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Tendências de mercado: o que você precisa saber sobre o futuro do trabalho

O rápido avanço da tecnologia tem mudado consideravelmente o mundo a nossa volta – e no mundo dos negócios não é diferente. E, para você ficar por dentro do que está prestes a acontecer (e do que já está acontecendo também), levantamos algumas tendências de mercado realistas para o futuro do trabalho, mostrando estudos e opiniões de especialistas. 

Esqueça Os Jetsons e imagine um cenário diferente: você acorda, não pega trânsito, nem um carro voador. Trabalha em casa – menos horas, com mais produtividade – e comunica-se com todos da equipe de vários lugares do mundo e de forma virtual (e por que não por meio da realidade aumentada?). O senso crítico e a inteligência emocional são valorizados e nos diferenciam da forma como as máquinas operam. As demandas do mercado são bem diferentes, assim como o comportamento do consumidor. Além disso, equipes são lideradas por mulheres, negros, minorias.

As tendências de mercado apontam que este é um provável caminho. E quem não acompanhá-las pode ficar para trás. Veja o que você vai encontrar a seguir:

 

Nova relação com o trabalho

Ambientes remotos e home office produtivo

O trabalho remoto já era uma tendência de mercado conhecida, tendo em vista que muitas empresas estavam montando operações remotas e criando escritórios virtuais que permitem que trabalhadores fisicamente distantes se juntem. Porém, com a pandemia de COVID-19, que se espalhou em 2020, o home office se tornou uma realidade para muitos. 

Segundo este artigo do Entrepreneur, equipes remotas também são mais baratas e mais rápidas para quem precisa começar e ganhar impulso. Uma pesquisa realizada pela Buffer, que avaliou o status do trabalho remoto para 2020, traz algumas considerações interessantes sobre os benefícios e dificuldades do trabalho a distância. 

Ao passo que os maiores benefícios apontados pelos entrevistados continuam sendo horários flexíveis (32%) e a possibilidade de se trabalhar de qualquer lugar (26%), as maiores dificuldades encontradas ainda são em relação a comunicação, colaboração e a solidão (esses itens somam 40% dos pontos negativos indicados pelos entrevistados). 

Por isso, se essa é a sua primeira experiência de trabalho a distância, confira este webinar que o nosso CEO, Antonio Carlos Soares, preparou, com dicas e práticas que vão te ajudar nesse momento em que o futuro, de repente, se tornou o presente. 

Como foi apontado acima pela pesquisa realizada pela Buffer, as dificuldades podem afetar a produtividade e a motivação e bem estar dos funcionários no home office. Por isso, é importante prestar atenção em três aspectos fundamentais:comunicação, confiança e cultura. 

1. Comunicação

Sem comunicação consistente, uma equipe remota não funciona. Cada colaborador precisa entender suas responsabilidades e prazos, e todos precisam estar regularmente em contato uns com os outros. Para isso, é essencial ter uma ferramenta que faça o controle das tarefas e que aponte em que projeto cada pessoa está trabalhando. Nisso, o Runrun.it pode ser seu braço direito. O sistema ajudar a priorizar as demandas e oferece relatórios sobre as horas utilizadas em cada projeto.

Para saber mais sobre como utilzar o Runrun.it para gerenciar o trabalho remoto da sua equipe, acompanhe o Webinar abaixo: 

2. Confiança

Disciplina, unidade e organização são três características vitais. Afinal, você não será capaz de olhar sobre os ombros dos colaboradores: é preciso confiar que eles saibam como fazer autogestão. E, quando existe dependência entre as equipes, é preciso garantir que todos estejam motivados e sejam transparentes em suas ações. Por isso, é importante contar com um sistema que permita visualizar quais são as demandas do colega e como elas impactam no projeto. Com o Runrun.it você consegue ter uma visão do todo e entender como o trabalho de cada um impacta o fluxo de trabalho. 

3. Cultura de empresa

Ainda que as pessoas trabalhem em sistema de home office, você terá que criar e manter uma cultura organizacional da sua empresa. Para uma equipe remota, cultura significa trabalhar em direção a um objetivo comum muito claro. Por isso, tenha um propósito definido e fortaleça os relacionamentos diariamente. Incentive a colaboração e a troca de ideias entre os funcionários, fazendo com que uns ensinem aos outros.

Propósito

Atrair e reter talentos sempre foi um desafio na gestão de pessoas. Daqui pra frente, as empresas precisarão, mais do que nunca, entender o seu propósito. Se você ainda não tem um propósito definido, deveria começar a pensar nisso. O que sua empresa está determinada a fazer? É preciso ter uma motivação para que decisões sejam tomadas e as tarefas executadas.

