FOBO

FOBO: quando a quantidade de opções atrapalha sua capacidade de decidir

O que você vai encontrar neste artigo sobre FOBO (Fear of a Better Option):

 

 O que é FOBO?

FOBO representa a expressão “Fear of a Better Option”, ou seja, “Medo de uma Opção Melhor”. O termo foi cunhado por Patrick J. Mcginnis, investidor e autor americano, também responsável pela criação do termo FOMO (Fear of Missing Out). 

Em entrevista ao The New York Times em 2018, Patrick afirmou: “FOBO, o termo irmão do FOMO, surgiu da minha experiência na Harvard Business School como estudante. (…) Nós estávamos cercados, vivendo em um mundo de “talvez”, paralisados com a perspectiva de nos comprometer por medo de escolher algo que não fosse a opção perfeita”. 

Essa situação descrita por Patrick tem se intensificado ao longo da última década. Especialmente porque o desenvolvimento tecnológico permitiu a popularização dos smartphones e das redes sociais, que mudaram a forma como tomamos decisões.

Ou seja, hoje temos fácil acesso a um número maior de opções e de informações sobre elas, o que nos deixa estagnados. A partir daí, algumas “siglas” surgiram para definir esses fenômenos comportamentais, como FOMO, JOMO (Joy of Missing Out) e FOBO, do qual já falamos acima e iremos nos aprofundar neste artigo. 

  • FOMO: “fear of missing out” – ansiedade causada pela impressão de que sempre há alguma coisa acontecendo em algum lugar e que você está de fora. Essa sensação geralmente é causada por postagens em redes sociais e pela internet em geral.
  • JOMO: “joy of missing out” – ao contrário do termo acima, prega a felicidade em não fazer parte de todos os acontecimentos e compartilhá-los nas redes sociais. 
  • FOBO: “fear of a better option” – dificuldade em tomar decisões, já que sempre parece existir uma opção melhor a ser escolhida.

O FOBO pode acontecer na sua vida profissional, quando, por exemplo, você gestor(a) precisa contratar um colaborador para o seu time, sendo necessário avaliar todos os candidatos para selecionar o melhor para o perfil da vaga. Antigamente teria 50 ou 60 currículos em mãos. Hoje, com o Linkedin, facilmente recebe perto de 1.000 inscrições. A insegurança quanto à escolha certa pode ser tão agonizante, que te impedirá de fazer qualquer escolha. Em sua cabeça, talvez exista alguém ainda mais qualificado para o emprego, que você não prestou atenção ou que nem mesmo se candidatou. 

Mas esse comportamento não se restringe apenas ao ambiente de trabalho. Uma ação cotidiana, como escolher uma refeição através de um aplicativo, pode levar mais tempo que o esperado e existe a possibilidade de você ficar insatisfeito, ao pensar que poderia ter escolhido outra opção mais apetitosa.

O FOBO, portanto, é fomentado pelo “se”: “se eu tivesse escolhido sushi em vez de pizza seria mais gostoso?”, “se eu tivesse escolhido o filme A em vez do filme B teria me divertido mais?” ou “contratei o fornecedor X, será que o Y teria sido mais eficiente?”. 

Essa espiral de decisões pode ter um efeito paralisante. Se você rever todas as suas escolhas nessa perspectiva de que há sempre algo melhor lá fora, vai acabar se arrependendo. E, pior: prejudicar as próximas decisões. Na História não existe “se” – “se Hitler não tivesse criado campos de concentração…”, “se os europeus não tivessem assolado as civilizações ameríndias…”. Cada ação tem suas consequências e não pode ser desfeita. O “se”, portanto, não deve fazer parte da sua história pessoal e profissional.

Sintomas do FOBO

Arrependimentos e paralisia para tomar decisões são indícios de que você está sofrendo de FOBO. Porém, há outros sintomas que indicam que você pode estar sendo afetado por esse fenômeno:

  • Recusar as opções à sua frente;
  • Se colocar em primeiro lugar, sem levar outras pessoas em consideração;
  • Ficar aguardando até que tenha tantas opções quanto possível antes de seguir em frente;
  • Viver no “talvez” e operando a vida na certeza de que “em algum momento eu vou voltar para isso”;
  • Desaparecer quando é hora de finalizar planos,
  • Cancelar no último minuto, por preferir uma outra opção melhor.

Se você se identificou com esses comportamentos, já deve ter observado que ele pode afetar a confiança que as pessoas têm na sua capacidade de fazer escolhas. E isso é ainda pior quando você possui uma posição de liderança e precisa pensar em estratégias, inspirar a equipe e ter uma boa visão do futuro.

Inovação: os problemas da estagnação X medo de inovar

Ter visão de futuro é uma qualidade de um bom gestor e incluir a inovação no seu radar é fundamental para se manter atualizado e acompanhando as mudanças que ocorrem à sua volta. Um estudo da Mckinsey estima que até 2030, 375 milhões de trabalhadores globais e mais de 30% da força total de trabalho dos Estados Unidos precisarão mudar de trabalho ou melhorar suas habilidades de maneira significante, por conta das inovações e automações do mercado de trabalho.

