Para além do avanço da tecnologia ou do uso das automações nas rotinas de trabalho, o termo mais pertinente para gestores e lideranças de RH tem sido o Employee Experience – também conhecido como experiência do colaborador.
Essa abordagem, que começou a ser discutida no final da última década, ganhou força no período da pandemia, onde os níveis de engajamento e de bem-estar dos funcionários reduziram significativamente.
A ideia do employee experience abrange mais camadas que o ambiente de trabalho, envolvendo tópicos como o desenvolvimento profissional, clareza na comunicação e o comprometimento da melhoria contínua em relação aos sentimentos envolvendo as pessoas e a empresa.
Neste artigo, vamos te mostrar a importância do employee experience para o planejamento e a gestão estratégica dos recursos humanos, a construção de um clima organizacional saudável e contar como ferramentas tecnológicas auxiliam a implementar mudanças positivas em sua organização.
- O que é o Employee Experience
- Preocupações que impactam o Employee Experience
- A importância do Employee Experience
- Os 3 pilares do Employee Experience
- Como implementar o Employee Experience
- Um exemplo prático de Employee Experience
O que é Employee Experience
O conceito de Employee Experience, também chamado de experiência do colaborador ou simplesmente EX, representa um conjunto de percepções, sentimentos e relações extraídas do contato do profissional com a empresa para o qual trabalha.
Apesar de ter se tornado uma tendência recente no mercado de trabalho, os pilares do Employee Experience começaram a ser construídos a partir do fortalecimento do engajamento dentro das organizações.
Tal como o cliente tem a sua jornada de experiência com uma marca na compra de produtos ou prestação de serviço, o colaborador tem seu próprio ciclo com a empresa.
Dessa maneira, no Employee Experience todas as etapas, do processo seletivo ao desligamento, possuem um grau de importância para os colaboradores, sendo capazes de moldar as sensações e o relacionamento que cada pessoa nutre com a empresa.
As táticas de Employee Experience aparecem como uma forma de colocar as pessoas em foco na organização, oportunizando um ambiente saudável, o desenvolvimento profissional, a transparência e o reconhecimento de talentos.
Preocupações que impactam o Employee Experience
Quando a bandeira da experiência do colaborador é levantada, é natural que no primeiro momento tópicos relacionados ao ambiente de trabalho, motivação e engajamento sejam lembrados.
Mas esses não são os únicos assuntos que impactam o convívio dos profissionais dentro das empresas. É preciso levar em conta que passamos a maioria do tempo em contato com o espaço corporativo e por isso desenvolvemos novos sentimentos e identificações com o local de trabalho.
Dentro dessa esfera, questões ligadas à comunicação, inclusão e posicionamento modificam a maneira com que as pessoas enxergam as empresas e isso se traduz na motivação profissional.
De acordo com a pesquisa State Of Workplace Global 2022, promovida pela Gallup, apenas 21% dos profissionais dizem estar engajados com o trabalho. Separamos alguns dos motivos diretamente associados a essa queda no sentimento de pertencimento:
- Para 74%, existem graves problemas de governança nas empresas.
- 44% das pessoas admitem sentir estresse diariamente durante o expediente.
- 40% dos entrevistados apontaram que se sentem preocupados diariamente no trabalho.
- Apenas 11% acreditam ter sido tratados com respeito ou valorizados no dia anterior de trabalho.
- 23% afirmaram se sentirem desmotivados ao longo do dia em relação ao trabalho.
Tais apontamentos registrados na pesquisa mostram que o apoio à saúde mental, a criação de políticas sociais e o reconhecimento dos esforços são elementos que interferem na satisfação e pertencimento das pessoas.
Logo, as estratégias e ações de Employee Experience precisam ir além da superfície e atingir processos e mecanismos essenciais para proporcionar uma jornada saudável e acolhedora aos trabalhadores.
A importância do Employee Experience
A filosofia de ação do Employee Experience é colocar o foco nas necessidades dos colaboradores, tornando suas jornadas profissionais mais equilibradas e enriquecedoras.
Por isso, a importância de aprimorar o Employee Experience está nos resultados que a prática proporciona, como o aumento da eficiência, produtividade, satisfação e inovação dentro da empresa.