O estudo Millennial Survey, publicado anualmente pela Deloitte, aponta que para seis em 10 millennials o sentido de missão faz parte da razão que os levou a escolher a empresa na qual trabalham atualmente. Entre os millennials que são usuários assíduos das ferramentas de social networking (os millennials “super conectados”), há um foco ainda maior no propósito das empresas. Cerca de 77% dos jovens deste grupo revela que o propósito da empresa foi uma das razões para a terem escolhido.

Perguntas a se fazer:

  • O que você valoriza, além do lucro? Seu produto, as pessoas, a marca, a estrutura…
  • Você se preocupa com o ambiente e com a relação que constrói com seus colaboradores?
  • Sua empresa tem ferramentas para acompanhar o home office?
  • Quais são suas estratégias para atrair, formar e reter talentos?
  • Qual foi a última vez que você revisou a missão, a visão, os valores e o propósito da empresa?
 

Automação

Sem medo dos robôs

Muito tem se falado a respeito de como os processos de automação podem tornar obsoletos uma série de cargos e um grande número de postos de trabalho, dado que o mercado de tecnologias envolvendo automação e IA só vem crescendo. Segundo pesquisa da Deloitte, a automação de processos robóticos dentro das empresas tem aumentado em média 20% ao ano e 41% dos líderes e donos de negócios afirmam estar usando automação de alguma forma em suas organizações. 

Nesse contexto, é normal que muitos profissionais tenham certo medo de perder seus empregos para os robôs. Mas, conforme aponta esse mesmo relatório da Deloitte, a tendência é que, mais que eliminar cargos, o avanço da tecnologia opere uma alteração mais profunda na natureza dos empregos. Atividades repetitivas tendem a ficar a cargo das máquinas justamente para que as capacidades essenciais do ser humano possam ser melhor aproveitadas, tornando o trabalho mais produtivo e, até mesmo, mais interessante e prazeroso.

Ou seja, o que se tem observado é que o modelo de trabalho está mudando. Segundo a pesquisa, 47% dos líderes de empresas dizem estar aprimorando práticas de trabalho existentes e 36% dizem estar “reinventando o trabalho”. E parte dessa reinvenção passa pelos chamados “superjobs”.

Superjobs, ou “superempregos” em português, são cargos que combinam partes de diferentes trabalhos tradicionais em funções integradas, agregando habilidades essencialmente humanas às tecnologias de automação como a robótica, tecnologias cognitivas e IA. 

Os superjobs devem exigir, sim, uma amplitude maior e mais flexível de habilidades técnicas, assim como uma melhor capacidade de se adaptar a mudanças por parte dos profissionais. Mas, para além disso, trabalhos desse tipo devem dar maior espaço (e também mais valor) às habilidades humanas que dependem de pouco ou nenhum dado para serem executadas: as soft skills.

Conheça algumas das soft skills mais valorizadas atualmente no mercado de trabalho:

  • Inteligência social: Capacidade de conectar-se aos outros, de sentir e estimular reações.
  • Alfabetização transcultural: Habilidade para operar em diferentes contextos culturais e entender conceitos em várias disciplinas.
  • Pensamento analítico: Entendimento do raciocínio baseado em dados e conhecimento de ferramentas que auxiliam nessas análises.
  • Pensamento crítico: Uso da lógica e da racionalização para identificar forças e fraquezas de soluções alternativas, conclusões e abordagens a problemas.
  • Gerenciamento de informações: Saber discernir e filtrar informações importantes e entender como maximizar funções cognitivas.
  • Inteligência emocional: A inteligência artificial ainda passa longe de aspectos de gestão emocional. Então quem tiver essa capacidade de controlar situações complexas sairá na frente.
  • Mentalidade de solucionador: Capacidade de desenvolver tarefas e processos de trabalho para os resultados desejados.
  • Colaboração virtual: Habilidade de trabalhar de forma produtiva e engajada independente da plataforma.
  • Gerenciamento do tempo: Capacidade de fazer a autogestão e ser produtivo em suas atividades.
  • Orientação para servir: Empatia e vontade de ajudar os outros.
  • Negociação: Habilidades de negociação e conciliação de diferenças são importantes para todos os profissionais.
 

Perguntas a se fazer:

  • Onde você pode otimizar custos usando a tecnologia?
  • Quais características humanas são essenciais para a sua empresa? Estas habilidades são valorizadas?
  • Os processos da sua empresa estão organizados com sistemas automatizados?
  • Você procura nos processos seletivos habilidades comportamentais que tenham afinidade com o propósito da empresa?
 

 >> Leitura recomendada: Futuro do trabalho: você está preparado para encarar as mudanças?

Diversidade

Reunir pessoas de origens, repertórios e vivências diferentes

Inúmeros estudos mostram que estruturar equipes com profissionais de diferentes origens e culturas ajuda a alcançar mais vendas, mais clientes e mais lucro. Atuar em grupos diversificados desafia as formas tradicionais de pensar e refina o desempenho do cérebro.

