OKR na prática

Saiba como vencer o gap entre estratégia e execução aplicando o OKR na prática

O OKR na prática é uma metodologia ágil que deixa todos os colaboradores na mesma página ao definir metas estratégicas para o seu negócio. O método traz vários benefícios e é adotado por corporações de diferentes portes, que vão desde gigantes como Google a startups iniciantes. 

Mesmo com uma vasta literatura, algumas dúvidas podem surgir na hora de aplicar essa metodologia pela primeira vez. Por isso, o nosso CEO e co-founder, Antonio Carlos Soares e a CPO da GhFlyNetwork, Souzanne Dupont, conversaram em um webinar sobre como adotar o OKR na prática. 

Então, se você tem vontade de utilizar essa metodologia na sua empresa, mas ainda tem dúvidas de como aplicar na prática, separamos alguns trechos dessa conversa que podem te ajudar nesse desafio. Neste artigo, você vai encontrar:

 

Para assistir o webinar completo, basta dar o play:

OKR na prática: como implementar na sua empresa?

A metodologia foi criada por Andrew Grove, presidente da Intel na década de 70, como uma estratégia de gestão que desse conta dos avanços tecnológicos e inovações do mercado da época. Em resumo, o OKR (Objectives and Key Results) é um sistema simples para criar alinhamento e engajamento em torno de metas mensuráveis e dinâmicas.

Um dos principais benefícios do OKR na prática é que os colaboradores conhecem de forma clara os objetivos da empresa e, por isso, conseguem trabalhar em cima de metas que a organização almeja atingir. Esse processo, no entanto, não é unilateral, ou seja, os funcionários podem também criar objetivos individuais que estejam alinhados às metas macro da instituição.

Souzanne explica que a GhFlyNetwork estava ciente das vantagens, mas também sabia que a metodologia não é aplicada da noite para o dia. Por isso, a empresa trilhou um caminho de compartilhamento de conhecimento e engajamento, que correspondeu às seguintes ações:

  1. 1. Workshops sobre a metodologia com os gestores; 
  2. 2. Contato de líderes e colaboradores acompanhado para dar suporte à gestão e tirar dúvidas das equipes já nos primeiros contatos com a metodologia; 
  3. 3. Construção colaborativa de Key Results (KR);
  4. 4. Transparência no processo de implementação.
 

Um dos métodos que Souzanne destaca foi a construção de um grupo de trabalho constituído por pessoas de diferentes áreas que estudaram a metodologia e passaram a fazer um movimento de change management, que possibilitou uma recepção mais harmoniosa do OKR na prática. Segundo a CPO “É importante ter a informação do que acontece na base da organização, ou seja, o que as pessoas estão falando sobre isso, como está sendo, quais as dúvidas que elas têm”.

Outras dicas para implementar o OKR na prática da sua empresa são:

  1. 1. O objetivo macro é qualitativo e servem para a empresa inteira;
  2. 2. Discuta os Key Results (KRs) quantitativos;
  3. 3. Revise periodicamente os KRs de forma participativa;
  4. 4. Defina  de 3 a 5 (O), 3 a 5 (KR), por nível (empresa, área, pessoa);
  5. 5. Adote na sua empresa o conceito Moonshots (mirar na lua), que está relacionado à inovação e à busca de soluções disruptivas dentro de uma realidade.
 

Para adotar o OKR na prática, é preciso que a sua empresa tenha em mente que a cultura organizacional pode passar por mudanças. Além disso, alguns colaboradores podem estar reativos à metodologia, muito porque ela tira as pessoas de suas zonas de conforto. 

Para tornar esse momento mais harmonioso, Souzanne aconselha a não se guiar por modelos prontos, mas sim conhecer a realidade da sua organização. “O Google faz assim, então, vou fazer também. Não necessariamente faz sentido para a sua realidade. Você tem que realmente entender a cultura da sua empresa, onde você quer chegar e de onde você está partindo”.

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Como definir Objetivo e Key Results?

Além dos conselhos de Souzanne Dupont para implementar o OKR na prática da sua empresa, existem alguns métodos para estruturar os Key Results das equipes, o conjunto de indicadores de desempenho e métricas que medem o progresso do objetivo estabelecido. 

Dentre os método para a criação de objetivos de forma assertiva, há o SMART. A ferramenta foi criada por Peter Drucker, considerado um dos teóricos mais importantes para a Administração moderna. O acrônimo de Specific (específico), Measurable (mensurável), Attainable (alcançável), Relevant (relevante) e Timely (prazo) ajuda a estruturar os objetivos mais consistentes, pois olha os pontos importante para você criar suas metas, sendo eles: 

  • Specific: É imprescindível para o entendimento que o objetivo seja claro e específico.
  • Measurable: É importante definir números para a sua meta, pois cria ferramentas para os colaboradores avaliarem o desempenho.
  • Attainable: Defina objetivos que sejam alcançados com os recursos que a sua empresa disponíveis e que ao mesmo tempo motivem seus colaboradores.
  • Relevant: As metas precisam ter significado e propósito para os colaboradores e empresa.
  • Timely: Defina um cronograma realista para atingir a meta estabelecida.
 

