Ilustração representando alguém focado em sua organização pessoal

O método de organização pessoal que Bill Gates, Elon Musk e Mark Zuckerberg adotam

Qual método de organização pessoal pode realmente fazer com que alguém demonstre um desempenho acima da média? Bem, a ciência mostra que a verdadeira expertise é fruto, sobretudo, de anos de prática intensa e orientação dedicada.

E não é uma prática qualquer: para atingir altos níveis de desempenho, o indivíduo precisa de uma metodologia que o ajude a superar reiteradamente sua capacidade presente ao longo da vida.

Essa organização pessoal disciplinada é crucial para a conquista da excelência em qualquer campo, inclusive o da gestão e o da liderança, por isso, achamos que vale a pena uma investigação sobre as melhores formas de alcançá-la.

 

A regra das 5 horas

Aos 10 anos, Benjamin Franklin deixou de lado a educação formal e virou aprendiz do próprio pai. Na adolescência, não demonstrava nenhum talento particular além da paixão pelos livros. Apesar disso, quando faleceu, em 1790, era um dos estadistas mais respeitados dos EUA e o seu inventor mais célebre (inventou o para-raios), além de autor e pesquisador nos campos da meteorologia, teoria da eletricidade e demografia.

O que fez com que ele chegasse a essa reconhecida genialidade? Segundo um artigo escrito por Michael Simmons, durante toda a sua vida adulta, Benjamin Franklin investiu consistentemente uma hora do seu dia, durante os dias úteis, em aprendizado. Esta prática ficou conhecida como “a regra das 5 horas”.

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A regra das 5 horas pode ser considerada a “avó” de uma abordagem conhecida como aprendizagem ao longo da vida (ou lifelong learning), que considera que o aprendizado deve ser visto de forma acumulativa e feito de maneira constante e consciente durante toda a vida, e não se restringir a um lugar e tempo para adquirir conhecimentos (escola) e a um lugar e tempo para aplicar os conhecimentos adquiridos (local de trabalho).

Simmons não se limitou a observar a trajetória de Benjamin Franklin, ele analisou também grandes empreendedores do momento e concluiu que todos eles sempre demonstraram ser bastante disciplinados em dedicar tempo para aprender algo novo e ampliar sua base de conhecimento por meio de lifelong learning. Muitos deles vão muito além da regra das 5 horas por semana e o fazem basicamente pela leitura:

  • Warren Buffet investe cinco a seis horas por dia lendo cinco jornais e 500 páginas de relatórios corporativos;
  • Bill Gates lê 50 livros por ano;
  • Mark Zuckerberg lê pelo menos um livro a cada duas semanas;
  • Elon Musk cresceu lendo dois livros por dia.
 

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Sim, ninguém precisa (e nem tem tempo de) ficar lendo o dia todo, mas implementar a regra das 5 horas é extremamente viável. Outro ponto que vale tocar é o fato da leitura ser a forma principal de aprendizado escolhida dos exemplos citados (inclusive do próprio Franklin).

De qualquer maneira, uma coisa é essencial para colocá-la em prática: arrumar um tempo livre e ser fiel à prática. Não tem jeito, este é o primeiro passo e o mais importante. É claro que meia hora é melhor do que nenhuma hora, mas é interessante focar nos 60 minutos.

Organização pessoal em tempos de transformação digital

Buscar qualificação e diferentes aprendizados constantemente são atitudes bastantes valorizadas no conceito da produtividade 4.0, que tem acompanhado a virtualização dentro das empresas. Além de oferecer meios de capacitação, ela olha para além dos resultados e se volta para saúde e o bem-estar dos colaboradores, programando pausas durante o expediente. Esses momentos devem servir para estimular a criatividade e a concentração, aliviar a tensão e podem servir como oportunidade de reskilling, ou seja, adquirir novas habilidades para executar trabalhos e funções diferentes. 

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Com o advento da transformação digital vêm também os benefícios da automação para a organização pessoal. Christian Barbosa, grande entusiasta da produtividade 4.0, cita a busca pela aprendizagem e o uso da tecnologia como dois dos três pilares que sustentam o conceito.