Em 2015, a McKinsey avaliou 366 organizações públicas de vários países e constatou que aquelas que apresentavam a maior diversidade étnica e racial em posições de gestão eram 35% mais propensas a obter retorno financeiro acima da média de seu ramo. Incrível, não?

Este nosso artigo sobre o que é liderança mostra como fazer a diversidade funcionar e compila os dados de como esse fator é um propulsor da inovação. E se sua empresa se propõe a falar diretamente com seu consumidor, precisa conhecê-lo e representá-lo dentro da empresa. Essa é uma importante questão que as agências de publicidade ainda engatinham, por exemplo. Afinal, “como criar campanhas que falem com negros sem ter negros entre os funcionários que efetivamente planejam, criam e executam as campanhas?”. Confira a reflexão completa neste artigo do publicitário Daniel Sollero, no B9.

>> Leitura recomendada: Guia para a igualdade de gênero no trabalho

Mais mulheres em cargos de alta gerência

Uma pesquisa do MSCI ESG divulgada em 2015 indica que as empresas com forte representação feminina nos conselhos geraram um retorno sobre o patrimônio líquido de 10,1% ao ano, contra 7,4% daqueles que não têm mulheres no conselho. Ainda assim, vemos pouca diversidade em cargos de alta gerência.

A Egon Zehnder, empresa de pesquisa, também estuda esse progresso (ou falta de) nos últimos 12 anos. Sua mais recente análise revela que isso está mudando. Em 2016, por exemplo, quase 19% dos assentos nos conselhos de administração das maiores empresas do mundo eram de mulheres. Isso representa um aumento de quase 5% desde 2012. Mas os dados também revelam que a maioria (77%) dos países, entre os 44 estudados, não têm um mínimo de três mulheres por conselho, incluindo o Brasil.

Os analistas observam que a diversidade é muitas vezes conduzida pela presença de uma mulher na diretoria. “Quando a diversidade é uma prioridade na parte superior, ela se espalhará para a representação da diretoria, comportamento da diretoria e mentalidade geral”, diz o relatório. Os países que mais avançaram nesse fator, não surpreendentemente, têm o maior número de mulheres CEOs e CFOs, como a Suécia, Noruega e Itália. Isso se deve, principalmente, aos sistemas de cotas para mulheres.

Em 2003, a Noruega aprovou uma lei que exige que as empresas de capital aberto tenham pelo menos 40% de mulheres em seus conselhos. Empresas italianas e francesas também foram transformadas por essa reserva de vagas imposta pelo governo. Desde 2011, as empresas italianas aumentaram sua representação feminina de 8% para 32%. Na França, a mudança passou de 21% para 38%. A Noruega foi a primeira a introduzir esse sistema, em 2003.

Para acontecer uma evolução no atual quadro, é necessário criar uma cultura em que a diversidade seja priorizada. Por isso, a adoção de medidas como a das cotas pode ser um caminho para que nos próximos anos as salas de diretoria comecem a ser ocupadas de forma mais igualitária.

Perguntas a se fazer:

  • Sua empresa se preocupa com a diversidade nas contratações? E valoriza esse fator?
  • Os cargos de liderança também são compostos por perfis heterogêneos?
  • É possível implementar ações que incentivem maior diversidade?
 

Quer seguir as tendências de mercado?

Os caminhos apontados parecem possíveis para a sua empresa? O Runrun.it é uma ferramenta de gestão que auxilia a gerenciar o tempo, os custos, as tarefas e as pessoas de forma organizada, oferecendo uma visão do todo do fluxo de trabalho tanto para líderes quanto para os membros da equipe. Facilite a comunicação entre as pessoas, organize as demandas e saiba quando as tarefas e projetos serão entregues e quanto vão custar de fato. Faça o teste grátis: http://runrun.it

[Infográfico] O futuro (nem tão distante) do trabalho

Confira no infográfico um resumo das tendências de mercado com base em pesquisas e percepções de especialistas.

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Tendências de Mercado
Fontes do infográfico:
  • “The Future of Work: Attract New Talent, Build Better Leaders, and Create a Competitive Organization”, de Jacob Morgan
  • “As tendências globais de como gerenciar seu capital humano – e seus projetos”, do blog.runrun.it
  • “People Analytics: A tendência que está transformando a gestão de pessoas”, do blog.runrun.it
  • “The 10 Most Important Work Skills in 2020”, no site Top 10 Online Colleges
  • Pesquisa mundial Future of Work, realizada pela ADP
  • “Geração Millennial valoriza mais o propósito do negócio do que o lucro”, da Deloitte
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