Imagem de tubos que se conectam transmitindo a ideia de pipeline de liderança

Pipeline de liderança: conheça os passos para o desenvolvimento profissional

Assim como os modelos de gestão, os cargos de liderança se remodelaram ao longo do tempo. Métodos como o pipeline de liderança surgem para ajudar a trazer a horizontalidade para as relações interpessoais no trabalho, tornando a conexão entre as equipes mais dinâmica e amigável. 

Essa visão, desenvolvida pelo consultor de negócios Ram Charam, ajudou a mostrar que não é necessário nascer com um dom para assumir grandes postos de trabalho, mas sim que as responsabilidades podem ser abraçadas aos poucos, com aprimoramento das habilidades técnicas e socioemocionais. 

Atualmente, a metodologia de pipeline de liderança é vista como um grande exemplo para o desenvolvimento profissional, principalmente por propor uma jornada baseada em estágios focados na evolução gradual dos líderes. 

Neste artigo, vamos desbravar as características do método, mostrando suas origens e quais são os reais benefícios que o pipeline de liderança agrega para a sua companhia. 

 

O que é o pipeline de liderança? 

Recente no mundo dos negócios, o conceito de pipeline de liderança se tornou mais notório a partir do livro homônimo lançado, em 2018, pelos consultores Ram Charam, Stephen Drotter e James Noel. 

A metodologia, que leva esse nome em razão das passagens de carreira que remetem a uma conexão entre tubos, já era explicada por Charam desde meados do novo milênio. 

A proposta principal do escritor e especialista em gestão é mostrar que a liderança deve ser desenvolvida de acordo com as competências socioemocionais e perfil de cada profissional. 

Basicamente, o pipeline de liderança indica que o caminho para cargos mais altos é canalizado pelos desdobramentos e experiências que gestoras e gestores precisam passar para desenvolverem inteligência emocional que os levará a assumir tarefas de maior responsabilidade com maior naturalidade. 

>> Leitura recomendada: Que tipo de líder é você? Faça o teste e descubra! 

Outro preceito proposto pelos especialistas é que a capacitação é moldada pelo ambiente de trabalho, na qual as real skills são ajustadas conforme o clima organizacional, logo, as habilidades são formadas com as experiências adquiridas no desempenhar das funções. 

Como a liderança é adquirida? 

Como já mencionamos no início deste artigo, o modelo de pipeline de liderança derruba o pressuposto que se nasce líder. A verdade é que pesquisas realizadas com gestores também contradizem esse paradigma.

Publicado em 2015, o estudo State Of American Manager (O estado do gerente americano, em livre tradução) realizado pela Gallup, mostrou que 70% das lideranças entrevistadas não se sentiam prontas para ocupar tal cargo. 

O sentimento de incapacidade levantado era bastante relacionado ao nível de capacitação, não necessariamente acadêmico, mas relacional com o espaço e colegas de trabalho. Ou seja, faltava engajamento profissional.

O relatório também trouxe outros apontamentos interessantes como o de que as lideranças femininas eram mais comprometidas que as masculinas (41% a 35%, respectivamente) e que os indicadores de desempenho se mostravam como a melhor prática de avaliar a evolução profissional.  

Mas nessa questão, onde entra o pipeline de liderança? Bem, entre os aspectos citados para uma boa gestão de pessoas, estavam critérios essenciais do método, como o aprimoramento da cultura de responsabilidades e a tomada de decisões baseadas em dados. 

Esses aspectos são absorvidos no decorrer dos passos da metodologia de pipeline de liderança, que vamos apresentar com mais detalhes no próximo tópico. 

As etapas do pipeline de liderança

Lembra do exemplo das tubulações usado como analogia pelos autores do método pipeline de liderança? É aqui que a referência começa a fazer mais sentido. 

As canalizações representam as diferentes etapas necessárias para o aprimoramento dos líderes, desde a fase da autogestão até a liderança corporativa. Conheça a seguir as transições do pipeline de liderança. 

