Liderança resiliente

Como a liderança resiliente eleva a inovação e a gestão de risco nas empresas?

Adotar a liderança resiliente quer dizer ressignificar os obstáculos por parâmetros realistas sem deixar de ser otimista e estratégico. Em um período de instabilidades socioeconômicas e políticas as empresas precisam, justamente, assumir uma postura resiliente para superarem com maturidade as adversidades. Com gestores não se restringindo a fazer mais do mesmo por medo de sair da zona de conforto, a liderança resiliente se torna uma possibilidade de elevar a inovação e a criatividade. 

Um artigo, publicado, em 2016, no portal Administradores, mostra que os gestores com essa habilidade tornam as instituições mais competitivas, pois promovem maior autoestima própria e da equipe, confiam em suas competências, estimulam a realização de tarefas e não temem  desafios, uma vez que estão preparados para as transformações. 

O potencial criativo da resiliência é fortemente apontado pela psicóloga Lisete Barlach. Em sua tese, A criatividade humana sob a ótica do empreendedorismo inovador, ela apresenta como profissionais foram estratégicos após verem seus projetos serem negados. Cientes de suas capacidades, invés de se colocarem em uma posição de conformismo, eles decidiram empreender e tirar suas ideias do papel. Por isso, a pesquisadora reconhece que para as pessoas resilientes sempre há respostas diante de crises. 

Veja o que vamos abordar neste artigo:

 

Da física à psicologia: como surgiu esse termo?

O termo resiliência surgiu no século XIX, mais precisamente em 1807 com os estudos do físico britânico Thomas Young (1773-1829). A primeira referência à palavra ganhou um sentido de elasticidade, para explicar a ação de um material que sofreu uma interferência, mas de alguma forma retornou ao seu estado natural. Mais de 150 anos depois, a psicologia pegou emprestado o termo em suas pesquisas. 

O psicólogo norte-americano Norman Garmezy (1918-2009), expoente em pesquisas sobre o tema, se dedicou, na década de 1970, ao estudo de distúrbios desenvolvidos por pessoas expostas a eventos traumáticos, como estresse extremo e situação de risco social. O que despertou o interesse de Garmezy é que algumas crianças tiveram reações muito diferentes das esperadas, como se nem tivessem vivenciado tais situações. Para o pesquisador, existiam proteções que permitiram que essas crianças conseguissem se reestruturar mais facilmente. Segundo ele, esses recursos podem ser orientação, apoio familiar ou suporte institucional, que garante atendimento psicológico, por exemplo. O estudo foi divulgado, em 1971, no artigo Vulnerability research and the issue of primary prevention.

No Brasil, os primeiros estudos sobre resiliência chegaram também na década de 1970. A psicóloga Elisa Leão destaca, em sua tese, que as pesquisas sobre o tema na América Latina surgiram por uma perspectiva comunitária e mais social. Diferente dos Estados Unidos, que se dedicou inicialmente à análise comportamental e voltada ao indivíduo.

>> Leitura recomendada: Resiliência no trabalho: quando é indispensável e quando passa dos limites? 

O que é preciso para ter uma liderança resiliente?

A capacidade de desenvolver uma liderança resiliente é ainda mais imprescindível em tempos de crise, pois os gestores precisam tomar decisões estratégicas e ao mesmo tempo lidar com o aumento da pressão devido às fragilidades socioeconômicas que se acentuam. Felizmente, os estudos mostram que qualquer pessoa pode ser resiliente e essa conduta serve como uma ferramenta para proteger a própria saúde mental a partir da ressignificação das adversidades. 

O primeiro passo, portanto, é estar ciente dos cenários de crise. A psicóloga Lisete Barlach aponta, em sua dissertação, que uma das habilidades da resiliência é conseguir encarar a realidade sem jogar as inseguranças para debaixo do tapete. Para a pesquisadora, essa capacidade “possibilita ao indivíduo transcender a posição de vítima das circunstâncias e, de alguma forma, ‘extrair lições’ dos acontecimentos”.

Segundo um artigo da Harvard Business Review, de  2017, as três características da resiliência são:

  1. 1. Aceitação do momento presente – Sem rodeios, a pessoa consegue analisar de forma clara as circunstâncias e tomar decisões objetivas;
  2. 2. Crença profunda em valores que dão sentido à vida – Não há um distanciamento das crenças pessoais, uma vez que ignorar os próprios sentimentos enfraquece a autoconfiança;
  3. 3. Habilidade de improvisar – Capacidade de ser flexível e experimentar.
 

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Quais estratégias podem ser usadas pelos líderes além da resiliência? 

A rotina das equipes e gestores não precisa ser permeada por surpresas que exigem uma resposta emergencial. Para isso, o planejamento estratégico pode ajudar a sua empresa a vislumbrar possíveis obstáculos, melhorando o acompanhamento dos cenários e possibilitando uma tomada de decisão mais cautelosa. 

Além disso, outra ferramenta que pode ser utilizada pelos gestores é a vulnerabilidade na liderança. A prática olha as dificuldades pessoais e das equipes, permitindo que conforme os obstáculos sejam identificados, eles possam ser administrados e não haja um somatório de problemas que foram ignorados na tentativa de superá-los. 

