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People Analytics: Transforme seu ambiente de trabalho usando Big Data

Numa tradução literal, People Analytics seria algo como “Análise de dados de pessoas”. Mas, num artigo publicado em 2013 pela Bloomberg Businessweek, o CEO da Humanyze e expert no assunto, Ben Waber, explica: “Quando usamos dados para entender os comportamentos dentro do ambiente de trabalho que tornam as pessoas eficientes, felizes, criativas, especialistas, líderes, seguidores, enfim, estamos usando People Analytics”. A seguir, vamos entender aplicações práticas desse conceito na sua gestão de projetos, e por que você deveria começar a dar atenção a essa questão, cada vez mais chave na hora de diferenciar empresas vanguardistas de empresas defasadas.

1. O que People Analytics tem a ver com Big Data?

Na verdade, tudo a ver. Big Data é a matéria-prima do processo de People Analytics. Afinal, é por meio da organização, do refinamento e da análise de inúmeros dados que passa a ser possível identificar padrões e tendências de comportamentos que tornam os profissionais eficientes, produtivos e motivados. Por consequência, é uma forma de tornar a gestão de projetos mais inteligente. Funciona assim:

A empresa coleta dados de uma série de fontes, incluindo mídias sociais, metadata, reviews, tendências de vendas, de marketing, entre outras. Esses dados (data) podem, então, ser processados e exibidos de uma forma compreensível, a tal ponto que seja possível identificar previsões num olhar rápido.

No passado, esse processo costumava ser caro demorado, no entanto, com mais e mais informações sendo armazenadas na internet, os softwares de análises de dados foram se tornando acessíveis e cada vez mais precisos e, assim, se tornaram melhores amigos dos gestores de RH. A decisão de contratar, desligar, reter e treinar profissionais passa a estar embasada em dados também, e não somente em intuição ou opiniões enviesadas.

Grandes corporações como Pfizer, BP e Google usam ferramentas de análises de dados regularmente para acompanhar essas decisões. Justamente por entenderem que é muito custoso falhar nesse aspecto, em qualquer camada da empresa. Aliás, você já ouviu falar dos Robobosses, os chefes-robôs do futuro? Leia nosso post a respeito antes de se apavorar.

E já que estamos falando sobre novos termos, é válido você saber que a organização, triagem e interpretação de Big Data faz parte das atribuições de um Data Scientist. Esse profissional é responsável por identificar, por exemplo, condições que levam a vendas bem-sucedidas e até mesmo replicá-las.

Vejamos agora uma história real em que houve um processo bem-sucedido de People Analytics.

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2. Bank of America: Um case de sucesso de People Analytics

A mensagem é simples. Em vez de se focar em contratar as pessoas certas, torne quem já trabalha com você as pessoas certas. É o que People Analytics indica. Um ótimo exemplo é o do Bank of America, que por vários anos sofreu com a alta rotatividade em seus call centers.

Call centers de bancos são conhecidos como um dos ambientes mais estressantes para se trabalhar. São mais de 60 e 80 ligações por dia, muitas delas de clientes que estão sob algum grau de estresse. Foi então que o Bank of America decidiu enfrentar seu problema usando People Analytics.

Após extraírem métricas de desempenho de diversos call centers, eles chegaram à conclusão de que a colaboração entre os times exercia uma pesada influência na cultura das equipes e parecia vital para a redução do turnover. Indo direto aos números, as pessoas com quem os funcionários falavam no trabalho era seis vezes mais determinante para uma rotatividade baixa do que qualquer outra métrica.

E o que foi que o Bank of America fez? Reviu e alterou toda a sua política de breaks.

Antes de adotar esse processo de People Analytics, os funcionários deviam agendar suas pausas de forma que não coincidisse com a pausa de outros, para que sempre houvesse o máximo possível de pessoas no telefone para receber as ligações, que eram muitas. Mas, diante dos resultados encontrados, o banco passou a permitir as equipes fazer breaks juntas, inclusive seus horários de almoço, mesmo que se sobrepusessem.

O efeito disso foi uma alavancagem nas interações dos funcionários, atendimentos 23% mais rápidos e US$ 15 milhões poupados. Algo que nunca teria acontecido sem um dedicado trabalho de People Analytics com base em Big data.

3. Como aplicar People Analytics à sua empresa?

Cientes de histórias de sucesso como essa que acabamos de ler, muitos empreendedores e CEOs se questionam como dar o primeiro passo para incorporar People Analytics em suas empresas. Aqui vão algumas dicas:

a) Tenha foco

Comece por um velho problema, como no caso do Bank of America. Olhe para uma área em particular da empresa que está sofrendo com erros, turnover alto, ou problemas de produtividade, e concentre seus estudos nela.

b) Explore o que você tem

Novos softwares, embora sejam relativamente baratos no longo prazo, podem ser custosos por demandarem treinamento e instalação. É provável que algumas métricas já sejam fornecidas pelo software de gestão de projetos que você usa para gerenciar suas tarefas. Aproveite!

c) Envolva TI no projeto

Se você trabalha com RH, está habituado(a) a avaliar pessoas, não gráficos e números. Para não passar por isso sozinho(a), aproxime-se do time de TI do escritório e os envolva no projeto. Eles poderão te mostrar como interpretar as informações que você não consegue.

d) Faça pequenas aplicações

Assim como houve com o Bank of America, o processo de People Analytics mostra que pequenas mudanças podem ter um impacto gigantesco, sem custar quase nada para implementar.

O que People Analytics pode fazer pela sua empresa?

People Analytics é capaz de indicar desde a temperatura ideal que o escritório deve ter para elevar a produtividade, até como estruturar os espaços para estimular a colaboração e a inclusão.

Na sua essência, o processo de People Analytics está comprovando o que as pessoas sabem instintivamente. Antes de Big Data possibilitar todas essas análises, as empresas tinham políticas que remavam contra a necessidade humana de interação, impondo isolamento, segundo a hipótese de que os funcionários poderiam se concentrar melhor se estivessem sozinhos.

No entanto, a adoção de People Analytics pelas empresas, como o grande Bank of America, tem levado a crer que o oposto é a verdade. Reunir uma equipe em torno de uma mesma mesa por apenas 15 minutos pode economizar 15 milhões de dólares. Pergunte-se: O que People Analytics pode fazer pela sua empresa?

Uma leitura completa sobre People Analytics

Neste artigo, você saberá quais são as mais recentes descobertas obtidas por meio de People Analytics que estão ajudando de líderes de equipe a áreas inteiras de RH de todo o mundo a engajarem seus colaboradores.

Runrun.it é a ferramenta de Gestão de Trabalho, que produz e armazena os mais variados e úteis dados sobre o desempenho dos colaboradores, sendo, portanto, um repositório valioso de People Analytics. Além disso, a ferramenta é capaz de automatizar tarefas burocráticas e repetitivas do dia a dia, que tomam dos gestores mais tempo do que deviam, como a extração de relatórios de custos. Experimente grátis e sinta a diferença: http://runrun.it.

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Este post é uma tradução livre de People Analytics – Applying Big Data to Affect Big Changes in the Workplace

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