Além das competências tradicionais de cada profissional, percebemos uma tendência do mercado a exigir habilidades cada vez mais sofisticadas. Pense bem, empresas são organismos complexos. O engenheiro projeta, o marqueteiro cria, o financeiro quantifica e os gestores gerenciam. Cada especialidade é tão diferente que, às vezes, pensamos que estas áreas nunca conseguirão se comunicar de forma eficiente. Por isso, hoje vamos falar de transdisciplinaridade e autoaprendizagem.
O que o futuro nos reserva
Estamos sempre pensando como será o futuro. A questão é que o futuro chega, e logo. Para o Instituto do Futuro, da Universidade de Phoenix, nos Estados Unidos, o futuro é 2020, ou seja, daqui a poucos anos. Com este horizonte em vista, o Instituto listou as 10 competências essenciais para conseguir uma das profissões do futuro.
- Produção de sentido: Capacidade de determinar o significado mais profundo no que está sendo expresso.
- Inteligência social: Habilidade de se conectar às outras pessoas de modo a estimular as reações e interações desejadas.
- Pensamento original e adaptativo: Proficiência de pensar e chegar a soluções criativas e “fora da caixa”.
- Competência intercultural: Habilidade de atuar em diferentes padrões culturais.
- Pensamento computacional: Capacidade de traduzir uma enorme quantidade de dados em conceitos abstratos.
- Alfabetização em nova mídia: Capacidade de desenvolver conteúdo que utilize novas mídias e promova uma comunicação persuasiva.
- Transdisciplinaridade: Capacidade e entender e comunicar conceitos entre múltiplas disciplinas.
- Atitude planejada: Capacidade de desenvolver tarefas e processos de trabalho para os resultados desejados.
- Gerenciamento de capacidade cognitiva: Habilidade de filtrar informações por importância e entender como maximizar as funções cognitivas.
- Colaboração virtual: Habilidade de trabalhar de forma produtiva, conduzir engajamento e demonstrar presença como membro de uma equipe virtual.
Você está pronto para o futuro? Confira tendências de mercado que vão tomar as empresas nos próximos anos neste texto.
Entendo melhor essa tal de transdisciplinaridade
Peça para seu eletricista te explicar porque a resistência do seu chuveiro queima a cada dois meses. Ou tente tirar do seu gerente de banco uma explicação clara de qual plano de investimento é melhor para o seu dinheiro. A situação mais comum é que um profissional sinta-se confortável em sua área, dominando seu conhecimento, mas seja incapaz de interagir de forma esclarecedora com profissionais de outro ramo.
O termo transdisciplinaridade foi criado em 1970 pelo educador Jean Piaget. Na época, o termo referia-se principalmente à teoria de que as disciplinas escolares deveriam ser abordadas de forma conjunta e universal. Este enfoque menos compartimentalizado proporcionaria um ensino mais lógico e racional, oferecendo um aprendizado mais eficiente aos alunos.
No ambiente corporativo, a mesma lógica se aplica. Mesmo aprofundando-se em sua área, um profissional eficiente deve possuir conhecimento sobre as áreas adjacentes com as quais ele irá trabalhar. Este conhecimento deve ser suficiente para que departamentos distintos consigam se entender e trabalhar em conjunto. Entender “o outro lado” possibilita ao profissional fazer exigências razoáveis, compreender solicitações e trabalhar de forma sinérgica.
O que é autoaprendizagem?
Autoaprendizagem ou autodidatismo é o termo que utilizamos para descrever o processo de estudo sem supervisão direta ou atendimento em sala de aula. A prática vem ganhando popularidade em alunos e pais do mundo todo, que reforçam os estudos tradicionais com outras ferramentas.
Embora a imagem mais tradicional da autoaprendizagem seja a de crianças em idade escolar, a técnica pode ser também muito útil para o desenvolvimento profissional. Além dos cursos técnicos e superiores, o profissional moderno pode e deve buscar novas habilidades por conta própria, sejam livros, cursos online, palestras e outros.
