Culture of Experimentation

Como funciona a cultura de experimentação e como aplicar na sua empresa

O que você vai encontrar neste artigo:

Em tempos de inovação, empresas estão em busca de processos que possam extrair ideias novas e trazer mais valor para o seu negócio. As mudanças tecnológicas ajudam nesse avanço. Mas inovar também significa repensar padrões, modelos tradicionais de trabalho e formas de chegar a uma decisão – não necessariamente despender grandes investimentos em tecnologias de ponta. Esse tipo de inovação pode acontecer por meio de frameworks como a cultura de experimentação.

Quer dizer que você não precisa recrutar gênios da programação, ter um aplicativo complexo ou patentear uma nova ideia. É possível empregar técnicas de uma cultura de experimentação para tornar sua empresa mais ágil e competitiva. Mas o que é uma cultura de experimentação e como aplicá-la? É disso que vamos tratar aqui neste artigo!

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O que é uma cultura de experimentação?

Essencialmente, uma cultura de experimentação envolve a implementação de novas ideias ou soluções em toda a organização, sem restringir isso a apenas alguns departamentos. O conceito de cultura de experimentação está ligado à ciência e como os pesquisadores fazem para chegar aos resultados. Mas não é preciso construir um laboratório ou estar dentro de uma universidade para fazer experimentações.

A ideia central desse método de trabalho é montar um processo de experimentos que tenham hipótese, observação, mensuração e aprendizado em cada teste. Além disso, a experimentação precisa ser adotada em toda a empresa, como já destacamos. E os gestores, juntamente com os executivos, precisam ter uma mentalidade aberta às opiniões ou ideias de todos.

Isso significa que dificilmente você conseguirá implementar essa cultura quando a liderança autoritária é uma constante entre os gestores – ou se a própria empresa tem uma cultura empresarial fechada com processos intocáveis. Essa sequência (experimentação, análise e aprendizado) tem como preceito que as pessoas estejam dispostas a fazer constantes mudanças, a falarem de suas ideias e aceitarem suas falhas.

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O fracasso te ajuda a aprender e inovar

Realizar muitos experimentos significa que você verá algumas ideias florescerem enquanto muitas outras falham. O fracasso é um aspecto imperativo da cultura de experimentação. Sem isso, você nunca conseguirá conceber uma ideia que, de fato, ajude a sua organização a se tornar competitiva. Não tem uma receita pronta ou um método salvador (se houvesse, estaríamos falando dele e não apresentando este modelo, rs).

Isto é especialmente verdadeiro quando olhamos para empresas que já usaram experimentos controlados para aprovar (ou não) novas ideias. Segundo artigo de David Hoos no The Good, a Amazon é uma das grandes corporações que já falhou (mas não deixou de tentar), com a criação do smartphone Amazon Fire, por exemplo.

Os clientes não ficaram satisfeitos com o smartphone e avaliaram o produto com 2,6, na própria loja da Amazon (leia sobre essa história, neste artigo da FastCompany, em inglês). No entanto, a empresa reconheceu o fracasso e continuou experimentando. Jeff Bezos diz que a sua empresa se diferencia justamente por assumir seus erros.

“Acredito que somos o melhor lugar do mundo para fracassar (temos muita prática!). E o fracasso e a invenção são gêmeos inseparáveis. Para inventar você tem que experimentar, e se você souber de antemão que isso vai funcionar, não é uma experiência. A maioria das grandes organizações adota a ideia de inovação, mas não está disposta a sofrer a série de experimentos fracassados necessários para chegar lá”

Os líderes precisam evitar ter medo de falhar para implementar com sucesso a cultura de experimentação. Cometer erros ou implementar uma nova ideia que, no final, falha pode causar desapontamentos, mas também permite que você busque opiniões de seus clientes e aprenda por que uma mudança em seu produto ou serviço não deu certo.

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Por que mudanças e inovações são necessárias

Empregar mudanças rápidas e eficientes junto com ideias inovadoras pode ajudar uma empresa a sobreviver e prosperar no mercado em constante evolução de hoje, de acordo com o The Wall Street Journal. A velocidade com que esses avanços ocorrem é espantosa. Isso leva as organizações a reestruturar as formas de conduzir seus negócios. Portanto, sem abraçar uma cultura de experimentação, as empresas tendem a cair no esquecimento e podem até encerrar suas atividades.

