mulheres empreendedoras

Mulheres empreendedoras significam melhores resultados financeiros

Inúmeras pesquisas e relatórios, como as que veremos a seguir, mostram que a desigualdade de gêneros nos topos do poder (ainda) é tremenda. No meio corporativo não é diferente: precisamos urgentemente de mais mulheres empreendedoras. E não só por questão de equilíbrio, mas de lucro também.

Como afirma a empreendedora (e ativista pela igualdade de gênero) Geovana Donella neste artigo da Endeavor, o empreendedorismo feminino é mais lucrativo: “Empresas que têm mais de duas mulheres no board obtêm 66% a mais de retorno sobre o capital investido. Além disso, têm 53% a mais de retorno sobre o patrimônio”.

Números inaceitáveis

Ainda assim, os dados evidenciam a necessidade de mudar este cenário: de acordo com uma pesquisa da Grant Thornton IBR, em 2016 somente 19% dos cargos de liderança em empresas do país eram ocupados por mulheres. A taxa é ainda menor que a média do mundo, de 24%.

Se olharmos para as mulheres que ocupam cargos de CEO, este número cai bastante: são apenas 11%. O número delas em conselhos é ainda menor: 7%. Aliás, já falamos do assunto neste post sobre liderança feminina.

Mas que tipo de políticas poderiam ajudar a aumentar o número de mulheres empreendedoras? Como valorizar a presença feminina no meio corporativo?

Conhecendo mulheres empreendedoras mais de perto

Antes de tudo, precisamos mudar paradigmas. Mostrar, às gerações mais novas, a importância de atitudes e comportamentos que transformem a nossa sociedade, deixando-a mais igualitária e justa. É um processo de longo prazo, mas que deve ser continuamente incentivado.

Já no curto e médio prazo, o caminho é pegarmos, como inspiração, os casos de empreendedorismo feminino que deram certo. Conhecer as características e os perfis dessas mulheres, entender como quebraram barreiras e superaram o preconceito.

São mulheres que Vanessa Cotosck conhece bem. Uma das organizadoras do livro Empreendedoras de Alta Performance, ela entrevistou 45 empreendedoras que “chegaram lá”. E conta sobre características que, comuns a todas, ajudaram-nas a conquistarem seus sonhos. São elas:

1. Aversão à zona de conforto

Vanessa conta que todas as entrevistadas, sem exceção, não se dão nada bem com a zona de conforto. “Todas têm predisposição para promover a mudança — seja saindo de um emprego de longa data para empreender, seja enxergando além das atribuições estabelecidas dentro de uma empresa”.

Ou seja, não estamos falando apenas de empreender um novo negócio, mas também de inovar dentro de uma empresa. O famoso intraempreendedorismo, de que já falamos neste post. E a zona de conforto também já foi abordada neste texto.

Em suma, Vanessa Cotosck sublinha que mulheres empreendedoras não temem abraçar o novo, e o fazem num processo muito consciente. Estão preparadas para tomar o risco calculado.

A autora menciona uma frase que Francesca Romana Diana, fundadora da grife de joias que leva seu nome e uma das principais designers de bijuterias e acessórios do país, disse durante a entrevista: “Mergulhe fundo, acredite e sempre sonhe alto. Não é fácil seguir a própria estrela; mas quando ela brilha intensamente, é preciso acreditar que ela vai nos levar até onde queremos chegar”.

2. Espírito coletivo

Nas entrevistas, Vanessa Cotosck afirma ter percebido também o quanto mulheres empreendedoras valorizam o espírito de equipe. Sem o apoio das pessoas com quem trabalham, elas sabem que não chegarão a lugar algum. Assim sendo, ressaltam a importância de se trabalhar em equipe, de levar o espírito de alta performance para o time.

Vanessa Cotosck menciona os casos de Janete Vaz e Sandra Costa, criadoras do Laboratório Sabin. É delas uma frase sobre coletividade e agradecimento que marcou a entrevistadora: “A nossa principal motivação como empreendedoras é a de estarmos rodeadas de pessoas felizes e gratas. Esse reconhecimento nos energiza e alegra, além de reforçar a sensação de que estamos no caminho certo”.

3. Fôlego incansável

Criar e tocar uma empresa dá trabalho, muito trabalho. Por isso, as mulheres empreendedoras do livro mostraram um ânimo e uma fibra inabaláveis. “Elas sabem que é necessário doar 100%, às vezes até mais; mas têm resiliência de sobra para encarar os desafios — e principalmente os momentos difíceis, que não são poucos”.