Infográfico mostrando as etapas do pipeline na liderança

1 – Do autogerenciamento a gerenciar outros profissionais 

O onboarding em uma organização é o processo de familiarização com as funções que serão realizadas no cotidiano de trabalho, conexão com os valores institucionais e a definição de responsabilidades. 

Com o passar do tempo e o desenvolvimento da autonomia na gestão de tarefas, é normal que as pessoas que demonstram maior evolução, segundo os indicadores de desempenho e produtividade, assumam novas posições que exigem mais atenção e que significam um passo à frente na trajetória profissional. 

>> Leitura recomendada: Como liderar um grupo? 

Esse primeiro avanço no pipeline de liderança representa a passagem da autogestão para atribuição de gerenciar projetos e equipes gradativamente. Com isso, os profissionais também começam a delegar tarefas para os colegas, auxiliando na troca de bastão, pontuando os principais passos para a realização das atividades. 

A princípio, essa mudança é desafiadora, principalmente pela intenção de realizar as demandas por conta própria. No entanto, esse comportamento pode resultar na microgestão, algo que irá interromper o fluxo de trabalho.

Logo, o pipeline de liderança incentiva também a mudança de mindset, na qual o trabalho em equipe prospera e gera resultados mais produtivos. Uma das maneiras de otimizar a distribuição de atividades é utilizando o Runrun.it, já que o software permite uma ampla visão da capacidade dos usuários para a realização das tarefas no período programado. 

O gráfico de Gantt permite a visualização da capacidade produtiva de cada membro da sua equipe

2 – De gerenciar os outros para a gestão de gerentes

Dando um passo adiante na carreira, a etapa seguinte do pipeline de liderança é referente à gestão dos gerentes e coordenadores de equipe. 

Por isso, o ideal é que haja um sentimento de desapego das tarefas individuais para que o foco esteja concentrado na gestão estratégica

Primeiramente, para que esse avanço aconteça, é importante que haja um apoio na gestão do tempo dos colaboradores, um desafio apontado na Pesquisa de Clima Organizacional – 2º edição realizada por nós do Runrun.it em 2021. 

Na pesquisa, 34,3% das lideranças apontaram dificuldades em administrar o tempo de seus colaboradores, pois também encontravam gargalos na própria autogestão. Por consequência, a capacidade de desenhar o próprio workflow diminuiu, assim como a confiança em contar com a ajuda do gestor. 

Sendo assim, nessa etapa do pipeline de liderança, é essencial saber capacitar os gerentes tecnicamente qualificados para a coordenação de equipes, passando uma visão mais empática dos processos internos por meio da comunicação não-violenta, na qual todos evoluem com os aprendizados. 

3 – De gerenciar gestores para gerenciar funções 

Continuando na escalada profissional, o modelo de pipeline de liderança estabelece agora uma outra ocupação: a gestão funcional, ou seja, a coordenação de departamentos. 

Essa fase exige maior preparação e ambientação da gerência com suas novas atividades, já que se trata de uma esfera de maior amplitude e que está em contato direto com demais áreas, logo, a comunicação integrada é fundamental. 

Além disso, nesse caminho proposto pelo pipeline de liderança, há uma maior imersão na cultura de dados, já que a organização e análise de informações precisas é basilar para a tomada de decisão. 

Ao chegar nesse estágio, o Runrun.it vira um dos seus principais aliados da gestão, uma vez que a plataforma mantém todas as equipes e informações centralizadas e ainda permite a coleta e mensuração de resultados de forma simples e inteligente. 

A aba de relatórios do Runrun.it é completa e mostra diferentes tipos de dados

4 – Da gerência funcional à gestão de negócios 

Chegamos ao momento em que o pipeline de liderança conduz as atividades para a visão analítica. Como administrador da organização, o profissional foca suas atenções no crescimento exponencial da companhia, olhando para os fatores competitivos e para a lucratividade. 

