabalho que não estava previsto. Aposto que, por medo de parecer rude, você já deixou de interromper conversas improdutivas dos seus colegas e hesitou em cobrar por uma demanda sua, na esperança de que seu chefe ou colaborador cumpriria com o combinado. Tudo bem, você não agiu mal, mas pode melhorar.
Comece por admitir seus vícios e conhecer suas fraquezas, reconhecendo, por exemplo, as horas que desperdiça na internet. Endureça o jogo com suas competências ainda pouco desenvolvidas. Nosso planejador interno não pode delegar para nosso executor sem ser rigoroso, sem ensinar a manter o foco. Por vezes, conseguimos ser duros conosco por conta própria. Mas, se preciso, peça conselho a alguém cuja produtividade você admira.
Assim como o bom e a boa líder sabem ser exigentes para desenvolver alguém com potencial, você também pode transformar o executor dentro de você em um parceiro inseparável para tirar seu dia do papel. E, assim, serão meses e anos que você terá finalmente roteirizado e dirigido.