“A menos que as organizações aprendam a desafiar seus atuais modos de pensar, elas não serão capazes de sobreviver”, explicou Jerry Wind, professor de marketing da Wharton School da Universidade da Pensilvânia. “Se uma empresa tem a sorte de ter um CEO que é visionário e pode preparar o terreno, é mais fácil para as pessoas começarem a explorar”, diz.

A experimentação também força as pessoas a medir seus resultados e o sucesso de suas propostas. Isso gera uma cultura mais inovadora (já falamos de cultura de resultados neste ebook) em uma empresa e ajuda os líderes a tomar melhores decisões para sua organização.

Resumindo os motivos para inovar:

– Tornar sua empresa mais competitiva no mercado;
– Tornar seus projetos e processos mais ágeis;

– Renovar o modo de pensar da empresa;
– Medir com maior precisão os resultados.

Exemplos de cultura de experimentação: GE e Airbnb

Juntamente com a Amazon, a General Electric é outra corporação que implementou uma cultura de experimentação em várias de suas áreas, relata o Wall Street Journal. Em sua origem, a General Electric (GE) era apenas uma empresa de manufatura. No entanto, hoje, ela se transformou em uma empresa industrial digital, que atende os setores de energia, saúde, análise, ferrovias e aviação.

A GE vem inovando com novas plataformas de marketing e campanhas para incentivar as invenções. Uma dessas ações foi uma série de podcasts de ficção científica sobre especialistas que estão tentando descobrir o significado de uma mensagem recebida do espaço. Além disso, o “The Tonight Show Starring Jimmy Fallon” mostra invenções protagonizadas por crianças.

Muitas ideias inovadoras ajudaram a GE a avançar e continuamente permitem que a corporação tenha melhor entendimento dos caminhos que pode avançar e também dá visibilidade ao seu posicionamento de empresa inovadora.

Já o Airbnb usa seu blog de engenharia de dados para contar um pouco sobre seus projetos de melhoria contínua. “Estamos sempre tentando aprender mais sobre nossos usuários e melhorar a experiência no site. Muito desse aprendizado e aprimoramento vem da implementação de experimentos controlados”, explica Will Moss, um dos integrantes da equipe.

Para ele, a experimentação se resume a dois pontos:

1) executar experimentos controlados é a melhor maneira de aprender sobre seus usuários;

2) existem muitas armadilhas ao executar experimentos. Por isso, tenha uma ferramenta para facilitar a execução de experimentos, automatizando o trabalho analítico.

Moss aponta algumas dicas importantes para quem deseja, como eles, implementar um framework de experimentação. Resumimos aqui:

– Certifique-se de que os dados que serão usados estejam corretos;
– Garanta que tudo esteja registrado de forma confiável;
– Faça alterações experimentais no mesmo processo de revisão,
– Faça a análise automaticamente para que o impedimento de realizar (e aprender) uma experiência seja o mais baixo possível.

>> Leitura recomendada: Use o KPI dashboard para você descobrir o que funciona (ou não)

Qual é a estrutura necessária para implementar uma cultura de experimentação?

Para implementar uma cultura de experimentação, você precisa estruturar um processo, ainda que muito simples. Uma ideia inicial é que os líderes de equipes realizem pequenos testes e monitorem os resultados de seus experimentos. À medida que mais resultados surgem, isso fornece um novo caminho para obter maior percepção sobre a experimentação.

Essencialmente, a estrutura usada é semelhante à pesquisa científica na qual é preciso definir uma hipótese, implementando mudanças e fazendo observações. Cada teste inclui medições referentes às alterações específicas e análise desses resultados. Isso permite que as empresas saibam o que funciona e o que não funciona em termos de melhoria de produtividade, aumento de lucro ou qualquer outra métrica importante que sua empresa se proponha a aprimorar.

Essencialmente, você pode criar uma planilha na qual determine a métrica relevante e estabeleça a meta da sua experiência, de acordo com este artigo do Conversion. Certifique-se de que todos em sua equipe entendam o objetivo do projeto e de que sua meta seja muito específica em vez de genérica. Por exemplo, se você quiser aumentar o lucro como objetivo, tente focar em métricas laterais para tentar mudar a principal. Aumentar a audiência do seu site pode ser uma hipótese para aumentar o lucro, por exemplo.

