Habilidades com vida útil mais curta, mercado de trabalho mais competitivo, disputa acirrada pelos talentos que surgem e incentivo ao aprendizado contínuo: são essas as principais tendências do mercado de trabalho, de acordo com o relatório Learning Workplace Report, realizado pelo LinkedIn.
O já tradicional relatório que é publicado anualmente apresenta insights relevantes sobre as transformações no ambiente empresarial e serve como um guia para gestoras e gestores que desejam acompanhar as mudanças que devem acontecer no futuro próximo.
Para chegar a essas conclusões, o LinkedIn entrevistou aproximadamente quatro mil profissionais em todo o mundo. O objetivo é oferecer uma visão holística e diversificada do ambiente corporativo.
Os pesquisados se dividiram em quatro grupos: executivos, desenvolvedores de talentos, gestores de pessoas e colaboradores.
Selecionamos as principais tendências do mercado de trabalho apontadas no material e vamos compartilhar neste artigo as descobertas mais promissoras para manter sua gestão atualizada e aperfeiçoada.
- As tendências do mercado de trabalho
- Conteúdos que te preparam para as tendências do mercado de trabalho
- Uma ferramenta para o desenvolvimento de talentos
As tendências do mercado de trabalho
Com as recentes transformações sociais, o cenário global ganhou novas características bem sintetizadas pelo conceito do Mundo BANI.
Os reflexos das novas práticas foram sentidos sobretudo no mercado de trabalho, que se adequa a uma nova realidade na qual a capacidade de se reinventar virou um requisito essencial.
Por isso, estudos e relatórios que avaliam a mudança de comportamento revelam alternativas interessantes para o futuro do trabalho, como as práticas de requalificação profissional, as discussões sobre a diversidade e a convergência entre automação e a criatividade humana.
>> Leitura recomendada: A importância da diversidade para a saúde organizacional
A seguir, elencamos os pontos mais importantes extraídos da pesquisa realizada pelo LinkedIn sobre as tendências do mercado de trabalho.
Novas habilidades na era da automação
Desde a edição realizada em 2018, é consenso entre os participantes da pesquisa que a primeira prioridade do desenvolvimento de talentos seja treinar as soft skills.
O termo surge em contraponto às chamadas hard skills – relacionadas ao que você faz. Já as soft skills são atreladas a como você faz.
Em outras palavras, como você conduz as tarefas, como você acelera o seu desempenho e como você emprega o seu conhecimento.
Complementar aos dois conceitos, ainda temos as real skills, competências mistas que agregam conhecimentos adquiridos na formação educacional com capacidades cognitivas como o senso de liderança, a empatia e o pensamento crítico.
Em tempos de automação, manter a fluência técnica ainda é fundamental. Mas o ritmo com o qual as transformações ocorrem exige perfis adaptáveis, comunicadores e com capacidade de liderança.
À medida que a tecnologia acelera, as competências socioemocionais se tornam fatores críticos para alavancar o crescimento de pessoas e negócios.
A verdade é que a eficiência das máquinas necessita da criatividade humana para formar um par imbatível.
Já encontramos muito dessa tendência no mercado de trabalho, com as experiências personalizadas no marketing e nos softwares de gestão, que estão cada vez mais completos, entregando agilidade e praticidade.
A sinergia entre os recursos tecnológicos e a mentalidade humana é nítida e com foco no aprendizado de novas habilidades, elas serão complementares por muito tempo!
A requalificação como estratégica para o amanhã
Você sabia que 85% das profissões que vão movimentar o mercado daqui a 10 anos ainda não existem? Essa projeção foi extraída de um estudo realizado pelo Institute For The Future em 2019 e indica que é preciso pensar na requalificação profissional.
Essa informação costuma ser uma fonte de preocupação legítima para líderes e colaboradores, que costumam ter dúvidas sobre os investimentos no aperfeiçoamento profissional.
A pesquisa do LinkedIn revela que as lideranças estão se preparando para essa nova era, utilizando os recursos de aprendizado e desenvolvimento para remodelar as organizações e fazer com que essa transição seja gradual e positiva.