Assim como um bom ciclo de vendas pode transformar um cliente em um promotor da marca, um funcionário engajado pode se tornar um representante das iniciativas de melhoria desenvolvidas pela organização.
A experiência do colaborador ganha caráter positivo quando em cada etapa da vivência profissional são apresentadas novas oportunidades de desenvolvimento.
Gradualmente, o profissional além de abraçar os benefícios e possibilidades de crescimento, ajuda a espalhar a cultura organizacional, trazendo impactos para a atração e retenção de talentos.
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As mudanças incentivadas pelo Employee Experience possibilitam a criação de canais de diálogo entre lideranças e liderados, trazendo diferentes iniciativas para dentro da empresa, voltadas para as práticas de bem-estar físico e mental, como também de abordagens mais inclusivas, humanizando as relações e abrindo as portas para a diversidade.
Os 3 pilares do Employee Experience
Intrinsecamente, todas as estratégias e ações que envolvem o Employee Experience estão ligadas ao ambiente de trabalho. Sendo assim, podemos dividir esse conceito em três diferentes frentes: o ambiente físico, o cultural e o tecnológico.
Ambiente físico
Como o nome já entrega, se trata das condições oferecidas pelo local de trabalho. Bem, é inevitável não pensar em espaços divertidos de trabalho, que possuem áreas de lazer e descanso, com puffs, videogames e comida à vontade.
Contudo, podemos combinar que para a experiência do colaborador, isso não é o mais importante. Afinal de contas, é preciso priorizar outros aspectos relacionados ao bem-estar, como jornadas de trabalho equilibradas, flexibilidade, comunicação clara e benefícios que levam em consideração a vida pessoal de cada um.
O ambiente físico ideal deve transmitir segurança e conforto para os funcionários, independente do modelo de trabalho adotado.
Aqui entram espaços arejados, locais para alimentação, áreas de descompressão e outros modelos de assistência que demonstram o cuidado com a saúde dos profissionais.
Ambiente cultural
Diz respeito ao alinhamento com a cultura organizacional. Para a gestão de pessoas, esse processo começa a partir do Workforce Planning, onde desde a fase de recrutamento são feitas ações para identificar pessoas que se identifiquem com os propósitos da empresa.
Para que o ambiente cultural faça parte da experiência do colaborador, é preciso que a organização realize esforços para transmitir seus valores institucionais para os profissionais de forma transparente e inclusiva.
Isso inclui a prática da gestão à vista, que deixa todos na mesma página, da colaboração entre os departamentos e da definição clara dos objetivos estratégicos, para que todos consigam entender quais os planos da corporação a curto, médio e longo prazo.
Ambiente tecnológico
Por último, mas não menos importante, o employee experience se estrutura no ambiente tecnológico. Aqui podemos incluir a estrutura atualizada e prática para a execução das tarefas no meio digital.
Assim, são incluídas nessa categoria os equipamentos e ferramentas automatizadas, suporte técnico para a realização das operações e canais de comunicação integrados que facilitam a interação entre as equipes.
Mas o ambiente tecnológico não se restringe a isso. Também podemos adicionar a esse grupo de ações as iniciativas focadas na capacitação e treinamento dos colaboradores, por meio do acesso a plataformas de ensino, programas de incentivo ao desenvolvimento, entre outras práticas que favorecem o lifelong learning.
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Como implementar o Employee Experience
Agora que você já conhece as bases e a importância do Employee Experience para sua empresa, vamos mostrar quais são os caminhos para implantar essa estratégia na rotina de trabalho.
Canais de diálogo
Uma vez que a atenção do Employee Experience é voltada para as necessidades dos profissionais, um bom passo é executar a escuta ativa para entender os sentimentos, questões e anseios das pessoas que fazem parte da sua organização.
Essa metodologia incentiva a participação dos funcionários em temas importantes para o desenvolvimento de um clima organizacional amigável e produtivo.
Através de ações periódicas, é possível abrir espaço para que os profissionais tragam seus pontos de vista e colaborem com sugestões de melhoria.