Em seguida, você precisará descobrir como definir os principais indicadores de desempenho (KPIs) para medir com precisão o resultado da experiência. Para isso, é preciso ter dados atuais que serão comparados no final do teste.

Depois, você terá que definir uma hipótese na qual você considera se uma ação em sua empresa levará à meta ou resultado que você deseja alcançar. Em seguida, você precisará decidir o tipo de experiência que deseja utilizar para testar sua hipótese. Por exemplo, o teste A / B inclui duas variantes em que um processo é exatamente o mesmo, exceto para duas amostras que são usadas para testar a hipótese.

Depois de escolher um teste, você pode começar a reunir os resultados e priorizar os KPIs mais relevantes para sua experiência. Você também precisará avaliar sua base de clientes e o público específico que você está tentando segmentar com sua experiência. É aconselhável que você determine um período não muito longo (vai depender de como funcionam suas avaliações anuais atualmente) e concentre-se em dois ou três KPIs. Afinal, levantar muitos dados por um período muito longo só vai trazer informações confusas e até camufladas para o seu teste.

Por fim, os resultados e a análise ajudarão você a criar uma estratégia mais abrangente para atingir sua meta.

>> Leitura recomendada: [Ebook] Como implementar a gestão ágil em times criativos

5 passos para você aplicar a cultura de experimentação

1. Cultura da empresa

O primeiro passo para implementar uma cultura de experimentação é garantir que as ideias de todos em uma organização sejam ouvidas. Ouvir as ideias de todos os funcionários irá ajudá-lo a espalhar uma cultura de experimentação, de acordo com a Forbes.

Para colocar sua equipe a bordo com uma cultura de experimentação, você precisará conscientizar todos sobre o ritmo de mudanças mais acelerado. Além disso, todos precisam entender a necessidade de se envolverem e levantarem ideias.

Uso do Runrun.it
Se você já usa o Runrun.it, provavelmente, sua empresa já faz uma gestão por resultados. Isso porque a ferramenta permite que você acompanhe métricas por meio de um Dashboard personalizável e coloque todos na mesma página. Afinal, com uma ferramenta de gestão do trabalho, é possível centralizar a comunicação, entender o andamento dos projetos e saber em que tarefa cada pessoa está trabalhando.

2. Hipóteses

O próximo passo é levantar uma hipótese discutindo tudo que envolve essa ideia. Para isso, você também precisará trazer um dado junto com a hipótese. Ou seja, uma métrica que depois possa ser analisada e traga uma resposta sobre o experimento. Só assim o experimento poderá virar um novo processo ou não. Por exemplo:

Hipótese: As pessoas não compram o produto X porque ele não pode ser encontrado na home do seu site, apenas no menu.

Métricas: Número de acessos no anúncio do produto no último mês: 1.500. Vendas: 15

Teste: Aplicar um teste A/B em que o grupo B terá acesso ao produto por meio da home do site e o grupo A permanecerá com o acesso atual (só visualiza o produto por meio do menu)

Uso do Runrun.it
O levantamento das hipóteses pode ser formalizado em uma reunião semanal com a equipe de líderes. Essa reunião pode estar registrada no Runrun.it para você saber quanto tempo leva para consolidar essas ideias. Além disso, toda a tarefa deve estar ligada ao projeto de experimentação e ao cliente interno. Veja:

cultura de experimentação - tarefa
Registre todas atividades relacionadas à experimentação em um software de gestão. Nesta tarefa, o tempo de múltiplos alocados será registrado

3. Observação

A observação é a etapa que vai ocorrer ao longo do período que você predeterminou para o teste. Portanto, é importante escolher um responsável pela experimentação para que ao longo dos dias essa pessoa saiba como está o andamento e não perca o controle do teste. No nosso exemplo, essa etapa fica assim:

Aplicação do teste: mudança no site para determinado grupo de visitantes ter acesso ao produto X.

Observação: diariamente, verificar o número de visitas no produto X e garantir que o teste não atrapalhe a usabilidade do site.

