edge computing

Tecnologia de ponta — ou melhor, de borda: conheça edge computing, a próxima etapa no ciclo da Internet das Coisas

Aqui no blog, já dedicamos alguns artigos sobre tendências tecnológicas como IoT (Internet of things, ou Internet das Coisas). Este, sobre futuro do trabalho, trata de como a automação e a IoT já estão impactando a nossa vida profissional; já este, sobre wearable devices, fala sobre como os gadgets usam a Internet das Coisas para se conectar. Agora, vamos dar um passo além para chegar pertinho das bordas – literalmente, porque vamos falar de edge computing (“computação de borda”, ou de “beira”), que, ao que tudo indica, será crítico para a IoT.

O que é edge computing?

Em termos mais técnicos, trata-se de “dispositivos que carregam a habilidade para realizar processamentos e análises avançados”. A definição é de Raj Talluri, VP de Gestão de Produto da Quallcomm Technologies.

Neste texto para o portal Network World, ele afirma que devemos pensar no “edge” como o universo de dispositivos conectados pela internet — uma contrapartida para a nuvem. Assim, o conceito de edge computing fornece novas possibilidades em aplicações de IoT. Particularmente para aquelas que dependem de computação cognitiva para tarefas como detecção, reconhecimento de faces, processamento de linguagem e prevenção de obstáculos.

Agora, traduzindo para uma linguagem menos especializada, edge computing corresponde à rede de dispositivos de “borda” – abrangendo qualquer coisa que estiver conectada, desde carros sem motorista e drones até os dispositivos de Internet das Coisas.

Fog computing é a mesma coisa?

Se você ouviu por aí o termo “fog computing” utilizado para descrever algo muito semelhante, não se preocupe: trata-se de um nome diferente para edge computing.

Algumas empresas preferem a segunda opção. É o caso da multinacional com sede nos Estados Unidos Cisco: neste artigo para o TechRadar, a Diretora de Arquitetura de Vendas da empresa, Sarah Eccleston, define o conceito como “o processo de processar dados que não está na nuvem, mas nas bordas extremas da rede, permitindo análises de dados próximos à sua fonte”.

Um ciclo que se repete

O crescimento de fog ou edge computing é a iteração (ou repetição, ou ainda duplicação), de um conhecido ciclo tecnológico que começa com processamento centralizado e então evolui para arquiteturas mais distribuídas.

>> Leitura recomendada: Saiba mais sobre o conceito de ciclos iterativos e o método Awake de liderança

A própria internet passou por esse ciclo: no começo, era apenas um número limitado de mainframes conectados em instalações governamentais e em universidades. A rede só atingiu escala de massa e acessibilidade quando os terminais que faziam interface com os mainframes foram substituídos por PCs, que eram capazes de renderizar as páginas cheias de gráfico de uma internet emergente. Chega o momento da computação distribuída.

Da mesma forma, a revolução mobile foi amplamente acelerada com a chegada dos smartphones e de outros dispositivos. Os gadgets passaram a não depender mais só de gateways e outros aparatos de campo. Edge computing, assim, terá um efeito similar em IoT, abastecendo o crescimento do ecossistema à medida que os dispositivos se tornam mais poderosos e capazes de rodar aplicações mais complexas.

Edge computing X nuvem

O conceito de edge computing se torna ainda mais importante se considerarmos as opiniões de especialistas a respeito do futuro da nuvem. Porque, se o fluxo e o refluxo natural da computação se mantiver (como os ciclos que vimos acima), a Internet das Coisas (e a edge computing) deve acelerar a próxima etapa da computação distribuída.

Quanto a essa etapa, apesar de haver especialistas que preguem o “fim” da nuvem — como afirma o professor da Universidade de Boston Peter Levine, a partir de nesta matéria para o portal CIO —, há quem acredite que a nuvem não vá ser totalmente extinta.

É o caso de Diana McKenzie, CIO do provedor da empresa de SaaS Workday. Para McKenzie, os dois mundos – o da nuvem e o da edge computing – “podem e vão coexistir”. Por exemplo, “as empresas vão querer agregar dados coletados de dispositivos de borda na nuvem para posterior análise e geração de insights de negócios”, afirma ela na mesma matéria do CIO.

Neste artigo sobre cloud first e cloud only, aqui do blog, você também encontra um contraponto à ideia de que a nuvem vai se extinguir.

Da nuvem à edge computing em tempo real

Seja como for, é importante que você fique atento(a) aos movimentos, às tendências e aos ciclos tecnológicos. E o que significa essa possível transferência de dados da nuvem para os dispositivos de borda?

Neil Postlethwaite, Diretor da IBM, afirma que “idealmente, as empresas deveriam ser capazes de transferir perfeitamente suas operações da nuvem para a edge computing, quando e como o fluxo de trabalho exigisse”. De acordo com o que ele afirma na mesma matéria do TechRadar, empurrar a inteligência “para as bordas” significa que decisões poderão ser tomadas mais proximamente ao sensores e dispositivos de IoT.

Um exemplo disso é o processamento de imagens: análises visuais próximas a uma linha de produção para checar a qualidade da operação – ou seja, na edge – economizaria tempo e recursos com o envio de grandes quantidades de dados para o processamento via nuvem.

Já que o assunto é tecnologia de ponta (ou de borda)…

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