Neste aspecto, utilizar um gerenciador de tarefas, como o Runrun.it, é estratégico. Ele te permite organizar os processos e gerenciar projetos, acompanhar as atividades e seus prazos e saber o tempo investido nas atividades.

5 dicas para melhor aproveitar esse tempo

1. Planeje o aprendizado: pense cuidadosamente no que quer aprender. O que ajuda nessa hora é pensar no que se quer realizar com o aprendizado, definir as metas daí é “um pulo”.

2. Ruminação: o nome não é muito bonito, mas o sentido é ficar “matutando” o que aprendeu, pensando em suas perspectivas e assimilando seu contexto. Alguns compositores, como Tchaikovsky e Beethoven adoravam dar caminhadas. Steve Jobs também era fã da prática. Na verdade, a ruminação pode ser feita em qualquer lugar, ela acontece na sua cabeça – o que é necessário é estimulá-la conscientemente.

3. Separe um tempo para o aprendizado: sei que venho dizendo no decorrer do texto, mas vale repetir. Simmons recomenda a leitura, mas pode ser feito de outras formas: conversando, assistindo a vídeos, observando outros e, claro, frequentando aulas.

4. Resolva problemas assim que surgirem: muitos costumam “jogar para debaixo do tapete” quando surge algum problema no aprendizado. Não faça isto. Não adianta passar para outro assunto, se você não entendeu o anterior.

5. Experimente o que aprendeu: mesmo que não dê certo a princípio ou seja um pouco complicado, tente colocar em prática o que for aprendendo. Praticar é um dos melhores modos de testar uma ideia e aprender com seus resultados.

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Prática deliberada: o segredo da expertise

Este é um método de aprendizagem em que, ao invés de fazer as coisas de maneira automática, incentiva que o indivíduo aplique seus conhecimentos de forma planejada. Especialistas afirmam que a prática deliberada pode ser utilizada para aprimorar, inclusive, a liderança.

No artigo “The Making of an Expert“, publicado na Harvard Business Review, Ericsson, professor de psicologia da Florida State University, Prietula, professor da Goizueta Business School, e Cokely, pesquisador do Max Planck Institute for Human Development, concluíram que o que distinguia experts nos diversos campos de conhecimento era o hábito da prática deliberada – a análise contínua do que se fez de errado, o ajuste da técnica e o trabalho árduo para corrigir os próprios erros.

É interessante observar que a prática deliberada envolve dois tipos de aprendizado: aprimorar habilidades que o indivíduo já possui e ampliar o alcance e o escopo desse conhecimento até que ele alcance o entendimento sobre aquilo que ainda não domina. A enorme concentração exigida para empreender essas duas tarefas limita o tempo que é possível dedicar a elas.

O famoso violinista Nathan Milstein escreveu: “Pratique o quanto achar que é possível com concentração. Certa vez, preocupado porque muitos à minha volta praticavam o dia inteiro, perguntei ao meu professor, mestre Auer, quantas horas deveria praticar. Ele respondeu: ‘Não faz muita diferença. Se praticar com os dedos, não há tempo suficiente. Se praticar com a cabeça, duas horas bastam’”.

Benjamin Franklin dá um dos melhores exemplos desse posicionamento. Na ambição de aprender a escrever de modo eloquente, Franklin passou a esmiuçar seus artigos favoritos em uma popular publicação britânica, a Spectator. Dias depois de ler um artigo que o agradara particularmente, Franklin tentava reconstruí-lo, de memória, com as próprias palavras. Comparava o resultado ao original para descobrir e corrigir as falhas. Além disso, para atingir um domínio maior da língua, transpunha os artigos em forma de verso, depois, de volta para a prosa. É algo similar ao feito por um grande pintor ao tentar reproduzir obras de outros mestres.

Uma das consequências de buscar formas de aprendizagem ao longo da vida é o estímulo ao autodidatismo. Em um mundo em que o conhecimento (e sua produção) é um ativo valioso, depender apenas de aprendizado formal para adquiri-lo é arriscado – mesmo porque se formos pagar para alguém ensinar tudo o que temos que aprender, muito provavelmente não teremos recursos suficientes. Encontrar formas de organizar e estimular o nosso desempenho é francamente um dos maiores presentes que podemos nos dar.

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