Dessa maneira, pontos relacionados ao ambiente de trabalho, fluxo de trabalho, ações colaborativas e práticas de bem-estar sejam levantadas e efetivamente realizadas, trazendo benefícios a todos os envolvidos.
Outra ação que se encaixa nesse contexto é a comunicação não-violenta, que ajuda na conexão entre líderes e equipes. Neste webinar com a Débora Gaudêncio, facilitadora de diálogos, conversamos mais sobre o assunto:
Programas de benefícios
Os benefícios são atrativos que podem ser utilizados para promover uma boa experiência do colaborador, pois demonstram um cuidado com a saúde, disposição e lazer das pessoas.
Com a chegada de jovens ao mercado de trabalho, a estratégia de Employee Experience também tem diversificado a oferta de benefícios disponibilizados aos profissionais, focando principalmente na qualidade de vida e na saúde mental.
Entre as iniciativas que estão sendo inseridas no programa de benefícios, podemos listar práticas como a flexibilidade na jornada de trabalho, auxílio home office, acesso a plataformas de saúde e atividades físicas, day off, entre outras ações.
Capacitação e desenvolvimento
Um dos fatores que mais influencia o engajamento e a motivação dos trabalhadores nas organizações é o incentivo à educação, seja em treinamentos internos, na disponibilização de cursos de extensão ou participação em eventos.
Na visão proposta pelo Employee Experience, essas atividades demonstram o interesse na qualificação dos colaboradores e estimulam o crescimento deles na própria empresa.
Assim, para fomentar o aprendizado contínuo, é importante que as empresas desenvolvam um plano de carreira claro para os cargos, favoreçam a troca de experiências e ouçam os interesses do quadro de funcionários, criando oportunidades de valorização e requalificação.
Avaliação de desempenho
Dados e informações sobre o comportamento e desempenho dos colaboradores são elementos essenciais para que o Employee Experience seja efetivo.
Para isso, etapas como o feedback com os profissionais, avaliações de performances e conversas 1:1 funcionam como complementos dos canais de diálogo, pois são mecanismos que coletam as necessidades das pessoas e ajudam a elaborar novas propostas e melhorias no ambiente de trabalho.
Outra metodologia importante é o People Analytics, que usa os dados extraídos de ferramentas digitais e softwares de gestão para compreender os hábitos e resultados dos profissionais em sua rotina de trabalho.
Um bom exemplo dessa aplicação é o Runrun.it, que reúne nove tipos diferentes de relatórios gerados automaticamente que servem para acompanhar SLAs, volume de solicitações, tempo de recrutamento, entre outros dados.
Para saber como a ferramenta auxilia a gestão de pessoas a realizar esses e outros processos no RH, confira nosso ebook grátis.
Um exemplo prático de Employee Experience
O Employee Experience é um conjunto de práticas que em sua grande maioria está atribuída a gestão de RH. E para que ela traga resultados, é preciso que os processos dessa área estejam bem organizados para que o trabalho flua com naturalidade.
Entretanto, um grande desafio para o setor de recursos humanos é a grande quantidade de solicitações internas e externas recebidas diariamente. E alinhar todas essas demandas sem uma ferramenta para centralizar todos os pedidos é realmente bem complicado.
Foi diante desse cenário que o Head de People Ivan Nunes, se viu ao chegar Runrun.it. Um dos principais problemas era a chegada de solicitações por diferentes canais de comunicação: chat, e-mail, WhatsApp e outras trocas informais.
A solução encontrada por ele para organizar as demandas veio de dentro da própria ferramenta: usando os formulários. Com o tempo, ele conseguiu criar questionários personalizados para captar as informações e automatizar etapas do fluxo de trabalho, facilitando a realização das tarefas.
Assim, a área conseguiu gerenciar os processos com mais efetividade e ganhou mais tempo e recursos para planejar ações focadas nas necessidades internas da empresa.
Ficou curioso(a) para saber mais? Assista o depoimento do Ivan no vídeo abaixo:
Com o Runrun.it, o time de RH consegue dedicar-se inteiramente na melhora contínua dos processos e das pessoas e implementar o Employee Experience sem a necessidade de despender tanto tempo em atividades operacionais que poderiam ser automatizadas.
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