exaustão mental

Como evitar a exaustão mental no home office?

A exaustão mental é quando não conseguimos mais fazer com que a nossa mente relaxe e nem alcançamos a mesma produtividade que tínhamos antes da sensação de esgotamento mental. Esse cansaço não é um caso isolado, uma noite mal dormida ou um dia de trabalho que não rendeu muito. Pelo contrário, a exaustão mental passa a te acompanhar diariamente. O mais alarmante é que ela está a um passo de se transformar em Síndrome de Burnout, categorizada como doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – o distúrbio será incluído na classificação Internacional de Doenças (CID-11) a partir de janeiro de 2022.

Mesmo que ainda não esteja em vigor, o assunto tem ganhado cada vez mais espaço. Isso porque, com o isolamento social e o trabalho remoto as pessoas têm desenvolvido sintomas da exaustão mental com mais frequência. E não é para menos: o futuro se apresenta como incerto, há muita insegurança relacionada com a saúde de amigos e familiares, bem como o temor sobre a estabilidade no emprego e em relação à carreira profissional. Além disso, nem todos estão conseguindo estabelecer limites para o home office, fazendo com que o trabalho preencha cada vez mais tempo no dia, aumentando as chances de esgotamento mental por sobrecarga.

Para fazer com que esse período da pandemia se torne o menos desgastante possível, nós separamos algumas pesquisas e dicas que podem ajudar você e a sua empresa a adotar medidas que visem a melhora da saúde mental no home office. Veja quais são:

 

Como evitar a exaustão mental no home office?

Às vezes demora-se para compreender que podemos estar fisicamente descansados, mas mentalmente exaustos. Com o home office, as pessoas conseguiram excluir da rotina tarefas cansativas, como o transporte da casa para o trabalho e vice-versa. No entanto, isso não diminui o estresse. Segunda uma pesquisa nossa do Runrun.it sobre estresse e Síndrome de Burnout nas empresas, que ouviu mais 1.500 pessoas, 61% está se sentindo esgotado física e mentalmente após o expediente de trabalho.

Para especialistas ouvidos pela revista Gama, que lançou uma edição só sobre o tema, os principais motivos são as horas seguidas diante do computador e o acúmulo de responsabilidades, como as atividades domésticas que se somaram às tarefas diárias de trabalho. Porém, ainda há outros fatores para a exaustão mental, sendo eles má alimentação, falta de exercícios físicos, diminuição do sono e de momentos de lazer. Os maus hábitos comprometem a resistência do corpo e da mente, o que aumenta o desânimo e o estresse. 

A exaustão mental já afetava cerca de 30% dos brasileiros antes da pandemia. Acontece que agora as pessoas estão se sentindo exaustas por circunstâncias atípicas, mas que o impacto na saúde mental pode ser remediado com cuidados diários. Para isso, você pode adotar os seguintes hábitos:

  • Evite flutuações de horários para acertar o ritmo do seu relógio biológico;
  • Fazer pausas periódicas de 3 minutos a cada uma hora de trabalho;
  • Fazer exercícios como ginástica online;
  • Trocar doces, gorduras e industrializados por verduras, legumes, frutas e carnes magras;
  • Manter o contato com amigos e familiares, nem que seja por meio de chamadas de vídeo;
  • Bloquear a luz azul das telas com a ajuda de programas como o f.lux;
  • Se ainda sentir-se esgotado, busque um auxílio especializado.
 

Um levantamento, do Banco Original em conjunto com a consultoria 4CO, revelou que 57% das 695 pessoas ouvidas em abril de 2020 se sentem mais cansadas no home office. No entanto, para 78% o trabalho remoto poderia ser uma experiência melhor se não fosse pela pandemia. Portanto, é preciso ponderar que o momento é difícil por questões macro que não têm uma solução fácil e rápida, mas a forma como vamos lidar com esse momento para preservar o bem-estar pessoal está ao nosso alcance. 

