comunicação no trabalho em equipe

Os pilares da comunicação no trabalho em equipe

Quase todo mundo, de vez em quando, fica com a língua presa. Sendo mais objetiva: a comunicação é definitivamente uma habilidade que qualquer profissional deveria procurar melhorar. Especialmente líderes, que dependem de uma comunicação no trabalho em equipe afiada para transmitir segurança em vez de ameaça e encorajar os demais a se expressarem com honestidade.

Skip Weisman, um especialista em comunicação corporativa, divide as interações verbais em três categorias: Diálogo interior, Tête-à-tête e Em grupo. Segundo ele, um profissional pode se destacar em todas essas áreas, desde que domine cinco habilidades. A seguir, explicamos detalhadamente os pilares dessa teoria.

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– Categorias –

1. Diálogo Interior

Como você deve imaginar, é o que ocorre durante todo o dia, aquela conversa consigo mesmo, às vezes identificada como a própria consciência. O que você talvez não perceba é que seu diálogo interior reflete diretamente nas suas atitudes.

“A autocomunicação é a responsável pelo nível de autoestima e autoconfiança da pessoa durante uma conversa, o que pode ser determinante para o sucesso de todos os nossos esforços”, explica Weisman.

E sabe a procrastinação, a mania de adiar ad eternum? Ela muitas vezes é resultado de uma autocomunicação negativa, isto é, quando a pessoa não consegue convencer a si própria da importância de realizar algo, pontua o especialista.

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2. Tête-à-tête

Popularmente conhecida como a conversa cara a cara, a comunicação tête-à-tête (expressão de origem francesa com o mesmo sentido) é o que está por trás do desenvolvimento de confiança mútua entre as pessoas.

O segredo desse tipo de comunicação não poderia ser outro senão ambos os falantes se certificarem de que são também ouvintes, portanto, que existe uma conversa de duas vias, em que ambos falam e ambos escutam, cada um no seu tempo.

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3. Em grupo

Para alguns, falar em público flui naturalmente. Quem são esses alguns, você pode estar se perguntando, com frio na barriga só de se imaginar tendo de ser eloquente para uma plateia de olhares atentos.

Se é assim mesmo que você se sente, sabe melhor do que ninguém que quando o assunto é falar em reuniões ou apresentar uma nova ideia para parceiros, a capacidade de se comunicar de forma concisa a um grupo de pessoas é crucial.

Aliás, das três categorias, a capacidade de falar em público é a que mais influencia a carreira de uma pessoa, diz Weisman.

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– Habilidades –

1. Comunicação com especificidade

Uma boa comunicação no trabalho em equipe, ou cara a cara, é específica, para que a outra parte não tenha dúvidas do que foi dito. “Se, ao terminar uma conversa, você suspeita que a outra pessoa acredita em telepatia ou em adivinhação, e que conseguiu se comunicar com você dessa forma, então você foi vítima da falta de especificidade”, brinca Weisman.

Uma maneira de corrigir isso no escritório é evitar expressões preguiçosas e vagas como “o mais rápido possível”. Esse tipo de frase é frequentemente usado quando não queremos ser responsabilizados pelo que foi discutido, e queremos espaço de manobra.

2. Comunicação que indica o comportamento desejável

Recapitulando sua infância, não é verdade que você frequentemente ouvia o que não devia fazer? Pois a consequência é que acabamos reproduzindo esse hábito em nossa comunicação. Bons comunicadores não têm o hábito de dizer aos outros o que não querem que façam. Em vez disso, enfatizam as coisas positivas que desejam que aconteça.

3. Comunicação com rapidez, quando há urgência

Dominar a habilidade da prontidão pode ser um desafio, uma vez que procrastinar e adiar as conversas difíceis no trabalho é um costume. Weisman chega ao ponto de chamá-lo “epidemia”. A orientação nesse caso é se envolver numa discussão sobre um certo incidente em até 48 horas para sua realização. Ou seja, comece a discutir a respeito do problema em questão pelo dois dias antes do prazo para sua solução.

4. Comunicação com atenção focalizada

Weisman diz que esta é mais uma decisão do que uma habilidade. Tudo se resume a decidir que a outra parte e suas opiniões são importantes a ponto de você decide escutar. “A concentração é sempre uma escolha nossa, e temos a oportunidade de tomar essa decisão cada vez que estamos diante de alguém que deseja se comunicar conosco.”

Interessante notar que a comunicação atenta também está ligada à linguagem corporal. Sim, uma vez que fazer contato visual e controlar sua postura mostra que você está dando atenção plena ao seu interlocutor, pontua Weisman.

5. Comunicação com franqueza

“Tell it like it is”, ou simplesmente, “Diga a verdade”. Claro, o desafio está em fazê-lo com respeito. Sinceridade não é sinônimo de grosseria. Uma pessoa pode ser franca com relação a qualquer assunto, sem soar ofensiva. A chave é deixar a culpa, as emoções e as opiniões de fora da conversa, aconselha o especialista.

Em vez disso, baseie-se em comportamentos observáveis e fatos concretos. Dominar esta habilidade é vital porque é “a melhor maneira de construir relacionamentos de alta confiança, necessários para o sucesso pessoal e profissional”, reitera.

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Manterrupting: a prática sexista de interromper uma mulher

Por último, mas não menos importante: precisamos falar sobre como o sexismo interfere de forma negativa na comunicação. Não interromper o adversário é uma das regras de qualquer debate moderado, mas quem se lembra do primeiro debate entre os candidatos à presidência americana, percebeu que o comedimento foi deixado de lado. Em particular, pelo republicano Donald Trump. Segundo levantamento do Quartz, foram ao todo 51 interrupções feitas pelo candidato ao longo das falas de Hillary Clinton, contra 17 feitas por ela.

No mundo corporativo, a interrupção desnecessária feita por um homem quando uma mulher está falando é uma prática mais frequente do que, nós mulheres, gostaríamos – batizada com um neologismo, em inglês: “manterrupting”.

O termo surgiu com o artigo “Speaking while Female” (“Falando enquanto mulher”), publicado em 2015 no The New York Times por Sheryl Sandberg, chefe de operações do Facebook, e Adam Grant, professor da escola de negócios da Universidade da Pensilvânia. A dupla cita um estudo de psicólogos de Yale que mostra como senadoras americanas se pronunciam significativamente menos que seus colegas masculinos de posições inferiores.

“Nós dois vimos isso acontecer inúmeras vezes. Quando uma mulher fala num ambiente profissional, ela caminha na corda bamba. Ou ela mal é ouvida ou é considerada muito agressiva. Quando um homem diz exatamente a mesma coisa, seus colegas apreciam a boa ideia”, apontam.

O que há por trás de times que se dão bem?

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