Uso do Runrun.it
É importante que todas as etapas da experimentação estejam formalizadas em algum lugar, certo? O Runrun.it ajuda os líderes a acompanharem a execução do projeto de duas maneiras:

1. Oferecendo o tempo médio que cada tarefa permanece em uma etapa do fluxo,
2. E de quanto tempo está sendo alocado no projeto. A tela de “Projeto” traz informações preciosas para que o experimento não saia do controle.

Além disso, é possível deixar todas as hipóteses que ainda serão trabalhadas em uma etapa chamada Backlog para você ter uma visão maior do seu projeto de experimentos.

 

cultura de experimentação - página de projetos
A tela do Projeto exibe informações em tempo real sobre o andamento e ajuda a ter um controle da produtividade e rentabilidade

4. Mensuração

A mensuração é a etapa decisiva do seu experimento. Medindo os resultados, você terá as informações para a tomada de decisão sem “achismo”. Lembre-se que para medir os resultados na criação da hipótese você precisa ter um dado para ser comparado pós-teste. Por exemplo:

Métricas anteriores ao teste

Número de acessos no anúncio do produto no último mês: 1.500. Vendas: 15

Métricas posteriores ao teste:

Número de acessos no anúncio do produto no último mês (durante o teste com o grupo A – acesso ao produto pelo menu): 2.000. Vendas: 12

Número de acessos ao anúncio do produto no último mês (durante o teste com o grupo B – acesso ao produto pela home): 3.500. Vendas: 25

Uso do Runrun.it
Além de medir os resultados do teste, você precisa ter a mensuração sobre o projeto em si: quanto custou realizar os testes? Quanto tempo a equipe precisou trabalhar? Quanta refação ou bugs o teste causou? Quanto tempo as tarefas ficaram paradas em uma etapa, que refletiu no tempo de entrega do experimento? Todas essas informações se somam ao resultado do teste para decidir sobre o sucesso ou não do experimento. Com o Runrun.it, você pode gerar diversos relatórios de tempo e custo.

5. Aprendizado

Na etapa final, a equipe de líderes deve realizar uma nova reunião para apresentar os resultados e chegar a uma conclusão: o teste trouxe quais respostas? Mudanças precisam ser feitas, ou não? No aprendizado, voltamos à importância de entender o fracasso como parte do processo da cultura de experimentação. Se os resultados não foram positivos, você também tem uma resposta. Talvez nenhuma mudança precise ser feita ou talvez você precise fazer novos experimentos para chegar a uma resolução para a sua hipótese. O problema não está em fracassar, mas sim em como sua equipe vai enxergar e lidar com esse resultado.

No nosso exemplo, o aprendizado a partir das medições mostra que se a empresa deseja vender mais aquele produto, de fato, é preciso inseri-lo na home do site. Talvez seja uma resposta óbvia, mas, nesse caso, foi endossada pelo teste A/B em que o grupo B foi melhor impactado e, consequentemente, acessou e comprou mais o produto. A hipótese, portanto, estava correta e uma mudança pode ser aplicada.

Uso do Runrun.it
Uma ferramenta de gestão será essencial para colocar em prática uma nova ação depois do seu experimento. Agora que você sabe o que precisa mudar, é fácil de criar um novo projeto usando os modelos de projetos e clonando o seu projeto anterior.

Cultura de experimentação - clonar projeto
No Runrun.it, é possível criar modelos de projetos e duplicá-los para o caso de demandas muito semelhantes, como acontece na experimentação de hipóteses

Uma ferramenta para consolidar sua cultura de experimentação

Por fim, reconhecer o esforço de sua equipe contribuirá bastante para criar e promover um ambiente positivo e experimental. Seguir estes passos ajudará você a ter sucesso em acompanhar o ritmo acelerado de mudanças do mercado e a se tornar competitivo.

Em uma empresa em que funcionários e gerentes estão constantemente experimentando, a implementação de software de gerenciamento de tempo pode ser muito útil. Como já falamos, o Runrun.it pode ajudar com as comunicações e definir métricas para projetos inovadores.

Com uma ferramentas de automatização do tempo (é só dar o play!), você poderá visualizar a quantidade de tempo gasto em um projeto d poderá definir os prazos e custos de um novo teste. Isso ajuda a promover um ambiente de experimentação, permitindo que você veja o resultado de suas ideias. Experimente agora mesmo: http://runrun.it

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