>> Leitura recomendada: Mundo VUCA: como liderar em um mundo de incertezas

Porque as mulheres estão tão esgotadas no trabalho remoto?

Para falar sobre exaustão mental no home office, é preciso reconhecer, que em geral, as mulheres estão lidando com mais sobrecargas de trabalho. Um estudo da McKinsey sobre Mulheres no Local de Trabalho em 2020 apontou que com a pandemia a rotina de trabalho, cuidado de crianças e afazeres domésticos engoliu o tempo das mulheres de forma que as atividades não cabem em 24 horas. Para muitas a solução é se desligar das empresas, o que a longo prazo diminuirá ainda mais a presença de mulheres em cargos de liderança

Na avaliação do sociólogo Elton Corbanezi, em entrevista à revista Gama, mencionada anteriormente, o cansaço pode estar ligado a fatores culturais no caso das mulheres, pois elas são mais estimuladas a se responsabilizar por várias funções ao mesmo tempo independente do valor agregado à atividade. Em um artigo da Harvard Business Review, sobre como os homens podem deixar a rotina de suas colegas mulheres melhores, é aconselhado delegar tarefas de liderança com igualdade entre os colaboradores e observar quando atividades mais secundárias, como fazer a ata de uma reunião, não estão caindo só no colo das mulheres.

Além disso, o estudo da McKinsey, mostra que durante a pandemia as empresas devem rever suas metas de produtividade para avaliar se elas estão compatíveis com a realidade de suas colaboradoras que são mães sem penalizá-las de nenhuma forma. 

Além disso, Natália Mota, psiquiatra e neurocientista do Instituto do Cérebro, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em entrevista à Gama, adverte que a produtividade aumenta quando as pessoas conseguem manter atenção plena em uma atividade. Logo, para evitar retrabalho e garantir entregas de qualidade, a sua empresa deve equilibrar o fluxo de trabalho com as atuais capacidades das equipes.

Exaustão mental no trabalho: como as empresas podem ajudar?

A produtividade no trabalho remoto é o que justamente está deixando os colaboradores mais inseguros, é o que mostra a nossa pesquisa, citada acima, na qual 54% considera que não está conseguindo entregar projetos com qualidade. Enquanto isso, a sensação de satisfação no trabalho vem caindo. Desde julho, quando passamos a monitorar, a taxa diminuiu 29%, pulando de 80% para 51% em novembro. Esses fatores, exigem uma resposta ágil e transparente por parte das empresas, evitando que a exaustão mental faça parte da rotina das equipes. 

Neste momento, as empresas têm realizado pesquisas para identificar a realidade dos colaboradores dentro e fora da organização. De acordo com um relatório da Fundação Instituto de Administração (FIA), com 48 empresas do país, mostrou que, em abril de 2020, 66% realizavam algum tipo de pesquisa para entender o cenário de suas equipes e ofereciam ao menos uma das seguintes ações de cuidado na pandemia:

  • Atendimento pelo setor de recursos humanos (50%);
  • Atendimento com psicólogos da empresa (41%);
  • Material de apoio (43%) ;
  • Monitora a saúde mental e física por meio de pesquisas (39%);
  • Palestras (25%);
  • Treinamento aos líderes (20%);
  • Atendimento com psicólogos terceirizados (11%).
 

Aqui no Runrun.it, por exemplo, nós contamos com a parceria de uma  empresa de terapia online, o que possibilita acompanhamento psicológico a todos os colaboradores, palestras e momentos de meditação algumas vezes por semana.

Mesmo com a empresa oferecendo esses cuidados imprescindíveis, a liderança não deixa de ser menos importante. Pelo contrário, os gestores desempenham um papel significativo para melhorar o clima organizacional, o que pode diminuir as chances dos colaboradores estarem exaustos e desmotivados. Para isso, você pode ouvir mais sobre as percepções da equipe com a avaliação 360 graus.

