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A importância do reskilling e da aprendizagem contínua no trabalho

No cenário atual, em que constantes avanços tecnológicos têm automatizado as rotinas de trabalho – seja em parte ou completamente -, muitas das competências que conhecemos hoje podem se tornar obsoletas no futuro. E, num curto espaço de tempo, é quase certo que muitos cargos vão sofrer mudanças profundas ou até mesmo deixar de existir. Por isso, o profissional que quiser continuar relevante no mercado de trabalho nos próximos anos deve pensar em adotar o reskilling, que nada mais é do que  aprendizado e aquisição constante de novas habilidades. 

Veja o que você vai encontrar nesse artigo sobre reskilling e cultura de aprendizagem contínua:

 

O que é reskilling?

O termo vem do inglês: skill que significa habilidade, capacidade ou perícia; portanto, reskilling é a recapacitação – processo de adquirir novas habilidades para executar trabalhos e funções diferentes. 

Hoje em dia, cada vez mais as pessoas estão ansiosas para aprender coisas novas no trabalho. Segundo pesquisa da PwC, 84% da força de trabalho deseja aprender novas habilidades, seja com seus gestores ou em cursos e treinamentos oferecidos pela empresa. Segundo um artigo da Quartz, empresas como Walmart, Amazon, JPMorgan Chase e a própria PwC já começaram a lançar novos programas de treinamento para capacitar seus funcionários em termos de novas habilidades digitais fundamentais para suas carreiras. E, nos próximos 18 meses, espera-se que mais empresas da Fortune 500 comecem a adotar programas de capacitação.

No entanto, para que isso aconteça, não basta que a empresa forneça cursos e treinamentos específicos – a demanda por conhecimento também tem que partir dos trabalhadores. Trata-se, assim, de uma via de mão dupla e é importante que os funcionários também saibam o que precisam na hora de conversar com as lideranças sobre qualificação e aprendizado de novos recursos no trabalho. Por isso, listamos três principais questões para entender melhor quais habilidades são importantes para você e para empresa, e como realizar um treinamento de qualidade.

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1. Quais são as habilidades mais relevantes?

A última coisa que você (ou seu chefe) deve querer é que você perca tempo aprendendo coisas que não são relevantes para seu trabalho ou seus objetivos de carreira. Programas eficazes de aprimoramento ajudam a identificar lacunas em seus conhecimentos pessoais e conjuntos de habilidades, para que você possa  concentrar esforços nas áreas que realmente precisam. Afinal, saber onde se concentrar e ter um plano personalizado será muito mais útil para você e para a empresa.

Também vale a pena investigar quais habilidades sua empresa mais precisa. A AT&T, por exemplo, uma companhia de telecomunicações norte-americana, realizou uma pesquisa que mostrou que apenas metade dos seus funcionários possuía as habilidades necessárias para desenvolver as atividades necessárias na empresa. Além disso, a pesquisa apontou que cerca de 100.000 funcionários estavam em postos de trabalhos relacionados a funções que provavelmente não existirão mais na próxima década.

Segundo Bill Blase, vice-presidente de recursos humanos da AT&T, em vez de contratar novo pessoal qualificado, a empresa optou por investir em programas de treinamento para “recapacitar a força de trabalho existente, de forma que eles sejam competentes nas tecnologias e nas habilidades necessárias para conduzir os negócios daqui para frente”. 

2. Como usar o que aprendeu no dia a dia do trabalho?

“Você já sentiu que participou de um cursou, uma palestra ou conferência que foram ótimos mas, no dia a dia, acabou não aplicando o que aprendeu, seja por falta de oportunidade ou interesse das lideranças em mudar a forma de trabalhar? Por mais interessantes que pareçam, quando novas habilidades não são imediatamente úteis ou relevantes para a empresa, é provável que você acabe não aplicando e até esquecendo o que aprendeu com o passar do tempo. 

Por isso, é melhor que você possa começar a aplicar seu aprendizado logo de imediato. Antes de investir tempo em um curso ou em alguma outra forma de aperfeiçoamento profissional, pergunte a si mesmo e ao seu empregador: “onde e como aplicarei essas novas habilidades?”. Isso também ajuda a empresa a obter o retorno do investimento que está fazendo com o  seu reskilling.

Verifique, junto a sua empresa, se existem projetos especiais nos quais você possa participar  e que permitem usar suas novas habilidades ou, ainda, se os líderes estão abertos a permitir que você mude a maneira como você faz seu trabalho. 