O ideal é relacionar o método SMART com a realidade da sua empresa e aproveitar uma das vantagens do OKR que é a colaboração dos colaboradores para estabelecer os objetivos nos quais as equipes vão seguir. Para Souzanne, dar oportunidade para os times dizerem como vão alcançar os resultados é fundamental para o clima organizacional: “A metodologia se mostra muito mais eficaz com o estilo de gestão que é necessário hoje nas organizações, pois o OKR é colaborativo, promove a inovação, a proximidade com o cliente e com os gestores”, enfatiza.

Essa colaboração que proporciona protagonismo à atuação dos colaboradores também é possível por conta da gestão Bottom Up (de baixo para cima) que o OKR promove na prática. Enquanto as metodologias tradicionais estipulam que os diretores vão planejar os objetivos, seguindo o modelo Top Down (de cima para baixo) sem o envolvimento dos colaboradores. O OKR na prática permite que 40% das metas sejam definidas pela alta administração e 60% pelos demais profissionais da organização.

Souzanne explica o OKR na prática da GhFlyNetwork. Segundo ela, a empresa tem três objetivos estratégicos: aumentar a receita, encantar os clientes e garantir os talentos incríveis. “Diante desses objetivos, os gestores nos ajudam a atingir esses três objetivos estratégicos do ponto de vista das áreas”, esclarece. 

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Exemplos de OKR na prática

Para te ajudar a levar o OKR para a sua empresa, nós separamos alguns exemplos objetivos que podem te guiar nesse primeiro momento. De qualquer forma, é importante lembrar que as metas podem sofrer alterações quando ocorrem mudanças drásticas, como as transformações causadas pela pandemia da COVID-19, por exemplo. Afinal, o OKR na prática busca melhorar o seu fluxo de trabalho de forma maleável e se adaptar a diferentes contextos.

OKR na prática de Marketing

  • (O) – Aumentar a geração de leads;
  • (KR) – Publicar seis novos materiais de alta performance;
  • (KR) – Fazer três ações de co-marketing;
  • (KR) – Aumentar x serviços pagos para y com a mesma verba;
  • (KR) – Gerar uma lista com 1000 alvos nas personas Gold;
  • (KR) – Conseguir 10 menções e três matérias de releases.
 

Como você pode perceber, o Objetivo direciona os colaboradores da área sobre o que a empresa entende ser mais importante no momento, ou seja, atrair leads. Com essa informação, a equipe pode construir colaborativamente quais ações são necessários para atingir a Objetivo estabelecido.

Veja que todas as Key Results têm números. Isso acontece para orientar os colaboradores sobre como está o seu desempenho. Afinal, se eles não tiverem uma métrica que informe qual é o resultado esperado podem se sentir perdidos.  

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OKR na prática de Vendas

  • (O) – Melhorar a taxa de conversão;
  • (KR) – Reduzir o response time de X para Y;
  • (KR) – Atingir x% de contact-rate;
  • (KR) – Ter ZERO personas gold não tratadas;
  • (KR) – Realizar seis treinamentos de concorrentes;
  • (KR) – Implementar premiação semanal.
 

Observe neste exemplo que os OKRs são bastante sucintos e diretos. Isso porque, você precisa fornecer somente as informações essenciais e não deixar dúvida sobre o que deve ser feito. Na hora de criar os Key Results, sempre prefira uma linguagem simples a frases rebuscadas. Mesmo se você montá-los em uma reunião com toda a equipe colaborando, pense que se uma nova pessoa entrar no time, a informação precisa estar clara pra ela também.

OKR na prática de Produto

  • (O) – Melhorar o entendimento do principal Job to be done (JTBD);
  • (KR) – Visitar X clientes;
  • (KR) – Entrevistar X prospects da persona Y;
  • (KR) – Realizar X experimentos em baixa resolução;
  • (KR) – Analisar X sessões gravadas no Hotjar (empresa de análise de comportamento de sites institucionais);
  • (KR) – Colher feedback de Customer Experience (CX) e Vendas.
 

OKR na prática de TI

  • (O) – Aumentar a percepção do produto como premium;
  • (KR) – Atingir X% de uptime;
  • (KR) – Reduzir bugs críticos em produção para X;
  • (KR) – Aumentar a cobertura de testes para X%;
  • (KR) – Investir 10% do tempo da equipe em Bugs;
  • (KR) – Ter um tech-talk de test-driven development.
 

OKR na prática do Administrativo

  • (O) – Melhorar a qualidade do ambiente de trabalho;
  • (KR) – Implementar avaliação 360 graus;
  • (KR) – Apresentar 10 ideias de endomarketing;
  • (KR) – Aumentar nota do Glassdoor para X;
  • (KR) – Atingir nota X na pesquisa de clima interno.
 

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Adote o OKR na prática com um software de gestão

Os Key Results que a sua equipe vai definir é repleto de tarefas que unidas alcançam a meta estabelecida. E fazer essa gestão das tarefas de forma precisa pode ser um desafio quando não se conta com um software de gestão. Com o Runrun.it, os líderes conseguem ter a visão do todo, saberem quais atividades já foram concluídas e quais podem atrasar. A ferramenta ainda desburocratiza a rotina das equipes, permitindo que elas foquem na parte criativa do trabalho e gerem mais valor para a empresa. Crie sua conta grátis e faça o teste: http://runrun.it

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