gestão participativa

Gestão participativa: todos a bordo rumo aos melhores resultados

Gestão é coisa que existe desde que os humanos habitavam as cavernas. Gerenciar a comida, os indivíduos, perigos, quem cuida das crianças, quem caça, e por aí vai. Praticamos a gestão desde sempre. Nas empresas, o gestor é o profissional que garante a sinergia entre os colaboradores, orienta o trabalho para as metas desejadas pela empresa e tem como objetivo tirar o máximo proveito da estrutura e recursos disponíveis. Mas, assim como não moramos mais em cavernas, o gestor também não pode mais se comportar como antigamente. Vamos entender agora as vantagens da gestão participativa.

Tipos de gestão

Já falamos sobre diversos tipos de gestão aqui no blog. Para saber mais sobre isso, recomendamos os textos sobre gestão de pessoas, gestão de desempenho, gestão à vista, gestão por resultadosgestão por competência. Na verdade, as muitas modalidades de gestão coexistem por um simples motivo: ainda são válidas, e apresentam vantagens e desvantagens para cada tipo de empresa.

Neste texto vamos falar sobre gestão participativa, que, como o nome já indica, é a categoria de gestão onde a participação e a contribuição dos membros da equipe substitui o tradicional fluxo unidirecional onde o gestor decide, planeja e manda, enquanto os colaboradores ouvem e obedecem.

Um por todos…

Falar de gestão participativa é bonito, mas sua implantação é coisa séria e exige uma preparação importante. O gestor, ao abandonar seu pedestal de líder incontestável, deve estar preparado para aceitar críticas, questionamentos e, às vezes, até ir contra o que pessoalmente acredita ser o melhor caminho.

Líderes e gestores devem se reinventar como mentores e orientadores, exercendo uma posição de integradores, facilitando o desenvolvimento de pessoas. Valorizar os colaboradores de uma empresa significa dar autonomia para que tomem suas próprias decisões. E todo este processo, ainda por cima, é baseado em pessoas, que são os recursos mais delicados de qualquer empresa.

…e todos por um

Como dizia Ben Parker, o tio do Homem Aranha, “Com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades”. Na gestão participativa, os funcionários “fortalecidos” devem agora assumir um papel de maior importância. Abandonando a passividade de suas funções, passam a ter maior comprometimento com seus próprios resultados, agindo com proatividade e iniciativa. Chega de esperar por ordens.

Cabe ao colaborador, então, trazer ideias e oferecer feedbacks dos outros membros da empresa e seus processos. Como o resultado também é compartilhado por todos, a comunicação e o entrosamento entre as diferentes áreas e equipes passa a ser essencial. A estrutura da organização deve se tornar flexível e dinâmica.

Gestão participativa pública x empresarial

São comprovadas as vantagens de uma gestão participativa, tais como agilidade na tomada de decisão, maior motivação, autonomia e satisfação interna dos colaboradores, estrutura menos engessada e maior comprometimento e identificação com o resultado. Aos poucos, as empresas brasileiras abandonam a centralização de decisões em uma lenta, mas constante, mudança de mentalidade e reorientação na cultura empresarial. Ou, pelo menos, é o que vemos no setor privado.

No setor público, no entanto, o que se encontra é uma participação mínima nas duas esferas, sejam funcionários ou população. Sim, população. Quando falamos de empresas públicas, devemos lembrar que não apenas os funcionários destas empresas devem ser fortalecidos em uma gestão participativa, mas também contribuintes, eleitores e usuários. Afinal de contas, a população é sócia destes serviços públicos, e é uma das maiores interessadas em uma gestão bem sucedida.

Infelizmente, os poucos mecanismos criados para permitir a gestão participativa em esferas públicas, como fóruns, audiências públicas e reuniões de orçamento participativo acabam esvaziados pelo desinteresse da população, que tem em sua mente a percepção histórica de que não faz parte das decisões, ou, mais ainda, que suas ideias não serão ouvidas em uma estrutura de “cartas marcadas”.

Plantando as sementes da gestão participativa

Cada empresa possui suas particularidades. Cultura, região, porte, ramo de atuação e outros fatores podem alterar a forma como a gestão participativa é aplicada. No entanto, alguns pontos de partida que funcionam para quase todas as empresas são:

Caixa de sugestões e ideias: Esta opção tem a vantagem do anonimato, o que incentiva ideias de colaboradores mais tímidos ou com sugestões mais polêmicas. Deve ser consultada com frequência, e as contribuições devem ser sempre consideradas.

Concurso de ideias: De forma oposta, esta ferramenta dá visibilidade às sugestões, estimulando uma competição saudável entre colaboradores, motivando-os com prêmios e com o reconhecimento.

Financeiro aberto: Quando os membros de uma organização entendem seu funcionamento, a tendência é que se engajem mais. Isso parece senso comum, mas mesmo hoje em dia essa transparência não alcança o departamento financeiro. Se um colaborador entende de onde vem seu salário, os preços dos produtos que vende, seus bônus e as decisões financeiras, ele contribuirá de forma mais eficiente e honesta.

Flexibilidade e autogestão: Tendências modernas como home office e horários flexíveis são alguns dos benefícios dados aos colaboradores dentro de uma gestão participativa. No entanto, devem ser sempre acompanhados de um controle rígido de produtividade e desempenho.

>> Leitura recomendada: Home office, jornadas flexíveis e política de benefícios: como algumas empresas têm melhorado a qualidade de vida no trabalho

Implantando a gestão participativa

Como a maioria das gestões, a gestão participativa pode ter as mais variadas características. Uma lista de cinco passos pode ajudar um gestor a implantar esta gestão de forma controlada e eficaz, descobrindo gradualmente os pontos mais delicados. Para entender como pensam seus colaboradores e trazê-los para o seu lado na hora de fazer esta mudança, você pode:

Realizar uma pesquisa. Descubra como seus funcionários percebem a atual gestão e a empresa. Isso pode ser feito de maneira formal, ou, se sua empresa for pequena, um bate papo no bar pode ser até mais eficiente.

Ser transparente. Seja honesto e aberto com seus colaboradores, mostre números, explique cada departamento para o outro e deixe evidente qual é o papel de cada um no resultado final.

Provocar ativamente as ideias. Novos hábitos demoram a “pegar”. Incentive-os com rodadas de brainstorming, jogos corporativos e reuniões rápidas e frequentes.

Estabelecer laços humanos. Gestão participativa é feita de pessoas. Seus gestores devem conhecer bem cada colaborador, com feedbacks pessoais periódicos e um investimento legítimo em desenvolvimento pessoal.

Acompanhar as mudanças. A cada passo, verifique como está o moral da equipe, a produtividade e a evolução da nova gestão. Se sentir que algum ajuste é necessário, faça, preferencialmente com a participação dos funcionários.

Lembre-se: esse passo a passo é uma sugestão, mas cada empresa tem sua realidade. Você não precisa aplicar todos os passos de uma vez, vá aos poucos e perceba se o caminho é este, no seu tempo e no tempo da sua empresa.

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