3. Quanto tempo você terá para se dedicar ao reskilling?

Muitas vezes,   encontrar tempo para aprendizado e desenvolvimento pode parecer quase impossível, justamente por conta do alto volume de trabalho. As empresas com programas de qualificação mais bem-sucedidos tendem a reconhecer isso. É importante que os gestores reservem tempo para que sua equipe se dedique ao reskilling dentro do período de trabalho e ajude a proteger esse tempo, mesmo quando os prazos estiverem mais apertados.

Esse é também um indicador de que empresa na qual você trabalha leva a sério o aprendizado: os líderes não só incentivam e defendem ativamente que o corpo de funcionários esteja sempre aprimorando seus conhecimentos como eles próprios reservam tempo em sua rotina para o estudo. Isso demonstra que a empresa está realmente comprometida em dar às pessoas espaço para aprender e experimentar coisas novas – e a liberdade de usar o tempo no trabalho para fazê-lo.

Cultura de aprendizagem contínua é essencial para o reskilling

O reskilling não é algo que ocorre da noite para o dia. As empresas podem levar de 6 a 9 meses (às vezes, até mais) para começar a ver os resultados de um programa abrangente de aprimoramento. Além disso, não é algo feito de uma só vez, mas que deve fazer parte de uma cultura interna de aprendizagem contínua, um conjunto de práticas e ações realizadas dentro da empresa para desenvolver o potencial dos colaboradores, de forma que eles estejam sempre aprendendo coisas novas, aprimorando suas habilidades e compartilhando conhecimento entre si. 

A base de uma cultura de aprendizagem contínua deve ser sempre o interesse e a vontade em continuar se aprimorando e aprendendo coisas novas à medida que a tecnologia e outros fatores se modificam. Assim, além de se  manter atualizado e relevante nas áreas nas quais você atua, você também dá a si mesmo opções se quiser ou precisar assumir outras funções ao longo de sua carreira. 

A seguir, veja algumas dicas de como continuar aprendendo coisas novas e aprimorando suas habilidades ao longo da vida:

 

Sabemos que organizações que promovem a cultura de aprendizagem maximizam não só o seu próprio potencial, como também o das pessoas que a compõem. Mas, embora muitos líderes entendam a importância do reskilling para os colaboradores, nem todos sabem exatamente por onde começar.

São várias as medidas e ações que as empresas podem adotar para que suas equipes estejam em processo de constante aprendizado, dentro e fora da empresa. Aqui vão algumas ideias:

  • Bolsas de estudos: Implementar um programa de bolsas de estudos, custeando parte do curso superior ou da especialização dos colaboradores. Isso permite não só que as pessoas evoluam de cargos júniors a plenos e seniores, como também que aqueles que se interessam por outras áreas possam aprender novas habilidades e sejam realocadas dentro da empresa. 
  • Eventos: Inscreva pessoas da sua equipe em seminários, conferências e eventos que possam trazer novos conhecimentos e aprendizados para dentro da sua área, conforme os interesses de cada um. Depois do evento, separe um tempo para que eles possam contar aos colegas sobre as palestras que viram e o que aprenderam de novo lá. 
  • Tech talks: Agende rodas de conversa ou reuniões nas quais um dos membros da equipe possa ensinar aos outros algum conhecimento que ele domina mais e os demais nem tanto. Você pode fazer isso com alguma periodicidade, como a cada 15 dias, de forma que todo mundo possa participar como “palestrante”.
  • Crie duplas de mentoria reversa: um colaborador mais jovem pode trabalhar em conjunto com um colega mais velho, ajudando-o em com coisas que as novas gerações estão/são mais familiarizadas como novas tecnologia, ferramentas digitais, redes sociais etc.  
  • Biblioteca: crie uma pequena biblioteca e incentive todos a doar algum livro para que fique à disposição para empréstimo. 
 

Promova o reskilling e o aprendizado contínuo no dia a dia da empresa

Uma verdadeira cultura de aprendizagem deve transparecer no dia a dia da empresa – e isso pode começar com ações simples, como incentivar todos na sua equipe a se ajudarem mutuamente e a dividirem o conhecimento de maneira orgânica. Para isso, você pode oferecer ferramentas que facilitem a comunicação e o compartilhamento de informações, como o Runrun.it

Na plataforma, é possível estruturar o seu fluxo de trabalho de forma simples e visual, o que torna mais fácil o entendimento da equipe de qual é o impacto do trabalho de cada um no todo. Isso aumenta o sentimento de pertencimento e favorece a comunicação transparente. Então, se você quer implementar uma cultura de aprendizagem e compartilhamento da informação dentro da sua empresa, esse é um bom começo. Cria agora um conta grátis: https://runrun.it

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