Saber tudo sobre um pouco, ou um pouco sobre tudo?
Vamos voltar um pouco a falar sobre transdisciplinaridade. Desde os primórdios da organização produtiva temos este debate: O que é melhor, especializar-se ou entender diversas áreas de forma menos aprofundada? Na hora de investir em sua carreira, esta é uma escolha difícil. Afinal de contas, a maioria das pessoas não tem tempo nem dinheiro para fazer os dois. Antes de respondermos, vamos ver quais os benefícios de cada alternativa.
Na especialização:
- Você vai trabalhar naquilo que é realmente apaixonado por fazer.
- Você estará altamente motivado e terá um único foco de atenção e energia.
- Como você se tornará um expert em sua área, poderá aumentar seus honorários.
- Como seus projetos serão sempre semelhantes, você acumulará vasta experiência em uma área específica.
- A aprendizagem que tiver em um projeto pode ser capitalizada e aplicada em outro.
- Quanto mais você se especializa, mais as chances de crescer na mesma carreira.
Na diversificação:
- Você terá mais alternativas a desenvolver, o que traz maior estabilidade financeira.
- Você terá uma maior gama de clientes potenciais.
- Seus projetos serão sempre diferentes.
- Isso evitará que você caia na rotina.
- Quanto mais você se diversifica, maior é a chance de você conseguir emprego.
- Portanto, em tempos de crise, fazer de tudo um pouco acaba sendo uma opção interessante.
Não há um consenso entre especialistas de qual caminho é o melhor. Além disso, essa decisão pode ser influenciada por fatores externos como momento econômico, área de atuação ou até mesmo afinidades profissionais. Consultores de recursos humanos e gestores, no entanto, sugerem que um caminho mais seguro é a especialização seguida de diversificação. O profissional deve se aprofundar em uma área até certo ponto, para depois diversificar-se conforme as oportunidades do mercado. Além de um portfólio de habilidades mais atraente, você também se prepara para aplicar a transdisciplinaridade.
Misturando tudo
Mas o que tem a ver autoaprendizagem, transdisciplinaridade e a briga entre especialização e diversificação? Ora, não é difícil enxergar os benefícios da transdisciplinaridade, ainda mais se você trabalha em uma organização de grande porte e complexidade. No entanto, para alcançar esta competência, muitas vezes profissionais se veem em uma posição onde precisam adquirir novos conhecimentos fora do desenvolvimento profissional e acadêmico tradicional. Entra em cena a autoaprendizagem.
Segundo a consultora de recursos humanos Teka Kuperszmit neste artigo do portal RH, um profissional pode adquirir ou aperfeiçoar habilidades técnicas e comportamentais através da autoaprendizagem. Além disso, quando o aprendizado é feito desta forma, ele assume a responsabilidade pelo processo e gerencia seu próprio desenvolvimento. Isto o deixa mais motivado, proativo e comprometido em vários outros aspectos, inclusive o profissional.
Quer ser um profissional mais completo? Leia o nosso texto de plano de carreira e veja as habilidades que especialistas recomendam para todas as áreas.
Onde buscar a autoaprendizagem
As maneiras de encontrar forma de autodesenvolvimento, ou motivar seus colaboradores a buscá-lo, são diversas. Kuperszmit destaca os programas de incentivo acadêmico e o plano de desenvolvimento de carreira – MBA e treinamentos específicos. Ela ainda sugere, paralelamente, programas de autoconhecimento e aperfeiçoamento específico e individualizado, como o coaching.
Além da autoaprendizagem técnica, a consultora lembra que programas comportamentais em geral também vêm ocupando as salas de treinamento. Os temas incluem motivação, liderança e comunicação, assuntos que ganham importância a cada dia nas empresas.
Finalmente, se você quer mais cursos para aumentar seu conhecimento e capacitá-lo para exercer a transdisciplinaridade, nosso blog traz uma boa lista de cursos de gestão.
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