No fim de 2015, a Gartner publicou um relatório sobre as tendências de tecnologia no ambiente de trabalho. E o que foi revelado tem levantado diversas questões. Frances Karamouzis, VP de análise de dados da Gartner, foi inclusive entrevistada pela rede de TV norte-americana CNBC para comentar as descobertas. Mas, afinal, o que diz esse relatório? Diz que até 2018, haverá nada menos do que três milhões de pessoas sendo supervisionadas por robobosses, ou “chefe robôs” na livre tradução para o português. Veja a seguir o que são exatamente robobosses, o que isso implica na sua carreira e alguns sinais de que essa revolução tecnológica está dando seus primeiros passos, neste exato momento.
Robobosses: Para nossa alegria?
Karamouzis explica que o que chamam de robobosses engloba dois tipos de inteligência artificial: 1) robôs propriamente ditos e 2) ferramentas de gestão e sistemas. Todos com funções de gerir o trabalho de uma equipe, seguindo certas instruções, chamadas de algoritmos. Mas como isso funciona na prática?
Por exemplo, em vez de um líder informar a cada pessoa equipe qual a próxima tarefa a fazer, ou orientar como executá-la, um roboboss ficará responsável por isso. Ou ainda, em vez de uma pessoa ter de estipular quanto tempo uma tarefa ou quanto dinheiro um projeto tem custado, um sistema será o encarregado disso.
E não para por aí. Depois de uma análise imparcial (baseada em dados) e extremamente rápida (leia sobre computação cognitiva), o roboboss tomará uma decisão. Sem o risco de se deixar enviesar por opiniões, ou uma impressão (às vezes inconsciente), como acontece conosco, humanos.
Mas não pense que o propósito dos robobosses é tomar nossos empregos. Seu papel será, sim, cortar gastos, mas por outro motivo. Porque irão poupar os líderes de tarefas burocráticas e, assim, permitirão que se dediquem ao pensamento estratégico, à busca de ideias inovadoras, tanto para economizar quanto para aumentar os lucros.
Karamouzis afirma que a ascensão dessa tecnologia será mais um passo para o fim da microgestão, a prática de um gestor se envolver nos pormenores do trabalho de um colaborador e tomar dele a autonomia na sua realização (lembrando que Jack Welch explica que em alguns casos a microgestão faz sentido).
Eles já estão entre nós
Os robobosses já fazem parte da rotina de milhares de empresas, inclusive, brasileiras. Sua presença mais evidente se dá na forma de ferramentas de gestão online de projetos e tarefas (como o Runrun.it), de finanças e de marketing, entre outras.
Mesmo porque já não era sem tempo. Ferramentas como essas, especialmente, as que organizam o fluxo de trabalho facilitam a comunicação interna das equipes. E de acordo com o estudo “How social tools can reshape the organization” da McKinsey, publicado em maio de 2016, é justamente esse o fator mais relevante para os profissionais quando buscam inserir tecnologia no ambiente de trabalho.
O estudo ainda questionou quais funcionalidades exatamente as pessoas esperavam encontrar numa “ferramenta social”. E para mais da metade o fundamental era possibilitarem os profissionais 1) interagirem em tempo real, 2) colaborarem com outras pessoas ou grupos inteiros, e 3) acessarem o sistema a partir de diferentes plataformas (como web, mobile e wearable – Leia mais sobre como os wearables irão mudar nossa forma de trabalhar).
Além disso, quando questionados sobre as mudanças que esperam nos próximos três anos por meio da tecnologia, 66% dos profissionais afirmaram que seu desejo é poder se comunicar com mais frequência com outras equipes, enquanto quase metade (48%) espera que as tarefas passem a ser mais relacionadas a projetos e não restritas a uma equipe ou função específica. E ainda, 40% esperam que as equipes possam se organizar por conta própria, graças à tecnologia.
E quanto a isso, mais uma vez não resta dúvida de que os robobosses podem ajudar. Com base nos estudos da Gartner e da McKinsey, podemos chegar a algumas tendências e previsões para os próximos anos. Fique a par:
Tendências e previsões
1. Robobosses são mais que bem-vindos
Os robobosses são a resposta imediata às maiores expectativas dos profissionais. Não é em vão que até 2018, haverá três milhões de nós sendo supervisionados, orientados, guiados por essa inteligência artificial.
O desejo por uma comunicação e um fluxo de trabalho mais integrado entre as pessoas, e por uma solução para a desorganização no escritório, é um desejo que a tecnologia, no estágio de desenvolvimento a que chegou, pode satisfazer.
2. O e-mail entre equipes está com os dias contados
Muitos executivos estudados pela McKinsey relatam que as ferramentas de colaboração de equipe poderiam substituir o e-mail como o canal tradicional de comunicação no local de trabalho.
Por um bom tempo, ele foi usado para comunicação com clientes e em processos externos, mas os últimos resultados sugerem que as novas soluções prometem trazer mudanças mais profundas nas empresas. Aqui, inclusive, você confere um comparativo entre e-mail e software de gestão e aqui, o caso de uma multinacional que baniu o e-mail para comunicação interna.
A conclusão da McKinsey é que as empresas têm muito a ganhar testando (e adotando de vez) essas ferramentas como parte de um esforço mais amplo de usufruir melhor o que a tecnologia tem a oferecer para facilitar e organizar a forma como as pessoas trabalham.
3. Organização e tecnologia estão intimamente relacionadas
Visto que as empresas enfrentam uma cobrança crescente para se tornar mais ágeis, a contribuição de tecnologias como os robobosses será inestimável. Afinal, para ser ágil, é preciso ser organizado, ter um método claro e ter acesso instantâneo a informações.
Ainda nesse sentido, de acordo com os entrevistados pela McKinsey, as empresas de maior vantagem competitiva serão aquelas que puderem combinar diferentes tecnologias. Em outras palavras, aquelas que, ao mesmo tempo, automatizarem processos e o fluxo de trabalho e tomarem decisões baseadas em dados.
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