O desafio é saber usar a própria inteligência para se curvar e não quebrar, como o bambu daquela fábula oriental — que, mesmo com os ventos fortes, o bambu enverga, mas não quebra. Das entrevistas, Vanessa lembra-se de uma uma frase da Andréa Weichert, sócia da consultoria EY, que a marcou: “Não carregue a culpa e não tema os dias de ausência na família. Os filhos darão sinal se você estiver ou não no caminho certo”. Andréa também fala sobre o primeiro ponto, relativo à fuga da zona de conforto: “A sorte só ajuda quem está em movimento”.

4. Coragem

Além desses desafios, as entrevistadas não escaparam das perguntas que todo mundo faz a quem está mudando de carreira: “Será que você vai conseguir? Será que vai dar certo? É normal no empreendedorismo. O pessoal imagina que a vida já está boa, arriscar para quê?”

De acordo com Vanessa Cotosck, tem a ver com o primeiro e o terceiro pontos: inconformismo e resiliência para seguir em frente com seus sonhos.

O importante estímulo de Diane Von Furstenberg

A estilista e economista belga Diane Von Furtenberg é um exemplo de tudo isso aí em cima. Após uma série de contratempos (incluindo uma quase-falência), hoje ela preside a marca de roupas DVF, que está presente em mais de 55 países e tem um faturamento estimado em mais de 500 milhões de dólares.

Plenamente consciente das dificuldades que empreendedoras enfrentam, ela criou o Prêmio DVF. O objetivo é apoiar mulheres que têm coragem para lutar, capacidade para sobreviver e liderança para inspirar. A cada ano, cinco mulheres são escolhidas e recebem 50 mil dólares para desenvolver seus empreendimentos. Até hoje, foram entregues mais de dois milhões de dólares em prêmios.

Para conhecer mais sobre a iniciativa e sobre a história de Diane, leia este artigo do portal FastCompany.

Como os colaboradores veem as iniciativas da empresa

Este artigo da McKinsey traz importantes achados de uma pesquisa sobre diversidade de gênero realizada em mais de 130 empresas dos EUA, com mais de 34 mil pessoas entrevistadas. Vejamos quais os principais pontos levantados:

Colaboradores questionam o “plano de ataque” à desigualdade

As companhias têm tentado aplicar os mesmos programas de estímulo à diversidade há mais de uma década. A grande maioria delas tem flexibilidade, mentorias e programas de licença-maternidade. Mas, apesar desses esforços, apenas 45% dos colaboradores acha que as empresas estão fazendo o que é preciso para abrir espaço ao empreendedorismo feminino.

As gerações mais jovens são ainda menos confiantes: apenas 38% das mulheres que estão começando numa organização acreditam que a companhia gerencia bem as questões de diversidade de gênero.

>> Leitura recomendada: As expectativas das mulheres da Geração Y são muitas

Comprometimento não é evidente em ações cotidianas

Há, também, uma enorme lacuna entre o que empresas pensam que fazem e o que pessoas realmente fazem todo dia. Por exemplo, mais de 70% de companhias afirmam compromisso com a diversidade, mas menos de um terço de seus colaboradores veem líderes sênior realmente engajados nesse movimento.

Mais de 90% das empresas afirmam utilizar critérios claros e objetivos para contratações e promoções, mas apenas metade das mulheres acredita que tem oportunidades iguais de crescimento.

Sem eliminar essa lacuna entre intenções corporativas e experiências individuais, as empresas dificilmente promoverão mudanças.

Pessoas e organizações temem apontar casos de preconceito

Homens e mulheres, em todos os cargos, acanham-se quando se trata de denunciar casos de preconceito ou discriminação, quando ocorrem. Menos de um quarto dos colaboradores vê seus líderes condenarem, ou mesmo enfrentarem, linguagens ou comportamentos nocivos à diversidade.

E menos da metade de todos os funcionários vê evidências diárias de que suas companhias estão preocupadas com criar uma cultura que se comprometa com mais espaço às mulheres empreendedoras. Ainda que haja programas focados em mudar comportamentos inconscientes, as políticas não estão sendo colocadas em prática.

Mais mulheres no comando, com mais tecnologia na gestão

O movimento por mais mulheres empreendedoras está no começo. E, na hora de assumir a gestão de uma empresa, elas também precisarão de ferramentas que as ajudem a monitorar os times e o desempenho individual de cada colaborador. E uma ferramenta como o Runrun.it pode cair como uma luva neste momento.

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