Com desejo de empreender desde jovem, Leiza Oliveira começou sua história profissional como costureira. Quando ingressou no mercado de trabalho, em escolas de idiomas, já planejava ter seu próprio negócio. Em 2007, se uniu ao sócio Augusto Jimenez para abrir a Minds Idiomas, que agora conta com 70 unidades nas 5 regiões do país.
Na sala de aula, a proposta da empresa é promover debates – em inglês – sobre igualdade de gênero, a importância da qualidade de vida e temas relacionadas à sociedade. Atualmente, a empresa vive o desafio de transformar o negócio unindo mais tecnologia à didática tradicional, já que o ensino de idiomas agora tem ferramentas e apps gratuitos como concorrentes.
A conversa faz parte da série “Meu trabalho”, de entrevistas exclusivas para o blog do Runrun.it.
1. Como você define a Minds Idiomas?
A Minds Idiomas é muito mais que uma rede de escolas de inglês. O nosso intuito é fazer com que o aluno aprenda um novo idioma debatendo assuntos importantes para ele como indivíduo social. Ou seja, além de aprender inglês e adquirir fluência no idioma, o aluno amplia a sua visão de mundo.
2. Qual é o tamanho da sua equipe atualmente?
Hoje temos mais de 1.000 funcionários nas cinco regiões do país.
3. Como é a sua rotina de reuniões? São muitas por semana?
Faço de cinco a seis reuniões por semana, no máximo, com uma média de uma reunião por dia, na franqueadora e online com franqueados, e funcionários/parceiros.
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4. A empresa divide os colaboradores por equipe? São quantas?
Temos mais de 70 equipes, pois são mais de 70 escolas em todo o país e cada unidade tem três equipes fixas: Comercial/Marketing, Pedagógico e Administrativo.
5. Com mais de 1000 pessoas sob o seu guarda-chuva, qual é seu principal desafio?
Manter uma unidade. Quando se tem mais de 70 unidades manter uma mesma linguagem não é fácil. Logo, sempre tenho contato com os franqueados e promovo periodicamente encontros entres eles para que possamos trocar figurinhas e aderir novas ideias.
6. Como é o seu ambiente de trabalho?
Descontraído. É comprovado que a criatividade e a facilidade para captação de novos conteúdos acontecem de forma mais fácil em um ambiente leve e sem rigidez. Praticamos isso em todas as salas da Minds. Incluindo a minha sala.
7. Nesse ambiente descontraído, qual é sua principal dica ou atalho de produtividade?
Tomar decisões. A produtividade está ligada a objetivos de curto prazo. Estabeleça objetivos, tome a decisão de segui-los, seja firme nisso e colherá resultados.
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8. Quais as principais tendências de trabalho na área de ensino de idiomas?
Incluir tecnologia no aprendizado. Fizemos isso nas salas de aula e deu muito certo. Todo o conteúdo programático está no tablet do aluno, a lousa é touch-screen, temos um app para aprender mais fácil o inglês, usamos games para melhorar a pronúncia. Além disso, utilizamos jogos de tabuleiro e quadrinhos.
9. O que você diria para quem está empreendendo ou começando nessa área que (como outras) está em transformação?
O desafio do ramo de idiomas é mostrar que, mesmo com o advento da tecnologia, a união professor + online pode e já dá muito certo. Por mais que os apps e outras ferramentas online tenham facilitado a captação do inglês, a sinergia entre o olho no olho, a interação com pessoas e a internet é a tríade que faz a diferença no nicho de estudo.
10. Como sua rotina de trabalho mudou nos últimos 5 anos? E como você se vê em 5 anos?
Fui morar nos Estados Unidos para trazer novas tecnologias para as salas de aula. O meu sócio, Augusto Jimenez, ficou no país me atualizando sobre as inovações que estavam acontecendo aqui. Unimos tudo que conseguimos e implantamos este ano o curso 50/50 que consiste no aprendizado com fluência do inglês em 18 meses que pode ser feito 50% online e 50% presencial. Essa mudança também fez com que eu saísse da minha zona de conforto. Fui morar em outro país com os meus filhos e voltei neste ano.
Daqui cinco anos eu me vejo com 100 escolas Minds no Brasil!
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11. O que você fazia há 10 anos que não faz mais?
Há mais de uma década, o sistema de franquia deu um “boom” muito grande. O que foi positivo. Porém, com as mudanças dos últimos anos – políticas e econômicas -, esse “boom” teve uma moderação. Acompanhamos essa pressão e por isso abrimos no máximo 10 escolas por ano. A nossa expansão ficou mais estratégica. Mais alinhada com a situação real do país.
12. E o que é fundamental para equilibrar a vida profissional e pessoal?
Dormir 8 horas por noite, ler e ter principalmente os meus filhos perto de mim.
13. Para terminar, quais conselhos você daria ao seu ‘eu’ de 10 anos atrás?
Vai dar tudo certo; pratique humildade e a dissemine sempre essa prática a todos. Fiz isso e deu certo.
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