Não tem jeito: onde há pessoas, há conflitos. E é evidente os conflitos podem ser muito nocivos para os negócios, já que, ao afetarem os humores dos envolvidos, comprometem a produtividade da equipe. Isso é ainda mais válido para empresas de Tecnologia da Informação, que trabalham com metodologias baseadas na sinergia entre os colaboradores – como entrega contínua, por exemplo. Assim sendo, saber realizar o gerenciamento de conflitos em equipes de TI deve estar entre as habilidades de um gestor do segmento.
Acredite: o principal problema de uma área de TI pode ser a “desconexão”
Costumam ser os que empresas de outros segmentos enfrentam: ruídos na comunicação, falta de liderança, contratempos entre funcionários que não se entendem, e por aí vai.
No entanto, equipes de TI costumam padecer de um mal do qual muitos líderes de outras áreas reclamam: a ausência de conexão com o resto da empresa. Por mais paradoxal que seja, muitas equipes de TI estão totalmente conectadas com o que há de mais inovador, mas simplesmente isolam-se das outras áreas. Não há diálogo, o que pode ser letal para os negócios.
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Uma possível saída é o Product Owner
Para contornar tal situação, este texto do Guia da Startup recomenda que as empresas façam o que desenvolvedoras de softwares já vêm realizando há algum tempo: instituir a figura do product owner ou do gestor de produto.
Essa função teve origem no movimento DevOps (união entre Desenvolvedor e Operador), que é é uma metodologia de desenvolvimento de software que explora a comunicação, a colaboração e a integração entre desenvolvedores de software e profissionais de TI. A ideia é ajudar organizações a produzir software e serviços mais rapidamente, sem perda de qualidade.
Nesses times, o gestor de produto fica responsável por todos os aspectos de um software, desde os objetivos estratégicos até os detalhes de experiência do usuário. Ele deve estabelecer a conexão entre a estratégia da empresa e os problemas e necessidades dos clientes.
Assim sendo, uma saída para a falta de comunicação é estabelecer um gestor de produto para a própria área de TI. Ele poderá construir a ponte entre a equipe de Tecnologia da Informação e as outras áreas da empresa.
Responsabilidades de um gestor de produto
- Realizar o levantamento das demandas de diferentes áreas da empresa em relação à TI, identificando e propondo soluções para eventuais conflitos entre essas necessidades;
- Caso tais demandas resultem em impactos para o cliente final da empresa, o gestor de produto deve ser o responsável por comunicar isso a eles;
- Organizar as prioridades de implementação das demandas (aqui, uma ferramenta de gestão como o Runrun.it vem a calhar, já que te auxilia a priorizar tarefas);
- Trabalhar lado a lado com as áreas que demandam e a equipe de TI no relacionamento com eventuais fornecedores e parceiros (ex: bancos, consultorias etc);
- Comunicar todas as áreas da empresa sobre novas implementações da área de TI, bem como próximas mudanças previstas. Preparar treinamentos quando necessário;
- Atuar ao lado do departamento de marketing para comunicar os clientes quando as novas implementações forem direcionadas a eles;
- Definir, acompanhar e analisar métricas de uso da TI, para utilizá-las como mais uma informação relevante para tomada de decisão.
Gerenciamento de conflitos dentro das equipes de TI
Se você conseguir solucionar a desconexão entre o TI e o resto da empresa, terá dado um passo enorme para uma operação mais afinada. No entanto, aqui não podemos desconsiderar os conflitos que necessariamente acontecem dentro da própria equipe.
Para evitá-los, também existem dicas e metodologias comprovadamente eficazes, que fazem resultam em um ambiente de trabalho pacífico e produtivo.
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Conflitos entre duas ou mais pessoas
Neste caso, mais do que ferramentas de gestão, é essencial que você utilize o seu lado humano, conciliador. Algumas orientações podem te ajudar muito nesse momento:
1) Dê o exemplo, sempre. Para sua equipe, você é o centro das operações, é a referência – e o ideal é que procure ser também referência de comportamento no ambiente de trabalho.
2) Seja tolerante. No mundo corporativo, são pouquíssimos os casos em que a intransigência é bem recebida. Na relação com colaboradores, clientes e fornecedores, a inflexibilidade sempre leva a discussões que mais atrapalham do que ajudam.
3) Cultive a empatia. Sabemos que não é fácil colocarmo-nos no lugar de outra pessoa, mas, ao fazer isso, conseguimos entender as razões para um comportamento que julgamos inadequado. E não apenas isso: a pessoa que demonstra este comportamento perceberá que você não é insensível às questões dela.
4) Procure sempre ouvir os dois lados. O gerenciamento de conflitos correto implica acolher todos os envolvidos no embate. Antes de tomar qualquer decisão a respeito de uma contenda, chame os funcionários que a causaram para uma conversa – primeiro separada, e depois, se possível, em conjunto.
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Mitigando os ruídos de comunicação
Muitas vezes, a má comunicação corporativa resulta em sérios conflitos. Dentro de uma equipe de TI, acontece o mesmo. Para eliminar esses ruídos tão perigosos, formalizar a comunicação é indispensável.
Ou seja, trocar ferramentas de comunicação informais, como WhatsApp, Facebook e outros aplicativos, por uma “oficial”, utilizada por todos, que garanta a segurança das informações e organize sua circulação dentro da empresa. O Runrun.it é uma dessas ferramentas, uma vez que estrutura a forma como você e seu time se comunicam.
No Runrun.it, toda tarefa pertence a um projeto e todo projeto pertence a um cliente. Você pode se comunicar com qualquer pessoa tanto dentro das tarefas, deixando comentários e anexos, quanto dentro dos times, usando o mural. Ou seja, saem as dúvidas e as informações nebulosas, reduzem-se os conflitos. Para saber mais sobre comunicação eficaz, leia o artigo.