Seguindo o caminho estabelecido no Plano de Desenvolvimento Individual ou PDI, a liderança em questão precisa estar atenta aos KPIs (Key Performance Indicator) para acompanhar os resultados, mas sem esquecer do aspecto humano, já que ocupa uma posição de conciliação e respeito à autonomia dos demais gerentes em sua organização. 

Mais que comandar diferentes funções, no pipeline de liderança os gestores de negócios são responsáveis por gerenciar pessoas e suas particularidades. Com isso, através da liderança resiliente, é possível implementar melhorias que trazem benefícios a todos os setores e também ampliam a diversidade no ambiente de trabalho. 

Para conhecer as ferramentas da diversidade e dar os primeiros passos rumo a essa transformação de mentalidade na sua empresa, recomendamos que você confira o nosso webinar com a Ana Bavon, CEO da B4People. É só dar o play: 

5 – De gerente de negócios a gestores de grupos 

Chegamos ao quinto estágio de pipeline de liderança: a gestão de grupos. Nesse caso, os grupos são conglomerados de empresas, um upgrade após a gestão de negócios. 

Certamente mais desafiador, essa transição requer que o profissional tenha uma visão mais globalizada e consiga gerenciar múltiplos negócios, implantando estratégias inovadoras e fortalecendo a cultura organizacional da instituição. 

6 – De gestor de grupos para gestor corporativo 

Por fim, a metodologia de pipeline de liderança encaminha o profissional para a gestão corporativa, mais relacionada com os valores institucionais. É nessa esfera que se encontram os CEOs (Chief Executive Officer), responsáveis pelo direcionamento organizacionais. 

Combinando todas as habilidades já mencionadas nas etapas anteriores do pipeline de liderança, a gestão corporativa se atenta aos fatores externos, como aspectos sociais e políticos para gerir a organização, além de formar uma equipe de líderes altamente capacitados em suas respectivas áreas. 

Com o foco nesse panorama, tais líderes vão conseguir desenvolver planejamentos estratégicos com equilíbrio, dimensionando recursos e instruindo os aspectos relacionais dentro da organização que administram. 

Os benefícios de usar o pipeline de liderança 

Como podemos notar, o pipeline de liderança é um método que auxilia as corporações na identificação de talentos. As conexões estabelecidas entre as atividades junto com as avaliações de desempenho orientadas por dados ajudam na ascensão profissional, tornando a capacitação de liderança gradual e estimulando o engajamento das pessoas dentro da companhia onde trabalham. 

Outras vantagens do pipeline de liderança são: 

  • Favorece a estruturação de treinamentos; 
  • Desenvolve o senso de responsabilidade; 
  • Facilita as sucessões; 
  • Incentiva a requalificação profissional; 
  • Oferece oportunidades com base no desempenho profissional; 
  • Aprimora o foco nas soluções necessárias de forma ágil. 
 

O modelo de pipeline tem muitas características em comum com a liderança ágil, estabelecendo a confiança no trabalho em equipe por meio da transparência das relações. Se você quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos que você assista ao webinar sobre o tema com AC Soares, CEO do Runrun.it: 

O caminho mais ágil do pipeline na liderança

Agora que você já conhece mais uma fórmula para progredir em sua carreira profissional, que tal contar com um aliado nesse percurso? O Runrun.it é um software de gestão ideal para líderes e profissionais que buscam facilitar a sua gestão de maneira inovadora. 

Com recursos automatizados, o Runrun.it deixa toda a visão dos processos em uma única tela, favorecendo a distribuição de demandas, acompanhamento de projetos, análise de dados, compartilhamento de informações e a tomada de decisões assertivas. 

Com a ferramenta, a gestão da sua empresa é feita de ponta a ponta, otimizando a entrega dos resultados. Isso sem falar que a plataforma possibilita integrações com outros sistemas, tornando o seu workflow ainda mais ágil. 

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Links relacionados

https://www.amazon.com.br/Pipeline-lideran%C3%A7a-Ram-Charan/dp/8543106052

https://www.gallup.com/services/182138/state-american-manager.aspx

https://www.gallup.com/workplace/236594/report-separates-great-managers-rest.aspx

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