O modelo de feedback permite que todos tenham espaço de escuta e fala, assim os colaboradores avaliam a si mesmo, a equipe e seus gestores. O método pode ser ainda mais relevante no trabalho a distância, como mostra outra pesquisa que realizamos sobre clima organizacional, na qual 54% dos 252 funcionários ouvidos gostariam de receber mais feedback. 

>> Leitura recomendada: Gestão consciente com Karen Hada, Diretora de Operações na F.biz

Liderança resiliente: gerenciando com a mente e o coração

Como vimos acima, os gestores que sempre foram essenciais para ajudar as equipes a superar os desafios, são ainda mais fundamentais para assegurar a produtividade e a saúde mental dos colaboradores. Para isso, a liderança resiliente está sendo cada vez mais utilizada nas empresas. Inclusive, ela é uma das tendências de mercado para 2021.

A liderança resiliente permite que mesmo diante de obstáculos as pessoas não deixem de ser otimistas e estratégicas. Essas são justamente as características essenciais para liderar na pandemia, como aponta um estudo da McKinsey. A consultoria aconselha que os gestores tenham um otimismo cauteloso (bounded optimism, em inglês). Isso significa que os líderes não devem deixar de lançar visões promissoras sobre o futuro, mas que elas precisam estar alinhadas à realidade. Justamente, porque não há soluções fáceis para os problemas difíceis da pandemia.

Inclusive, segundo a consultoria, lançar mão do otimismo sem ser realista pode piorar profundamente a situação, pois demonstra desconexão com o momento em cima de respostas rasas, o que diminui a confiança dos colaboradores no gestor. Por isso, a liderança resiliente se torna fundamental nesse momento, uma vez que as pessoas com essa habilidade conseguem aprender com os desafios e não deixar que eles abalem completamente as estruturas emocionais da equipe. De acordo com um artigo da Deloitte, as capacidades da liderança resiliente são:

  • Se basear em fatos;
  • Definir prioridades no momento;
  • Saber o que não é negociável para a rentabilidade de clientes;
  • Cultivar colaboradores engajados e clientes fiéis;
  • Colocar a missão da empresa em primeiro lugar;
  • Manter-se conectado às preocupações de clientes, equipes e comunidades locais.
 

Além de se manter resiliente, os líderes também podem adotar a comunicação não-violenta para ter diálogos mais transparentes e com empatia. Isso porque, o método permite uma autoreflexão sobre os sentimentos e melhora a comunicação com os demais a partir de quatro pilares:

  • Evitar julgamentos;
  • Reconhecer emoções desconfortáveis;
  • Identificar necessidades não atendidas;
  • Viabilizar a convivência.
 

Se você quer saber mais sobre comunicação não-violenta, assista ao webinar em que o nosso CEO, Antonio Carlos Soares, conversou com a facilitadora de diálogos Debora Gaudêncio sobre o assunto:

Como a automação nas empresas pode evitar a exaustão mental?

Neste artigo, nós apresentamos como as relações humanas podem evitar a exaustão mental nas equipes. Além de adotar essas práticas que são eficazes, automatizar os processos da sua empresa pode ser outra forma de diminuir a fadiga dos colaboradores. 

Isso porque, rotinas burocratizadas consomem um tempo importante dos times. Um estudo da Harvard Business Review confirma isso ao mostrar que os colaboradores gastam em média 41% do seu tempo concentrando-se em tarefas menos importantes. Para te ajudar a tornar a rotina da sua mais produtiva, você pode contar com um software de gestão como o Runrun.it. 

A plataforma de gestão de tarefas permite que os líderes acompanhem o fluxo de trabalho e saibam quanto tempo uma atividade necessita para ser concluída com qualidade, evitando a sobrecarga de trabalho e a microgestão, pois não dá aquela sensação de que o trabalho não está acontecendo. Dessa forma, os colaboradores podem trabalhar mais tranquilos sabendo que os gestores conseguem avaliar a produtividade por parâmetros realistas. Crie uma conta gratuita e teste agora: https://runrun.it

exaustão mental

Compartilhe!

Assine nossa news

Assine nossa newsletter para receber conteúdo exclusivo