>> Leitura recomendada: Como desenvolver o interesse pelo aprendizado com o Lifelong Learning
Entre as tendências do mercado de trabalho que têm sido colocadas em prática estão o reskilling e upskilling, que são o aprendizado de novos conhecimentos e a atualização das habilidades, respectivamente.
Neste webinar com o Gabriel Leite, CMO da Feedz, falamos sobre esses termos e a importância deles no clima organizacional.
Essas ações fazem parte da estratégia da gestão de pessoas de promover o bem-estar dentro das organizações e diminuir a taxa de turnover, que aliás é um dos receios dos gestores segundo o Guia Salarial organizado pela consultoria Robert Half.
Conforme o relatório, 48% das lideranças percebem que esse índice cresceu recentemente e apontam que a insatisfação dos profissionais com a cultura corporativa e o aumento da pressão no trabalho podem diminuir a retenção do quadro de funcionários.
Para evitar que isso aconteça, uma das tendências do mercado de trabalho que já está em ação é a análise de dados dos comportamento dos colaboradores, favorecendo um olhar mais atento às necessidades de cada membro da equipe.
Instrumentos como o People Analytics ajudam nesse entendimento profissional, assim como modelos de gestão mais participativos, que estimulam a conexão entre indivíduos em diferentes cargos, mostrando que eles possuem sim muitos anseios e pontos em comum.
>> Leitura recomendada: Como a vulnerabilidade na liderança funciona como uma conexão para seu time
Não podemos deixar de lado os feedbacks, avaliações que são desejadas por 48% dos colaboradores que responderam a 2a edição da Pesquisa de Clima Organizacional, desenvolvida pelo Runrun.it.
Por exemplo, a avaliação 360, que escuta opiniões de todas as esferas sobre o desempenho no trabalho, é cada vez mais incentivada por ser uma fonte de informações que incentiva a melhoria no trabalho em equipe e prepara os profissionais para novos desafios.
O crescimento do digital transforma o desenvolvimento de talentos
Entre as tendências do mercado de trabalho, este é um caminho sem volta. Porque a área de desenvolvimento de talentos depende como nunca de soluções online para responder às demandas de um ambiente de trabalho cada vez mais multigeracional e diverso.
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Prova disso são dados discrepantes. Enquanto 58% dos colaboradores preferem oportunidades de aprender em seu próprio ritmo, outros 49% dão prioridade a aprender de acordo com as necessidades (e tempo) da empresa.
Por isso, os responsáveis por desenvolver esses talentos sabem que precisam de soluções digitais para atender a demandas tão distintas.
Resultado: segundo o estudo do LinkedIn, aproximadamente 90% das empresas oferecem aprendizado digital para os seus colaboradores hoje em dia.
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Novos modelos de jornadas de trabalho
Tendência do mercado de trabalho já concretizada, o trabalho remoto ocupou seu espaço e está entre as preferências dos colaboradores.
As inseguranças demonstradas na transição da rotina presencial para o home office foram sendo contornadas e ao contrário do imaginado, os profissionais se mostraram mais produtivos nessa dinâmica de trabalho, conforme os dados da nossa Pesquisa de Clima Organizacional.
Isso também é válido para o nível de concentração. Na primeira edição da pesquisa feita em 2020, 52% dos entrevistados afirmava manter a atenção em seus projetos, número que subiu para 67,2% em 2021, mostrando que estratégias e ferramentas de gestão do tempo tem mostrado sua eficiência.
Outra tendência do mercado de trabalho demonstrada é a preferência de 75,2% dos colaboradores pelo trabalho híbrido, que mescla o presencial com o remoto.
Nessa visão, a ida ao escritório seria reduzida a menos dias por semana, ampliando a flexibilidade do trabalho no contexto atual.
Essas alterações também demonstram que as empresas estão mais abertas a oferecer outros benefícios a seus funcionários, privilegiando o bem-estar de suas equipes e estimulando o senso de pertencimento no local de trabalho.
