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Cronêmica: como a percepção do tempo afeta nossa comunicação

A percepção do tempo foi se alterando com o passar dos séculos, especialmente com o avanço das tecnologias digitais. Por isso, as horas do nosso dia podem ser consideradas um patrimônio, um ativo, um recurso ou mesmo uma moeda – talvez uma das mais valiosas. Pensando nisso, a cronêmica representa a relação e as formas com que o tempo afeta a nossa comunicação. Já parou para pensar nisso? 

Veja o que você vai encontrar nesse artigo sobre cronêmica:

 

Cronêmica: as sutilezas das relações interpessoais 

Se você parar para pensar sobre como o tempo afeta o nosso comportamento, vai perceber que existem alguns fatores sociais que condicionam a forma como entendemos os prazos e deadlines, ainda mais no ambiente de trabalho onde as hierarquias são melhor definidas. 

Por exemplo, todas as vezes que marcamos uma consulta, estamos acostumados com os atrasos dos médicos que podem ser justificados pela quantidade de pacientes do dia. Porém, quando nós nos atrasamos – sejam 10 ou 50 minutos – existem profissionais que não realizam o atendimento. Perceba que a mesma quantidade de tempo de atraso tem implicações diferentes, dependendo de quem estamos falando e quem  exerce mais poder na relação. 

Dessa forma, uma ligação se torna mais urgente do que um e-mail e uma mensagem por aplicativo que demora para ser respondida se torna um verdadeiro pesadelo na vida de quem está esperando uma resposta. No contexto de home office, no entanto, a importância que damos aos canais de comunicação aumenta, pois é ainda mais imprescindível que as mensagens enviada por colegas e gestores sejam respondidas para o fluxo de trabalho acontecer de forma harmoniosa, já que não podemos mais ir até as suas mesas. 

Cronêmica na gestão do tempo no trabalho

Cronêmica é a disciplina que investiga o papel que o tempo exerce em nossas comunicações. De acordo com este artigo do blog Quartz at Work, os pesquisadores da cronêmica têm realizado observações reveladoras sobre as formas como associamos o tempo à comunicação em nosso ambiente de trabalho. Abaixo, listamos os pontos fundamentais desses achados.

Gestores não deixam claras suas expectativas sobre o tempo

Uma vez que as pesquisas de cronêmica procuram esclarecer as relações particulares das pessoas com o tempo, uma primeira observação diz respeito àquele que talvez seja o maior problema em qualquer empresa: o fato de que a maioria dos líderes não deixam claras as suas crenças a respeito do tempo. Fica tudo implícito: gestores assumem que as normas são as normas, e ponto final.

No entanto, acreditar que as normas valem para todos pode levar a muitos desencontros. Alguém pode, injustamente, tornar-se o “preguiçoso” do time, por exemplo, e as relações podem sofrer com isso.

Por exemplo, um funcionário ao mandar uma mensagem para o chefe não espera ser respondido prontamente. Porém, um chefe espera ter um retorno rápido. Isso não é uma regra, mas algo estabelecido socialmente, por conta da hierarquia e da relação de poder que um chefe naturalmente exerce sob um funcionário. 

Por isso, é fundamental que, como líder ou gestor, você invista tempo pensando no que quer, e deixando claro ao time. Por exemplo: como alguém deve decidir o que é urgente e o que não é? Ter clareza sobre esses assuntos vai melhorar a forma com que você e seus colaboradores gerenciam o tempo no trabalho. 

Os colaboradores também precisam ter autonomia para estimar o tempo a ser dedicado em cada tarefa, pois, principalmente no trabalho remoto, o respeito aos prazos de entrega se torna o termômetro de produtividade das equipes para os gestores.

>> Leitura recomendada: Dicas para a priorização do que realmente importa

Tempo também é poder, não abuse dele

Os estudos de cronêmica também tentam esclarecer os diferentes usos que as pessoas fazem do tempo. E, quanto mais poder tiver a pessoa, mais ela vai querer impor sua visão do tempo às outras.

Prova disso é o fato de que, ao longo da história, os poderosos tentaram literalmente controlar nosso tempo, ao reorganizar o calendário pelo qual vivemos. Basta lembrarmos da Revolução Francesa: logo após o término das convulsões sociais, a Convenção Nacional Francesa tentou estabelecer um calendário revolucionário ao transformar 1792 no “ano um” e dividir meses em períodos de dez dias. Os esforços, felizmente, falharam.

Claro que um CEO ou um líder não vão jogar no lixo o calendário gregoriano; mas, de formas sutis, os colaboradores geralmente têm que se adaptar ao fluxo dos objetivos daquele que os emprega. Vão entender quando é importante serem “extra-produtivos” e quando é “seguro” tirar férias.

O problema é que alguns líderes abusam desse poder. Numa prática conhecida como “o jogo da espera”, sentem uma espécie de prazer egóico ao convocar alguém para suas salas e fazê-lo esperar, por exemplo.

No ambiente de trabalho, onde a produtividade deve ser priorizada, o “jogo da espera” pode atrapalhar, e muito. Como líder, você jamais deve abusar da moeda corrente mais valiosa que existe – até porque cada passo seu está sendo cronometrado.

Segundo pesquisa que realizamos com 252 colaboradores de agências, um dos principais desafios da gestão a distância é a dificuldade de comunicação e colaboração (48,5%). Já um outro estudo do Centro de Inovação da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV-EAESP) complementa que, das 464 pessoas ouvidas, 36% acham difícil ou muito difícil continuar com a mesma produtividade. Os dados mostram que os jogos de poder com o tempo não agregaram nas relações de trabalho, pois os colaboradores se sentem frustrados e a sua performance cai. Consequentemente, a má gestão do tempo impacta diretamente no retorno financeiro da empresa.

>> Leitura recomendada: Administração do tempo no trabalho: 10 técnicas testadas e aprovadas

A tecnologia mobile mudou a dinâmica das reuniões

É fato que, desde que seres humanos começaram a se encontrar em reuniões, aqueles mais poderosos praticaram o “jogo da espera”, fazendo com que os outros os esperassem. Eles também deixam claro quem não detém poder ao iniciar as reuniões sem aqueles membros “inferiores” da tribo que chegam atrasados.

Mas acontece que a mídia digital operou uma reviravolta nesse cenário. Porque, se antes as reuniões eram eventos em que as pessoas se isolavam do mundo e eram forçadas a dedicar atenção ao líder, agora as coisas mudaram. Tornou-se mais difícil monopolizar o tempo de alguém, já que laptops e smartphones estão sempre sobre a mesa, como um canal ligado constantemente ao mundo exterior.

Ou seja, perceba como o uso do tempo e das tecnologias digitais acabou modificando o comportamento de uma empresa, tal qual comprovam os estudos de cronêmica. 

Para te ajudar, separamos algumas dicas para tornar as suas reuniões mais produtivas:

Gestão do tempo
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>> Leitura recomendada: Remotizei, e agora? Dicas para o trabalho a distância

A ferramenta certa para melhorar sua gestão do tempo

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