computação cognitiva

Os computadores estão aprendendo. Você está pronto para o que isso significa?

Você se lembra do HAL 9000, o enigmático computador do filme 2001 – Uma Odisseia no Espaço, de 1968? Bem, intitulamos de “computador” por falta de termo melhor; porque se tratava de um gigantesco sistema de processamento que controlava todo o funcionamento da nave espacial Discovery. Dotado de poderosa inteligência artificial, o personagem criado pelo escritor Arthur C. Clarke e imortalizado pelo filme de Stanley Kubrick era um representante pioneiro da computação cognitiva, de que falaremos aqui. E que, se já inquietava o Dr. David Bowman e sua tripulação no filme, hoje é capaz de mudar quase tudo o que conhecemos – inclusive, claro, a gestão da sua empresa.

O que é computação cognitiva e machine learning?

Embora o HAL 9000 já seja quase um cinquentão, o conceito de computação cognitiva, também conhecido como machine learning, é relativamente novo. Mas tudo indica que ditará as mudanças tecnológicas em um futuro próximo.

Os fãs de ficção científica vão se familiar com a definição: segundo o blog Betalabs, computação cognitiva trata da capacidade de computadores pensarem (quase) como seres humanos. Tudo graças à inteligência artificial – sobre a qual já falamos neste texto.

A computação cognitiva torna-se a mais nova etapa na evolução tecnológica. Afinal, lá nos primórdios, os processadores eram capazes de efetuar cálculos; depois, evoluíram para a utilização de sistemas programáveis (como conhecemos hoje), e o próximo passo será a o processamento de informações baseadas em aprendizado de experiências anteriores. Um funcionamento semelhante ao do nosso cérebro, uma vez que vamos recebendo informações e processando-as para adquirir aprendizados.

Ou, nas palavras precisas de André Carvalho, professor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP: “a computação cognitiva significa tudo o que é classificado como inteligência ou raciocínio que é feito por computação”, explica ele neste artigo. “Ela é, por exemplo, um dos componentes da Inteligência Artificial”, conclui.

Algum exemplo para ilustrar?

Claro. Se você assistiu ao 2001…, deve se lembrar de como HAL 9000 começa a manifestar uma espécie de perigosa “vontade própria”. Em algum momento, o sistema passa a tomar decisões que confrontam a tripulação da Discovery – inclusive causando a morte de um passageiro.

Mas, se você não viu o filme, talvez tenha ouvido falar do Watson, o sistema de computação cognitiva que vem sendo desenvolvido pela IBM. E que, em 2011, foi responsável por uma façanha que causou grande repercussão: Watson conseguiu derrotar dois famosos vencedores de um programa de perguntas e respostas da televisão americana, chamado Jeopardy. Hoje, o Watson segue em processo de aperfeiçoamento. E em breve deveremos travar contato com novas façanhas, cujo impacto certamente será mais profundo.

Quais são os usos possíveis da computação cognitiva para os negócios?

De acordo com uma pesquisa realizada com vários usuários da computação cognitiva – e apresentada nesta matéria do site Cognitive Computing Consortion -, quando se trata do meio corporativo, ainda estamos num estágio experimental.

Os sistemas de machine learning ainda são pouco adotados por organizações globais. Mas, de acordo com os entrevistados, prometem impactar as seguintes atividades:

Vendas de produtos e serviços

O laboratório de inovação de uma empresa está desenvolvendo um app que será personalizado, utilizando computação cognitiva para substituir centenas de regras de comercialização e dezenas de modelos preditivos. E o processo de machine learning vai permitir que os modelos evoluam e auxiliem a revisar essas regras com mais rapidez.

Outra empresa está pesquisando formas para acelerar transações. A ideia também é trocar processos baseados em regras para o ensino de um sistema sobre como minimizar atrasos e solucionar impasses.

Outra empresa está mapeando e analisando faturas usando regras e modelos econométricos. O objetivo é “ensinar” um sistema a automatizar o desenvolvimento de modelos e suas modificações para que o mapeamento e as análises ocorram com mais agilidades e autonomia.

O e-commerce também será (ou já está sendo) impactado

O advento da inteligência artificial e da computação cognitiva tendem a aperfeiçoar, também, processos de e-commerce. Basicamente graças ao Big Data – termo pelo qual é conhecido o imenso volume de dados, estruturados ou não, que impactam os negócios no dia a dia.

Sendo assim, empresas de comércio eletrônico podem utilizar todo esse volume de dados sobre produtos e pessoas para que sejam criadas associações, de forma a aumentar o poder de customização das vendas.

Isso favorece tanto os clientes quanto os lojistas. De um lado, consumidores encontram mais facilmente itens alinhados às suas expectativas de compra. Da mesma forma, com os sistemas ficando mais inteligentes à medida que são alimentados com dados, os comerciantes reduzem custos operacionais e garantem maior automação ao negócio, garantindo eficiência.

Já abordamos o assunto big data analytics neste post do blog – e, se você quer saber mais, não pode deixar de lê-lo.

Promessa de um mundo melhor

Embora toda essa história de inteligência artificial e autonomia das máquinas soe perigosa – remetendo, inclusive, a outro filme, Exterminador do Futuro -, muitos especialistas consideram que a computação cognitiva vai melhorar o mundo nos próximos anos.

De acordo com este artigo do portal CIO, Ginni Rometty, CEO da IBM, afirma que, nos próximos cinco anos, toda decisão importante, profissional ou pessoal, poderá ser tomada com a ajuda de sistemas de machine learning, como o IBM Watson.

Como plataformas de ecossistemas que utilizam tecnologias de inteligência artificial e aprendizado, essas máquinas inteligentes estão funcionando em diferentes áreas econômicas – como saúde, finanças, entretenimento e varejo.

O intuito do Watson, afirma Rometty, não é substituir a inteligência humana, mas aumentá-la: “Nossa meta é ampliar a nossa inteligência. Miramos em um mundo homem e máquina. Nosso foco é estender e ampliar o expertise humano em qualquer área. Professores, médicos, advogados, não interessa sua área de atuação, nós vamos ampliar seu conhecimento”, promete.

>> Leitura recomendada: Tendências de mercado: o que sua empresa precisa saber agora sobre o futuro do trabalho

Enquanto essa tecnologia ainda é experimental…

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