Dessa forma, ser capaz de inovar será fundamental para o futuro do seu trabalho. A pergunta que não quer calar: como conseguir escolher o melhor caminho para inovar quando se tem FOBO na hora de tomar uma decisão?

Essa situação pode gerar dois cenários prejudiciais para a empresa: a estagnação – já que você não consegue escolher um caminho – ou o medo de inovar, que resulta em esforço zero para mudar os resultados.

Dicas para mudar

Insira em seu planejamento de longo prazo a meta de incluir inovação na sua gestão de processos. Para começar, você precisa revisar o seu fluxo, entender quais são os processos que o compõem, quais são os gargalos e, assim, rever o que pode ser automatizado. A partir daí, mapear seus problemas e entender melhor suas necessidades.

Agora que você já sabe qual é a sua dor, chegou a hora de buscar uma solução viável. Para evitar que você fique perdido em um mar de possibilidades (FOBO), consulte pessoas com expertise no assunto e determine um prazo para tomar essa decisão.

>> Leitura recomendada: Que tipo de inovação você quer (ou pode ter) em sua empresa?

O jeito de trabalhar mudou: entenda o novo mindset

Uma coisa é certa: para inovar no seu modo de trabalhar e de gerenciar uma equipe, você precisa entender o novo mindset, os caminhos possíveis e a solução que melhor se encaixa nas suas necessidades. Para se aprofundar no tema, assista ao webinar abaixo:

Como tomar as melhores decisões no trabalho

Nós preparamos 5 dicas que podem te ajudar nos momentos de tomada de decisão, para que você faça isso de forma mais assertiva, especialmente se você tem um cargo responsável por fazer muitas escolhas. Não podemos te garantir que você vai acertar sempre, porém podemos te ajudar a ficar mais confortável com suas decisões.

1. Desconstrua a ideia de que existe uma escolha perfeita

Sim, estamos querendo dizer exatamente o que você está lendo: não existe opção perfeita e aceitar isso é o primeiro passo para fazer uma boa escolha. Quando estabelecemos um padrão muito alto, ou criamos muita expectativa, as chances de se decepcionar são grandes.

Portanto, a partir do momento que você precisa tomar uma decisão que vai influenciar na gestão dos seus colaboradores, ou da sua empresa como um todo, escolha o que se encaixa melhor no contexto, entenda suas limitações e as variáveis que você não pode controlar.

2. Não escolher não é uma opção

Como falamos acima, o FOBO pode te paralisar a ponto de você abrir mão de fazer uma escolha por acreditar que não conseguirá encontrar a opção perfeita em um mar de opções. O ponto-chave é: um líder não pode fazer isso no trabalho. Se você não tomar suas próprias decisões, alguém o fará por você e o resultado pode ser uma grande dor de cabeça.

3. Determine uma data limite para a decisão final

Essa é a dica mais prática. Determine quanto tempo ( pode ser 2 horas, 3 dias, 2 semanas ou 1 mês) para que você faça uma escolha. O importante é que esse período seja compatível com suas demandas no trabalho e que você realmente respeite os prazos que acordados com si mesmo.

4. Considere os pontos de vista dos membros da sua equipe

Ninguém acha que tomar sozinho uma decisão importante é uma coisa fácil. Portanto, confie na sua equipe: exponha o cenário, os objetivos, as preocupações e deixe que o time participe do processo de tomada de decisão.

Muitas vezes, os que são capazes de se distanciar do problema e enxergar as coisas por outra perspectiva podem oferecer insights interessantes, clareando um pouco a sua mente e, até mesmo, reduzindo algumas opções.

>> Leitura recomendada: Projeto Aristóteles: o Google revelou o segredo do trabalho em equipe

5. Saiba lidar com as consequências das suas escolhas

No primeiro tópico, falamos que existem variáveis que não podem ser controladas. O que não significa que você não possa estar preparado para as possíveis consequências de suas escolhas. Use a sua experiência em gestão a seu favor nesses momentos, e esteja preparado para fazer ajustes ou, até mesmo, um possível gerenciamento de crise.

>> Leitura recomendada: 7 CEOs traçam estratégias de crescimento para gestão de empresas

Problemas como FOBO? Resolva com o Runrun.it!

O FOBO é um fenômeno que pode afetar severamente a sua capacidade de tomar decisões no trabalho. Porém, existem algumas atitudes que você pode tomar para evitar que isso aconteça e que ainda contribuem para te incluir em um cenário de inovação. Adotar o Runrun.it em suas rotinas é uma delas. Em uma mesma plataforma, você vai conseguir ter uma visão completa de tudo que acontece na empresa, das métricas e relatórios gerenciais que são fundamentais para que você faça escolhas conscientes e baseadas em dados. Comece agora: https://runrun.it

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