A autogestão como tendência do mercado de trabalho
Fruto das mudanças nas relações administrativas, a autogestão também pode ser entendida como uma tendência do mercado de trabalho.
Alternativa aos modelos de gestão mais tradicionais, a autogestão tem seu foco no gerenciamento das tarefas prioritárias e na autonomia na tomada de decisões, principalmente ao pensar em atividades corriqueiras.
A prática ganha ainda mais importância ao considerarmos o contexto do trabalho híbrido e remoto, que exige maior organização das atividades e de concentração.
Vista em empresas que possibilitam uma gestão mais colaborativa, a autogestão favorece o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, sendo percebida como uma flexibilização da jornada de trabalho e a criação de um senso de responsabilidade.
Isso porque o profissional do futuro precisa ser mais independente e saber como articular e defender suas escolhas com racionalidade, seja na apresentação de projetos ou nas avaliações de desempenho.
Além de tudo, a autogestão dinamiza a realização dos processos rotineiros, contribui para entregas menos burocráticas e pode ser feita com o apoio de gerenciadores de tarefas como o Runrun.it.
Conteúdos que te preparam para as tendências do mercado de trabalho
O contexto e os dados são estes. As mudanças profundas vêm ocorrendo com cada vez mais rapidez. E, como gestor (a), a sua resposta a elas deve ser rápida, para que sua equipe e sua organização preservem a competitividade.
Neste sentido, recomendamos alguns conteúdos que certamente vão ajudar você a se adaptar aos novos cenários:
- Lifelong Learning: Empresas e gestores podem ser facilitadores desse fluxo de conhecimento, respeitando o ecossistema de saberes e experiências dos colaboradores.
- Trabalho Híbrido e Retenção de Pessoas: Keith Matsumoto, gerente de desenvolvimento de agências, e Antonio Carlos Soares, CEO e co-fundador do software de gestão Runrun.it, conversam sobre práticas de onboarding, retenção e gestão de pessoas no pós-pandemia.
- Diversidade e inclusão nas empresas: Descubra como apoiar iniciativas de promoção à equidade dentro das organizações.
- Cultura ágil: conheça as melhores práticas ágeis que geram mais colaboração, mais rapidez de resposta às mudanças e entrega de valor nos resultados do seu negócio.
- Saúde mental no trabalho: Burnout e estresse no trabalho são temas que as empresas e gestores precisaram dar ainda mais atenção por conta das mudanças rápidas das tendências do mercado de trabalho.
- Como dar feedbacks construtivos: Os líderes têm um papel fundamental, pois são eles que relacionam as metas da empresa com o comportamento dos colaboradores de forma produtiva para ambos.
- Comunicação não-violenta no trabalho remoto: Com o aumento da adoção do trabalho remoto, a comunicação não-violenta se tornou cada vez mais relevante para auxiliar na manutenção da conexão de líderes com suas equipes e também na tomada de decisões.
- Guia da Gestão Remota para Líderes: Antonio Carlos Soares conversou com Souzanne Dupont, Chief People Officer (CPO) da GhFly sobre as principais práticas de gestão que os líderes podem começar a adotar no home office e também no modelo híbrido.
Uma ferramenta para o desenvolvimento de talentos
Desenvolver colaboradores para se antecipar às tendências do mercado de trabalho é um dos maiores desafios para qualquer gestor. Mas, além das dicas acima, uma ferramenta de gestão pode te auxiliar no processo. Conheça o Runrun.it, braço direito dos gestores.
A plataforma de gestão do trabalho permite aos colaboradores terem todas as suas tarefas reunidas e priorizadas.
O software também opera como uma ferramenta de centralização da informação no trabalho, algo essencial para manter as equipes inovadoras conectadas em torno do mesmo objetivo.
Teste grátis agora mesmo: http://runrun.it

Conteúdos e pesquisas mencionadas
https://www.roberthalf.com.br/guia-salarial/home
https://linktoleaders.com/85-das-profissoes-que-existirao-em-2030-ainda-nao-foram-inventadas/