Se você quer saber mais sobre vulnerabilidade na liderança, assista o nosso webinar abaixo:

De acordo com outro artigo da Harvard Business Review, publicado em 2017, uma pesquisa comandada pelos consultores britânicos Sarah Bond e Gillian Shapiro identificou que para 835 funcionários de empresas de diferentes setores da Grã-Bretanha, as atividades que mais consomem suas reservas de resiliência são:

  • Quando sou desafiado em assuntos profissionais;
  • Quando estou equilibrando meu dia a dia profissional com minhas responsabilidades fora do trabalho/com a família;
  • Quando a natureza do trabalho me afasta de minha zona de conforto;
  • Quando sinto que estou sendo criticado de maneira pessoal;
  • Quando a quantidade ou o ritmo de trabalho me fazem chegar ao meu limite;
  • Quando estou gerenciando relacionamentos/políticas difíceis no ambiente de trabalho.
 

Conforme Norman Garmezy descobriu na década de 1970, as pessoas precisam de proteções para serem resilientes. Por isso, não adianta apenas querer  desenvolver esse comportamento, é preciso identificar mecanismos que possam te auxiliar  a ser resiliente. Além disso, Elisete esclarece que quando cada pessoa alcança o próprio limite, surge o sofrimento. Isso demonstra que resiliência é uma capacidade esgotável quando não há apoio para superar os desafios. 

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Como aprimorar a liderança resiliente com as soft skills?

Como vimos acima, o ambiente influencia na liderança resiliente, conforme oportuniza formas de superar os desafios. Contudo, a psicóloga Elisa Leão apresenta, em sua tese, um compilado de soft skills que constroem a resiliência. Em um artigo, da Fast Company, hard skills são definidas como “o que você faz” e soft skills em “como você faz”, ou seja, competências comportamentais que auxiliam no aperfeiçoamento profissional. 

Então, para alcançar a habilidade de encarar a realidade, aumentar a criatividade e a inovação, gerenciar riscos e a capacidade de sair da zona de conforto basta aperfeiçoar as seguintes práticas: 

 

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Liderança resiliente: gerenciando com a mente e o coração

Com o aperfeiçoamento da resiliência, os gestores conseguem equilibrar a capacidade de serem objetivos e tomar decisões complexas com a inteligência emocional. Desta forma, as equipes são gerenciadas com empatia e eficiência. Por exemplo, liderar times em home office exige compreensão sobre a situação de cada colaborador, mas também a necessidade de manter o fluxo de trabalho nos trilhos para não acarretar maiores adversidades econômicas. 

Essa via de mão dupla pode ser menos conturbada quando conseguimos colocar em prática a razão e a emoção para proteger o desempenho da empresa, é o que indica um artigo, publicado este ano, pela Deloitte. Dentre os tópicos da publicação, destacamos os seguintes para a liderança resiliente em tempos de crise:

  • Se basear em fatos;
  • Definir prioridades no momento;
  • Saber o que não é negociável para a rentabilidade de clientes;
  • Centralizar a tomada de decisões;
  • Cultivar colaboradores engajados e clientes fiéis;
  • Colocar a missão da empresa em primeiro lugar;
  • Fortalecer a transformação digital;
  • Manter-se conectado às preocupações de clientes, equipes e comunidades locais.
 

As dicas que a Deloitte apresentou mostram que a liderança resiliente avalia com parcimônia onde se deve investir energia nos momentos de crise, menos é mais neste caso. Um gestor não consegue dar conta de todos os setores de uma empresa de forma eficaz, mas com foco e comunicação entre os pares há eficiência. Assim, as decisões são tomadas com maior assertividade. Outro ponto é relacionar constantemente o humano aos processos da empresa, pois o investimento em avanços tecnológicos precisa andar em conjunto a times dedicados e competentes para a organização se manter competitiva no mercado.

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Software de gestão para fortalecer a liderança resiliente

A transformação digital, as mudanças nas formas de trabalhar que experimentamos e as incertezas do Mundo VUCA exigem resiliência por parte de líderes e equipes para fazer o fluxo de trabalho continuar produtivo. Na primeira live do projeto Sua Carreira, organizado pelo jornal Estadão, as convidadas falam que a resiliência e a empatia são essenciais no mercado de trabalho que vive com as inseguranças da pandemia.

Para fortalecer essa habilidade, adote um software de gestão na sua empresa que possibilita a “visão do todo” do trabalho das equipes. Com o Runrun.it, você pode delegar tarefas, acompanhar o desenvolvimento de atividades, gerar métricas e relatórios de produtividade dos times. Com informações completas e centralizadas sobre as entregas realizadas, os gestores podem tomar decisões mais estratégicas sobre as equipes, além de evitar a microgestão, pois os líderes podem ter uma compreensão maior sobre a gestão do tempo de cada colaborador.

O uso da tecnologia em nuvem e das ferramentas SaaS (software as a service) para a automatização de tarefas burocráticas, é apontada por um artigo da Forbes como uma das tendências para 2021. O Runrun.it é uma plataforma brasileira no formato SaaS especializada na gestão e acompanhamento de tarefas, seja no trabalho híbrido, presencial, ou home office. Crie uma conta gratuita e teste agora: https://runrun.it 

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