diversidade cultural nas empresas

Como o estímulo à diversidade cultural pode resultar em mais criatividade para a sua empresa

Com o conceito de globalização cada vez mais disseminado e debates em alta sobre migração, a diversidade cultural entrou para valer na pauta do mundo atual. Mas o que talvez não seja muito debatido é o caráter criativo disso, de como a prática da aceitação nos abre para novas possibilidades, novas ideias. E é para ajudar você e seu time a se aprimorarem nesse sentido que falaremos sobre diversidade cultural nas empresas.

De acordo com este artigo da Harvard Business Review, para além dos aspectos sociais, políticos e morais, temos um belo motivo para abraçarmos o diferente: a possibilidade de nos tornarmos mais criativos. O texto é assinado por Tomas Chamorro-Premuzic, Professor de Psicologia do Negócio da College London University, e traz dicas e insights que você precisa conhecer.

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A diferença entre gerar e implementar ideias

Chamorro-Premuzic começa distinguindo os times responsáveis por criar e por implementar novas ideias. Remetendo a este estudo sobre “múltiplos efeitos da diversidade na criatividade de equipes” (em inglês), ele afirma que times mais culturalmente diversos tendem a ser mais criativos por conta do convívio (e da aceitação) “com pensamentos divergentes, o que leva à abertura para novas experiências e ideias”.

Por outro lado, os estudos apontam que a seleção e a implementação dessas ideias deve ficar a cargo de times mais homogêneos. “Isso ocorre porque, presumivelmente, a diversidade dificulta o consenso”, afirma o autor. O “pulo do gato” residiria, então, na formação dos seus times: maior diversidade naquele que vai propor novas ideias, e maior homogeneidade naquele que vai implantá-las.

Boa liderança é fundamental

Empresas que apostam na diversidade cultural devem estar conscientes de uma das consequências inevitáveis da “mistura”: os conflitos. Quando há pessoas de pensamentos e origens muito diferentes, é natural que entrem em rota de colisão de quando em quando.

No entanto, esses conflitos podem ser mitigados se os times forem efetivamente liderados. A liderança deve estimular o processo psicológico que permite que indivíduos deixem de lado as agendas individualistas em nome do benefício comum do time. Deve também articular a tensão natural entre a nossa vontade de sair na frente dos outros e a nossa necessidade de se dar bem com os outros.

No caso de empresas culturalmente diversas, isso é ainda mais válido. Porque será mais difícil que os membros do time vejam as coisas da perspectiva de outros membros. A empatia acaba dificultada, e o papel do líder deve ser o de mediar esses conflitos. Para saber mais, leia este artigo sobre líder transformador aqui do blog.

Diversidade em exagero pode ser um problema

De acordo com Tomas Chamorro-Premuzic, diversos estudos apontam para relações bem estreitas entre diversidade cultural nas empresas e criatividade. No entanto, evidências recentes sugerem que um grau moderado de diversidade é mais benéfico do que uma dose maior dela.

Ele se refere a outro estudo científico disponível no portal Science Direct, intitulado “O papel da diversidade funcional e demográfica na criatividade e a moderação de impacto resultante da incerteza de projetos” (em inglês).

A chave é a diversidade cultural nas empresas em nível profundo

Muitas discussões sobre diversidade cultural focam em variáveis demográficas (em que se pesam características de gênero, etnia e idade, por exemplo), conta Chamorro-Premuzic. Mas ele afirma que os aspectos mais interessantes e influentes da questão são psicológicos, também conhecidos como diversidade em nível profundo.

Com efeito, há muitas vantagens em focar na diversidade em nível profundo em contraposição aos fatores demográficos. Primeiramente, as questões psicológicas inerentes priorizam o indivíduo, “permitindo um entendimento muito mais granular e abrangente da diversidade”, conta Tomas Chamorro-Premuzic.

Em segundo lugar: independentemente de você focar em características pessoais, motivações e valores, ou mesmo a própria criatividade, o professor afirma que diferenças entre grupos “são triviais” quando comparadas a diferenças entre indivíduos – mesmo que esses indivíduos façam parte de um mesmo grupo.

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Compartilhar conhecimento também é chave

Mais para o final de sua análise sua análise, o professor da College London University afirma que não importa quão culturalmente diversa seja o time, a criatividade só será beneficiada se nele houver uma cultura de compartilhamento do conhecimento.

Chamorro-Premuzic cita estudos que mapearam as redes sociais de organizações e que encontraram níveis mais altos de criatividade em grupos mais interconectados. Isso é mais notável quando indivíduos criativos e intraempreendedores são um “nó central” nessas redes.

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Céticos podem e devem ser persuadidos

Concluindo, Tomas Chamorro-Premuzic reflete sobre aqueles que não acreditam na diversidade cultural nas empresas. Ele conta que, “diferentemente de coaching – que tende a beneficiar aqueles que precisam menos da prática – o treinamento para a diversidade é mais efetivo com indivíduos que são céticos em relação a ela”.

O grande desafio, claro, é o de garantir que quem é cético em relação à diversidade cultural de fato se engaje e participe desses programas. E aqui, conta ele, sua liderança é novamente indispensável.

A mesma ferramenta para diferentes culturas

Fomentar a diversidade cultural em uma empresa é apostar não apenas em um mundo mais justo e igualitário, mas é também aumentar o poder criativo da organização. Agora, seja qual for a composição do seu time, uma coisa é certa: o Runrun.it é seu braço direito na hora de engajar e aproximar todo mundo.

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